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6 de junho de 2018

História De Israel – Teologia 31.203 (Livro 15 Cap 2) Fraate, Rei dos Partos, Permite a Hircano, seu prisioneiro, voltar à Judéia. Herodes outorga o sumo sacerdócio a um homem sem mérito. Alexandra, sogra de Herodes e mãe de Aristóbulo, dirige-se a Cleópatra para obter esse cargo para o filho por meio de Antônio. Herodes descobre e concede o cargo a Aristóbulo. Finge reconciliar-se com Alexandra.

História De Israel – Teologia 31.203


Capítulo 2

Fraate, rei dos partos, permite a Hircano, seu prisioneiro, voltar à
Judéia. Herodes outorga o sumo sacerdócio a um homem sem
mérito. Alexandra, sogra de Herodes e mãe de Aristóbulo, dirige-se
a Cleópatra para obter esse cargo para o filho por meio de
Antônio. Herodes descobre e concede o cargo a Aristóbulo.
Finge reconciliar-se com Alexandra.

631.  Hircano foi levado a Fraate, rei dos partos, e esse príncipe tratou-o muito bem por causa da nobreza de sua família. Tirou-lhe as cadeias e permitiu que morasse na Babilônia, onde havia um grande número de judeus. Ele era honrado como sumo sacerdote e rei não somente pelos que se haviam estabelecido naquela poderosa cida­de, mas também por todos os outros judeus que moravam além do Eufrates, e ele sentia-se feliz em sua desdita. E, quando soube que Herodes subira ao trono, concebeu as maiores esperanças, tanto porque o rei naturalmente amava os seus parentes e aliados quanto por julgar que, tendo lhe salvado a vida quando ele corria o risco de ser condenado, nada mais esperava dele senão reconhecimento. Assim, desejou ardentemente ir procurá-lo e falou de seus planos àqueles em quem mais confiava.
Aconselharam-no, porém, a ficar, dizendo-lhe, para convencê-lo disso, que todos os seus compatriotas naquele país já estavam prestando a ele todas as honras que podiam prestar a seu sumo sacerdote e rei; que ele não podia esperar a mesma coisa da Judéia, por causa da maneira ultrajosa como Antígono o havia tratado; que a mudança de sorte muda também os sentimentos dos homens, e jamais os reis se lembram dos favores recebidos enquanto simples cidadãos; e que ele não devia esperar tanto afeto da parte de Herodes. Essas opiniões, embora tão sensatas, não fizeram impressão no espírito de Hircano, tanto ele estava ansioso para voltar. E Herodes escreveu-lhe também, rogando que pedisse ao rei e aos judeus para não lhe invejarem o contentamento de compartilhar o poder da realeza, pois chegara o tempo de agradecer os favores que lhe devia, tanto por Hircano havê-lo elevado como por lhe salvar a vida.
Esse fingido soberano não se contentou em escrever-lhe nesses termos, mas também enviou Saramala como embaixador a Fraate, com muitos presentes, para obter deste a liberdade de seu benfeitor e a oportunidade para recompensá-lo pelos favores que recebera. Todas essas demonstrações de amizade, no entanto, eram pura mentira e hipocrisia. A única coisa verdadeira nisso tudo era que ele havia usurpado a coroa e temia uma reviravolta. Por isso desejava com ardor ter Hircano ao seu alcance, para poder matá-lo, caso julgasse tal coisa conveniente para a sua própria segurança, como nos faz ver a continuação da história.
632. Hircano foi posto em liberdade pelo rei dos partos, e os judeus que estavam na Babilônia forneceram-lhe o dinheiro necessário para a viagem. Herodes tratou-o com muita deferência. Dava-lhe sempre o primeiro lugar nas assembléias e nos banquetes, chamava-o de pai e tudo fazia para que ele não suspeitasse de sua traição, porque desejava a todo custo conservar a posse da coroa e reforçar a sua recente autoridade. Isso causou dissensões domésticas que excitaram grande perturbação, por motivo que vou relatar.
O temor de que uma pessoa de origem ilustre fosse constituída no sumo sacer­dócio levou Herodes a mandar vir da Babilônia um sacerdote chamado Ananel, oriundo de uma das mais obscuras famílias, e investiu-o nesse cargo. Alexandra, mãe de Hircano e viúva de Alexandre, filho do rei Aristobulo, de quem ela tivera um filho de nome Aristobulo, como o avô, e uma filha de nome Mariana, mulher de Herodes, ficou muito sentida com a injustiça que este fez ao filho, preterindo-o para honrar com tão excelsa dignidade um homem de nenhum mérito.
Ela então escreveu a Cleópatra, por meio de um músico, rogando-lhe que pedisse a Antônio o cargo para o filho. A rainha prestou-lhe de boa mente aquele favor, mas nada pôde obter. Ao mesmo tempo, Célio, que era muito amigo de Antônio, veio à Judéia para alguns negócios e admirou-se da beleza extraordinária de Aristobulo e de Mariana, e da felicidade de Alexandra, por ter posto no mundo tais filhos. Aconselhou-a a mandar retratos deles a Antônio, não duvidando que ele, depois de os ter visto, faria tudo o que ela desejava. Ela acreditou, e Gélio, ao regressar para junto dele, exagerou a beleza deles, afir­mando que mais pareciam divindades que criaturas humanas, e tudo fez para suscitar nele o amor por Mariana. Antônio, porém, julgou que não seria justo obrigar um rei seu amigo a enviar-lhe a própria mulher. Além disso, temia a inveja e o ciúme de Cleópatra. Assim, contentou-se em escrever a Herodes, pedindo que lhe enviasse Aristobulo por algum pretexto honesto, se isso não lhe viesse a causar nenhuma aflição.
Herodes julgou arriscado enviar uma pessoa da origem, beleza e idade de Aristobulo, que então contava apenas dezesseis anos, a um homem de posição tão elevada como Antônio, que era também o mais voluptuoso dos romanos, pois podia ocultar a sua volúpia pela confiança que tinha em seu poder. Assim, respondeu-lhe que Aristobulo não poderia sair da Judéia sem perigo de uma guerra, pela esperança que tinham os judeus de ser beneficiados por uma troca de rei.
633. Herodes, depois de se desculpar perante Antônio, julgou conveniente dar atenção também a Aristobulo e a Alexandra e não descontentar Mariana, que insistentemente pedia o sumo sacerdócio para o irmão. Ele julgou também vanta­joso tirar a Aristobulo qualquer ocasião de sair do país sob pretexto de viagem. Reuniu em seguida os seus amigos mais íntimos e queixou-se muito de Alexandra, dizendo que ela trabalhava secretamente para tirar-lhe a coroa e para fazer com que Antônio, por meio de Cleópatra, a entregasse ao filho, e que nisso ela era ainda mais culpada, pois não poderia obtê-lo sem fazer a filha descer do trono e sem tirar ao genro uma honra que ele conquistara com muitos sofrimentos e perigos, mas que ele desejava, no entanto, esquecer essa injustiça e demonstrar em atos o seu afeto por ela e pelos seus, outorgando ao filho dela o sumo sacerdócio que Ananel exercera até então por causa da pouca idade de Aristóbulo.
Essas palavras, que Herodes premeditara para enganar as princesas e os amigos, comoveram Alexandra, tanto pela alegria de obter o que tão ardentemente desejava quanto pelo temor de ver que Herodes havia descoberto os seus desígnios, e de tal modo que, banhada em lágrimas, ela lhe confessou que tudo o que tentara referente ao sumo sacerdócio fora na persuasão de que seria ver­gonhoso para o filho ver outro homem no cargo. Quanto ao que se referia ao reino, porém, não tivera a menor idéia de pretendê-lo para o filho, e, ainda que o oferecessem, ela não aceitaria, pois era uma grande honra ver a filha reinar com ele e sua família, e nada tinha a temer. Por isso, vencida pelos benefícios, ela recebia com gratidão a honra que ele fazia ao filho, e Herodes podia ter a certeza de que ele lhe seria submisso. Rogou-lhe ainda que perdoasse tudo o que os sentimentos de sua origem e a injustiça que julgava se fazia a Aristóbulo a tinham levado a empreender. Em seguida, depois dessas palavras, apertaram-se as mãos, para mostrar que a reconciliação era verdadeira. E todos julgaram que, de fato, não havia mais entre eles nenhum motivo de desconfiança.




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