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17 de junho de 2018

História Do Cristianismo - Teologia 32.112 - CLÁUDIO, BISPO DE TURIM


História Do Cristianismo - Teologia 32.112

CLÁUDIO, BISPO DE TURIM

Mas o homem mais notável desta época foi, talvez, Cláudio, bispo de Turim, que foi elevado a essa dignidade (o"fardo de um bispo" como ele lhe chamava) por Luís, o Piedoso, pouco mais ou menos no ano 816. Tem sido consi­derado como "o protestante do século IX" e, bem merece o título. Diferia em muitos pontos da igreja de Roma, e ao manifestar seus pensamentos falava sem rodeios. Quando foi elevado ao bispado, disse que "encontrou todas as igre­jas de Turim completamente cheias de imagens vis e mal­ditas" e por isso começou a destruí-las, segundo ele mesmo diz, "aquilo que todos estavam adorando estultamente". 'Portanto", acrescentou, "aconteceu que todos começa­ram a injuriar-me, e, se não fosse o Senhor ajudar-me, ter-me-iam engolido". Falou de um modo fortíssimo contra a adoração da cruz dizendo: "Deus ordenou aos homens que a levassem, mas não que a adorassem" e lamentou que muitos, que não seriam capazes de levar a própria cruz, nem corporal nem espiritualmente, se curvavam em ado­ração a ela. "Se nós devemos adorar a cruz pelo fato de Cristo ter sido pendurado nela, por que não adoramos tam­bém a manjedoura e os cueiros, visto ter Ele estado numa manjedoura e ter sido envolto em cueiros? Por que não adoramos botes de pesca e burros, visto ter Ele dormido naqueles e montado nestes?" Mas isto era responder aos loucos conforme a sua própria loucura, e o bispo diz mais: "todas essas coisas são ridículas; mais para serem lamen­tadas do que apresentadas por escrito, mas somos forçados a escrever".
Os que se haviam afastado da verdade tinham caído no amor à vaidade, e ele avisa-os sinceramente, dizendo-lhes: "Por que crucificais novamente o Filho de Deus, expondo-o à vergonha clara, e tornando, por este meio, milhares de almas companheiras dos demônios, apartando-se do seu criador pelo horrível sacrilégio das vossas imagens e retra­tos, precipitando-as na condenação eterna?"
Passando deste assunto para as peregrinações a Roma, que muitos estavam ensinando serem equivalentes ao arre­pendimento, perguntou ele maliciosamente por que era que eles conservavam tantas pobres almas nos mosteiros para os servir, em lugar de mandá-las a Roma buscar o perdão dos seus pecados.
Ele então continuou a explicar que estas peregrinações a Roma eram inteiramente inúteis, e mostravam da parte de quem as empreendia uma falta de espiritualidade que só podia ser própria dos verdadeiramente ignorantes. Ou­tros estavam pondo a sua confiança no merecimento da intercessão dos santos, mas isso mostrava apenas que anda­vam em trevas, porque, ainda que os santos que eles invo­cavam fossem tão justos como Noé, Daniel e Jó, nunca daí poderia vir esperança nem salvação alguma. Até o próprio papa era um homem falível, e apesar de seu título de se­nhor apostólico, só era apostólico, até onde se mostrava ser o guarda das doutrinas dos apóstolos. O simples fato de es­tar sentado na "cadeira do apóstolo" nada prova. Também os escribas e os fariseus se sentaram na "cadeira de Moi­sés".
Mas não se deve deduzir disto que Cláudio fosse um simples polêmico. Era, por natureza, mais inclinado a aprender do que a ensinar ou a corrigir os outros, e os seus escritos estão cheios de um verdadeiro espírito de humil­dade e amor cristão.
Contudo, a influência de Cláudio foi sentida apenas numa área muito limitada; e no meio de tantas trevas não se pode esperar que seus adeptos fossem muitos. Ainda as­sim foram suficientes para atrair a atenção e para chamar sobre suas cabeças a maldição do papa. Este incitou os príncipes leigos contra eles, e assim vemos que foram ex­pulsos do país e obrigados a se refugiarem nas montanhas próximas, onde, fora da influência papal, progrediram como nunca.
Feliz condição a deste pequeno grupo, quando tudo em volta estava negro e desanimado! Felizes os que estavam assim com Deus entre as montanhas cujos cumes nevados estavam sempre apontando para o Céu, enquanto as planícieis se achavam envolvidas em névoas mundanas! Eram estes os cristãos de Piemonte.

Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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