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9 de junho de 2018

História De Israel – Teologia 31.210 (Livro 15 Cap 9) ANTÔNIO É DERROTADO POR AUGUSTO NA BATALHA DE ÁCCIO. HERODES MATA HIRCANO E QUAL O PRETEXTO PARA ISSO. DECIDE PROCURAR AUGUSTO. ORDENS QUE DÁ ANTES DE PARTIR.

História De Israel – Teologia 31.210

 
CAPÍTULO 9

ANTÔNIO É DERROTADO POR AUGUSTO NA BATALHA DE ÁCCIO. HERODES
MATA HIRCANO E QUAL O PRETEXTO PARA ISSO. DECIDE PROCURAR AUGUSTO.
ORDENS QUE DÁ ANTES DE PARTIR.

647. Depois de tão vantajoso resultado, Herodes voltou a Jerusalém cheio de honras e de glória. Mas, quando parecia viver na mais franca prosperidade, a vitória de Augusto sobre Antônio, em Áccio, o colocou em tão grande perigo que ele se julgou perdido. Todos os seus amigos e inimigos eram do mesmo parecer, pois ninguém se podia persuadir de que aquela grande amizade entre ele e Antônio não lhe viesse causar a própria ruína. Assim, os que deveras o amavam não podiam dissimular a dor que sentiam. Os que o odiavam fingiam lamentá-lo, embora no coração sentissem grande alegria, pois assim podiam esperar alguma mudança nos acontecimentos.
Como Hircano era o único de família real, Herodes julgou necessário mandar matá-lo, a fim de que, se conseguisse escapar de tão grande perigo, ninguém pudesse pretender a coroa, com prejuízo seu. Ou, se Augusto mandasse matá-lo, ele teria pelo menos a consolação de saber que Hircano não teria o prazer de sucedê-lo. Alimentava ele esses pensamentos, quando a família onde ele se havia hospedado ofereceu-lhe uma oportunidade para executar o seu desígnio.
Hircano era por natureza excessivamente manso e jamais se ocupara completamente dos negócios. Tudo ele entregava à sorte e recebia de sua mão o que ela mandava, sem demonstrar descontentamento. Sua filha Alexandra, que, ao invés, era ambiciosa, não se podia contentar com a esperança de uma modificação. Ela solicitava-lhe sem cessar que não permitisse por mais tempo a Herodes perseguir assim a sua família e pensasse em sua segurança, conservando-se para uma sorte melhor. Aconselhou-o a escrever a Malque, que então governava a Arábia, e pedir-lhe proteção e refúgio junto dele, não havendo dúvida de que, se a sorte de Herodes fosse tão má como o ódio de Augusto contra ele dava motivos para crer, a nobreza de sua família e o afeto que todo o povo lhe consagrava poderiam fazê-lo voltar ao trono.
Hircano de início rejeitou a proposta, mas Alexandra não deixava de apresentar as probabilidades que ele tinha: de um lado, esperar chegar à coroa; de outro, temer a traição e ^crueldade de Herodes. Ele deixou-se convencer, por fim, à insistente importunação. Escreveu a Malque por meio de um amigo, de nome Dositeu, rogando que lhe mandasse alguns cavaleiros que pudessem levá-lo até o lago Asfaltite, distante trezentos estádios de Jerusalém. Hircano e Alexandra esco-lheram Dositeu por julgarem-no um homem inteiramente dedicado a eles e inimigo de Herodes, pois era parente de José, a quem o rei mandara matar e também porque Antônio matara em Tiro dois de seus irmãos. Ele, porém, foi-lhes infiel. Na esperança de obter vantagens, entregou a carta nas mãos de Herodes.
O soberano demonstrou muita satisfação e reconhecimento e pediu a ele outro favor: levar a carta ao destinatário, Malque, e trazer-lhe a resposta, pois importava conhecer os sentimentos deste. Dositeu cumpriu fielmente todas essas incumbências, e o árabe, por meio dele, mandou a Hircano a resposta, dizendo que o receberia, bem como a todos os judeus de seu partido, que mandaria uma escolta para conduzi-lo em segurança e que o ajudaria em tudo. Herodes, de posse dessa carta, mandou chamar Hircano ao seu conselho e perguntou-lhe que tratado ele fizera com Malque. Respondeu este que nenhum tratado havia feito. O rei então apresentou-lhe a carta e ordenou imediatamente que o matassem.
Foi assim que o próprio Herodes narrou esse fato nos seus comentários. Outros dizem que não foi por esse motivo que ele mandou matar Hircano, mas porque este havia atentado contra a sua vida, e contam o caso deste modo: Herodes perguntou a Hircano, num banquete, sem manifestar a sua desconfiança, se ele havia recebido alguma carta de Malque. Ele respondeu que sim, mas somente de saudação. Herodes acrescentou: "Não recebestes presentes, também?" Hircano respondeu: "Sim, mas somente quatro cavalos para o meu carro". Herodes então, acusou-o de traição e de se ter deixado subornar e ordenou que o matassem.
Esses mesmos escritores, para mostrar que Hircano era inocente, dizem que, tendo desde a sua mocidade — e mesmo depois de ser feito rei — demonstrado excessiva mansidão, grande prudência e moderação e tendo agido quase sempre a conselho de Antípatro, pai de Herodes, não havia nenhuma razão, visto que o rei Herodes estava bem firme no trono, para ele ter saído, na idade de oitenta anos, de além do Eufrates, onde era muito honrado, para viver sob a sua dominação e se entregar a um empreendimento tão alheio à sua natureza. Porém, há muito mais motivo para se crer que esse pretenso crime lhe tenha sido atribuído pelo próprio Herodes.
Assim morreu Hircano, cuja vida foi agitada por muitas e graves perturbações. Ele foi constituído sumo sacerdote sob o reinado de Alexandra, sua mãe, e exerceu esse cargo durante nove anos. Sucedeu no reino a essa princesa e foi deposto três meses depois por Aristóbulo, seu irmão. Pompeu restaurou-o, e ele governou durante quarenta anos. Foi depois exilado por Antígono, castigado e levado como escravo pelos partos. O rei colocou-o em liberdade, e ele voltou à Judéia. E não somente não viu a realização das promessas que Herodes havia feito, como, após passar uma vida cheia de incertezas e amarguras, terminou os seus dias em adiantada velhice com uma morte deplorável, que não havia absolutamente merecido. Como era muito manso, moderado e amante da tranqüilidade e sabia não ter as condições necessárias para governar, servia-se em quase tudo do ministério de outrem. Essa excessiva bondade deu a Antípatro e a Herodes ocasião para se elevarem ao auge da autoridade e levarem a coroa à família deles. A morte foi a recompensa que esse infeliz príncipe recebeu da ingratidão de Herodes.
648. Depois que Herodes se desfez de Hircano, foi procurar Augusto, de quem nada esperava de favorável, por causa da inimizade que havia entre este e Antônio. Temia ao mesmo tempo que Alexandra aproveitasse a sua ausência para amotinar o povo contra ele e perturbar a nação. Ele deixou o governo a Feroras, seu irmão. Colocou Cipro, sua mãe, sua irmã e todos os seus parentes na fortaleza de Massada e ordenou a Feroras que, se na sua viagem algo de mal lhe viesse a suceder, tomasse o governo do reino.
Quanto a Mariana, que não se acertava com Cipro nem com Salomé, ele a colocou com Alexandra, sua mãe, no castelo de Alexandriom, cuja guarda confiou a José, seu tesoureiro, e a Soeme Itureu, em quem desde o começo de seu reinado depositara sempre a sua inteira confiança. Tomou como pretexto querer prestar às princesas essa honra, mas deu a esses dois homens ordens secretas, caso a viagem lhe corresse mal: deveriam matá-las logo que tivessem notícias de sua morte e depois ajudar Feroras com todas as suas forças a conservar o reino aos seus filhos.



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