História Do Cristianismo -
Teologia 32.116
TEMPO DE PÂNICO
Mas vamos adiante. "Seria
possível", pode alguém perguntar: "que as coisas se tornassem tão
negras e tristes, que os espíritos dos homens, repletos de preguiça e cegos
pela superstição, se afundassem ainda mais em morbidez e miséria?"
Infelizmente era isso mais que possível. Ao aproximar-se o ano 1000 da igreja,
juntou-se o terror. Pela superstição do povo, apoderou-se de todos um
tal pânico como de certo não se tinha visto até então. Não tinha, porventura,
o Senhor dito que depois de mil anos Satanás sairia da sua prisão, e andaria
por toda parte enganando as nações nos quatro cantos da terra? (Ap 20). E, em
vista disto, muitos pensavam que o fim do mundo estava verdadeiramente
próximo.
Houve um ermitão de Turíngia
chamado Bernhard, que, mal compreendendo estas palavras da Bíblia, tomou-as
para seu tema, e saiu no ano 960
a pregar a aproximação do julgamento. Havia alguma
aparência da verdade nesta doutrina, e a ilusão influiu no ânimo dos
supersticiosos de todas as classes. Monges e ermitões pregavam a doutrina e,
muito antes do ano começar, soava este grito terrível por toda a Europa. O povo
encaminhava-se para a Palestina, deixando as suas terras e as suas casas, ou
legando-as, como expiação dos seus pecados, às igrejas ou aos mosteiros. Os
nobres vendiam os seus domínios, e até os príncipes e os bispos iam em
peregrinação, preparando-se para o aparecimento do Cordeiro no monte Sião. Um
eclipse do Sol e outros fenômenos no céu contribuíram para aumentar o terror
geral, e milhares de pessoas fugiram das cidades para se refugiar nas covas e
cavernas da terra.
Os terríveis vaticínios, que se
hão de realizar no dia do julgamento, pareciam ter-se já cumprido; havia "sinais
no sol, e na lua e nas estrelas, e na terra aperto das nações em perplexidade,
pelo bramido do mar e das ondas, homens desmaiando de terror, na expectação das
coisas que sobrevirão ao mundo" (Lc 2.25,26). Naquele ano nem as
casas dos ricos, nem as dos pobres foram reparadas, e as terras e vinhas
ficaram incultas. Não se recolheram searas, porque não se tinham feito
sementeiras! Não se erigiam novas igrejas ou mosteiros, porque em poucos meses
esperavam não haver sequer seres humanos para freqüentá-los.
Por fim começou o último dia do
terrível ano. Quando chegou a noite, poucos eram os que estavam em condições de
procurar as suas camas: os vestíbulos e pórticos das igrejas estavam apinhados
de gente que esperavam ansiosamente e com medo esse julgamento tremendo. Foi
uma noite sem sono para toda a Europa. Mas despontou o outro dia: o sol
ergueu-se no firmamento como de costume e lançou o seu brilho sobre um mundo
que não tinha acabado mas que estava cheio de fome; não havia sinais sinistros
no céu, nem temores na terra: tudo continuava como dantes. De todos os corações
saiu um suspiro de alívio. A multidão iludida voltou para as suas casas e todos
se entregaram às suas ocupações habituais. O ano do terror tinha passado e o
século onze da Era Cristã havia começado!
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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