História De Israel – Teologia 31.225
CAPÍTULO 10
TESTEMUNHO DO AFETO QUE OS IMPERADORES ROMANOS TINHAM PELOS
JUDEUS.
698. Nesse mesmo tempo, os judeus que moravam na Ásia e na
África, aos quais os reis haviam concedido o direito de burguesia, eram
maltratados pelos gregos, que desviavam o dinheiro sagrado e lhes eram
contrários em todas as coisas. Então enviaram embaixadores a Augusto, de modo
que se pusesse um fim àquele bárbaro tratamento que recebiam. Esse príncipe
escreveu às províncias, reafirmando a manutenção daqueles privilégios, como se
poderá ver pela cópia da carta que julgo bem reproduzir, a fim de mostrar a
afeição dos imperadores romanos para conosco.
"César Augusto, sumo sacerdote e administrador da
República, ordena o que se segue. Sendo a nação dos judeus, não somente no
tempo presente, mas também no passado, sempre fiel e afeiçoada ao povo romano,
particularmente ao imperador César, meu pai, quando Hircano era o seu sumo
sacerdote, ordenamos, com o consentimento do senado, que os judeus vivam
segundo as suas leis e costumes, tal como faziam no tempo de Hircano, sumo
sacerdote do Deus Altíssimo; que os seus Templos desfrutem sempre o direito de
asilo; que lhes seja permitido enviar a Jerusalém o dinheiro consagrado ao
serviço de Deus; que não sejam obrigados a comparecer a julgamento no dia de
sábado nem na vigília do sábado, após as nove horas; que seja punido como
sacrílego e tenha os seus bens confiscados em proveito do povo romano aquele
que roubar os seus livros santos ou o dinheiro destinado ao serviço de Deus. E,
como desejamos, em todas as ocasiões, dar provas de nossa bondade para com
todos os homens, é nosso desejo que o pedido apresentado por Caio Márcio
Censorino em nome do ju-deus seja colocado com a presente ordem em um lugar
eminente, no Templo de Ancira, o qual toda a Ásia consagrou ao nosso nome. E
seja severamente castigado aquele que ousar desobedecer a estas ordens".
Vê-se também o seguinte decreto gravado sobre uma coluna no
Templo de Augusto: "César, a Norbano Flacco, saudação. Seja permitido aos
judeus de algumas províncias, onde eles moram, enviar dinheiro a Jerusalém,
como sempre o fizeram, para ser empregado no serviço de Deus, sem que isso lhes
seja impedido".
Agripa escreveu também em favor dos judeus, desta maneira:
"Agripa, aos magistrados, ao senado e ao povo de Éfeso, saudação.
Ordenamos que a guarda e o emprego do dinheiro sagrado que os judeus da Ásia
enviam a Jerusalém, segundo o costume de sua nação, fique a cargo deles, e se
alguém, tendo-o roubado, recorrer aos asilos para se salvar, seja de lá tirado
e entregue aos judeus, para que o façam sofrer a pena que os sacrílegos
merecem". O mesmo Agripa escreveu também ao governador Silvano, para
impedir que se obrigassem os judeus a comparecer a julgamento em dia de sábado.
"Marcos Agripa, aos magistrados e ao senado de Cirene,
saudação. Os judeus que moram em Cirene fizeram-nos queixas de que, embora
Augusto tenha ordenado a Flávio, governador da Líbia, e aos oficiais dessa
província que lhes dessem plena liberdade para enviar o dinheiro sagrado a
Jerusalém, como sempre fizeram, há pessoas maldosas que o querem impedir, sob
pretexto de alguns tributos de que os judeus lhes seriam devedores, quando na
verdade não devem. A esse respeito, ordenamos que eles sejam mantidos no
usufruto de seus direitos, sem que os tais lhes sejam impedidos ou
dificultados, por qualquer meio. E, se em alguma cidade o dinheiro sagrado for
desviado, ele deverá ser restituído aos judeus por aqueles que forem nomeados
para esse fim".
"Caio Norbano Flacco, procônsul, aos magistrados de
Sardes, saudação. César nos ordenou, por meio de cartas, impedirmos que se
perturbe a liberdade que os judeus sempre tiveram de enviar a Jerusalém,
segundo o costume de sua nação, o dinheiro que eles destinam para esse fim, o
que me obriga a escrever-vos esta carta, a fim de vos informar da vontade do
imperador e da nossa".
Júlio Antônio, procônsul, escreveu também: "Júlio
Antônio, procônsul, ao senado e ao povo de Éfeso, saudação. Quando eu
administrava a justiça no décimo terceiro dia de fevereiro, os judeus que moram
na Ásia disseram-me que César Augusto e Agripa lhes haviam permitido enviar com
toda a liberdade a Jerusalém, conforme as suas leis e costumes, as primícias
que cada qual desejasse oferecer livremente a Deus, por um sentimento de
piedade. Eles rogaram-me que lhes confirmasse essa graça. Por isso, conforme o
desejo de Augusto e de Agripa, faço-vos saber que permito aos judeus que nisso
observem os seus costumes, e que ninguém ouse impedi-los".
Como sei que esta história pode cair nas mãos dos gregos,
julguei dever relatar todas essas provas, para mostrar-lhes que não é de hoje
que os detentores da suprema autoridade nos permitem observar os costumes de
nossos antepassados e servir a Deus da maneira como ordena a nossa religião.
Julgo que devo repeti-lo muito, a fim de que as nações estrangeiras percam o
ódio que sem motivo nutrem contra nós. O tempo causa mudanças nos costumes de
todos os povos, e quase não há cidade onde isso não aconteça. Mas a justiça
deve ser igualmente reverenciada por todos os homens. Assim, as nossas leis
podem ser muito úteis, não somente aos gregos, mas também aos bárbaros, o que
os obriga a ter afeto por nós, pois elas são inteiramente conformes à justiça,
e nós as observamos fielmente. Por isso, rogo que nos não odeiem pela nossa
maneira diferente de viver, mas que, como nós, amem a virtude, pois ela deve
ser comum a todos os homens. Precisamos agora retomar a nossa história.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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