História Do Cristianismo -
Teologia 32.97
SEPARAÇÃO DAS IGREJAS LATINA E
GREGA
A rebelião que se seguiu foi
prontamente abafada no império oriental pelas medidas rápidas e sanguinárias do
imperador, que autorizou uma perseguição. Mas os italianos olharam para aquele
ato com horror e indignação, e quando receberam ordem para pôr o edito em
prática no seu país levantaram-se todos, e declararam que a sua aliança com o
imperador estava acabada. Assim teve lugar a separação final entre as igrejas
latina e grega. O poder papal estava há muito a espera disto, e Gregório II viu
que era agora chegada a ocasião e aproveitou o quanto pôde a excitação popular.
A sua resposta ao edito, é cheia de ameaças e blasfêmias, e abunda em ditos, os
mais absurdos, e mostra uma ignorância das Escrituras Sagradas que faria
vergonha a uma criança cristã. Por uma confusão extraordinária de nomes,
confundiu o ímpio Uzias com o piedoso Ezequias, dizendo que "o ímpio
Uzias sacrilegamente tinha removido a serpente de metal que Moisés fizera, e a
despedaçara!" A sua carta não deixa, contudo, de ser interessante como
prova do espírito sedicioso e ar de desafio com que o bispo respondeu ao seu
amo imperial, assim como do sentimento do poder político que enchia o peito do
altivo eclesiástico. No final de sua carta chega a atrever-se a fazer a falsa
afirmação de que a conduta do imperador em abolir a adoração das imagens
estava "em contradição imediata com o testemunho unânime dos anciãos e
doutores da igreja, e repugna principalmente a autoridade dos seis concílios
gerais. Esta afirmação provocou a seguinte observação de um historiador
católico-romano: "Em nenhum dos concílios gerais se diz uma palavra a respeito
de imagens ou de adoração a elas, enquanto ao testemunho unânime dos anciãos é
igualmente falso o que naquela carta se diz".
Há outro dito de um papa
igualmente absurdo, pois ele afirma que logo que os discípulos viram a Cristo,
"apressaram-se a fazer retratos dele, expondo-os por toda a parte, para
que, à vista deles, os homens se pudessem converter do culto de Satanás ao
serviço de Cristo".
Gregório morreu pouco depois,
mas sucedeu-lhe um outro Gregório, homem de igual zelo e maldade, que convocou
um concilio de bispos, no qual foram confirmadas as pretensões arrogantes do
seu antecessor.
Excitado pela insolência do
papa Gregório III, o Imperador Leão armou uma esquadra e mandou-a para a costa
da Itália, mas uma tempestade reduziu-a a tal estado que teve de voltar para o
porto. Tanto o papa como o imperador morreram pouco depois, no ano 741, e
podia-se esperar que tudo sossegasse. Mas não foi assim. As idéias iconoclastas
de Leão, passaram, assim como a sua coroa, para seu filho Constantino V, e a
cruzada contra o culto das imagens continuou com o mesmo vigor durante o seu
reinado de trinta e quatro anos. O imperador que lhe sucedeu no ano 775 também
seguiu os mesmos princípios e política, mas o seu reinado foi de pouca duração.
Este imperador, Leão IV, foi assassinado por sua mulher, a imperatriz Irene,
que tomou as rédeas do governo no ano 780, em nome do seu filho Constantino VI,
que era então uma criança de dez anos. Foi este o sinal para uma mudança na
política, e a imperatriz, ligando-se com o papa, tomou logo as suas medidas para
a restauração do culto às imagens, sendo este passo muito bem recebido tanto
pelos padres como pelo povo.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
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