História De Israel – Teologia 31.206
CAPÍTULO 5
CLEÓPATRA VAI ÀJUDÉIA E INUTILMENTE PROCURA SUSCITAR AMOR EM
HERODES. ANTÔNIO, APÓS CONQUISTAR A ARMÊNIA, CONTEMPLA ESSA
PRINCESA COM MAGNÍFICOS PRESENTES.
642. Cleópatra, depois de acompanhar Antônio até o Eufrates,
veio a Apaméia e a Damasco, enquanto ele marchava com o seu exército pela Armênia,
e desejou também ver a Judéia. Herodes recebeu-a com grandes honras e tratou
com ela a respeito das rendas da parte da Arábia a ela concedida por Antônio e
do território de Jerico, o único lugar onde cresce o bálsamo, que passa pelo
mais excelente de todos os perfumes, e onde se vêem em abundância as mais belas
palmeiras no mundo.
Durante as diversas entrevistas que Herodes teve com a
princesa, ela tudo fez para envolvê-lo amorosamente. E, como era muito
impudica, certamente sentia atração por ele. No entanto, o mais verossímil é
que o seu intento fosse o de por esse meio encontrar ocasião para destruí-lo.
De qualquer modo, ela demonstrou sentir grande paixão por Herodes. Ele, que, ao
contrário, nutria por ela grande aversão havia muito tempo, pois essa princesa
sentia prazer em fazer mal a todos, não somente permaneceu insensível às suas
carícias como se sentiu horrorizado pela sua falta de pudor, chegando a
consultar os amigos se não era o caso fazê-la morrer e assim livrar muita gente
dos males que ela causava, bem como dos que poderia vir a causar. Alegou ainda
que estaria fazendo um favor a Antônio, pois se a sorte deixasse de lhe ser
favorável, ele só poderia esperar dela infidelidade, em vez de auxílio. A sua
intenção era libertar o mundo daquela inimiga declarada da virtude e da
justiça.
Os amigos, porém, foram de opinião contrária. Disseram que
não era vantagem um príncipe tão hábil como ele lançar-se em tão grave perigo;
que não devia agir com tal precipitação; que era impossível Antônio não descobrir
o seu ato; que, por maior benefício que Antônio viesse a obter com aquilo, a
cólera por se ver daquele modo privado da princesa aumentaria ainda mais o seu
amor por ela; que ele não escutaria nenhuma alegação em justificativa ao
atentado à mais poderosa rainha de seu tempo, pois ainda que a sua morte lhe
fosse útil, não se poderia negar que ele com isso seria grandemente ofendido; e
que, sendo evidente que Herodes nada podia empreender contra Cleópatra sem
atrair sobre si e sobre a sua família grandíssimos males, julgavam que a melhor
deliberação a tomar, depois que ele recusara corresponder ao amor da princesa,
era fazer em tudo o mais o que fosse possível para contentá-la. Herodes
deixou-se persuadir por essas razões. Então, serenou Cleópatra com grandes
presentes e levou-a até o Egito.
Depois que Antônio conquistou a Armênia, mandou Artabaso,
filho de Tigrano, e os príncipes seus filhos como prisioneiros ao Egito e deles
fez presente a Cleópatra, junto com o que havia conquistado de mais precioso naquele
reino. Artáxio, filho mais velho de Artabaso, que havia fugido ante a notícia
dessa guerra, reinou depois no lugar de seu pai. Mas Arquelau e o imperador
Nero o expulsaram do reino, colocando Tigrano, o mais novo de seus irmãos, no
trono.
Quanto aos tributos dos países que Antônio entregara a
Cleópatra, Herodes pagava-os rigorosamente à princesa, porque ele bem sabia o
quanto lhe era conveniente não dar a ela motivo para que o odiasse. Depois que
a cobrança desses tributos passou a pertencer a Herodes, os árabes pagaram-lhe
durante algum tempo duzentos talentos por ano. Depois passaram a lhe tributar
apenas parte desse valor.
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