História Do Cristianismo -
Teologia 32.91
OS PAULÍCIOS
A origem dos cristãos chamados
paulícios é notável, e leva-nos a mencionar pela primeira vez o maometismo, religião
cujo fundador começou a apresentar as suas extraordinárias doutrinas no século
VII. Tendo um certo diácono sido aprisionado pelos maometanos, conseguiu fugir,
e foi recebido com muita hospitalidade por um tal Constantino de Samosata. Ao
despedir-se do seu bondoso hospedeiro, o diácono presenteou-o com um
manuscrito, contendo os quatro Evangelhos e as treze epístolas de Paulo; o
estudo destes escritos, feito com oração, bem depressa afastou do espírito de
Constantino qualquer idéia falsa que pudesse ter tido, e deu-lhe um sincero desejo
de novamente ver a igreja naquele estado de simplicidade que a distinguia no
tempo dos apóstolos.
Animado deste desejo foi por
vários sítios pregando o Evangelho e censurando as práticas corruptas e as
superstições de Roma. Bem depressa reuniu um conjunto de adeptos, cujos chefes
foram denominados por ele pelos nomes dos discípulos mencionados nas epístolas
de Paulo, como por exemplo Timóteo, Ti to, Tíquico etc. Tomou para si o nome de
Silvano, e quando escreveu aos cristãos de Ci-bossa, na Armênia, chamou-os
macedônios - uma bela e inofensiva alegria de certo, mas que despertou a inveja
do partido católico, e serviu de desculpa a um edito de perseguição contra
eles. Constantino e alguns dos seus adeptos foram feitos prisioneiros, e o
oficial encarregado de dar cumprimento a este decreto ordenou a estes últimos
que matassem o seu pastor a pedradas. Eles deitaram ao chão as pedras que lhes
tinham sido dadas para esse fim, mas só um deles foi bastante vil para obedecer
a esta ordem. Foi este um mancebo chamado Justo, filho adotivo de Constantino;
Justo lançou a pedra com uma precisão tão fatal que o mártir caiu ali logo
morto. O oficial, chamado Simão, foi depois convertido, e tornou-se o sucessor
de Silva no, sob o nome de Tito, e isto faz-nos lembrar de Saulo de Tarso, que
se achava presente quando mataram Estêvão a pedradas, e que depois pregou a
verdade pela qual morrera aquele bendito mártir. Depois disto, as doutrinas que
tinham revivido por meio de Constantino espalharam-se rapidamente, e no
princípio do século seguinte, os paulícios contavam-se aos milhares. Imagina-se
que alguns deles refugiaram-se nos vales afastados do país de Vaud, onde,
abrigados pelos Alpes da opressão e falso culto e superstição de Roma,
formaram uma alegre e feliz comunidade, e o núcleo de uma igreja de onde anos
depois saíram os valdenses,cujos martírios têm fama.
Que contraste entre este
conjunto de simples adoradores, e aquele grande sistema de idolatria e
corrução que tinha o seu centro na Roma papal! Mas saíra contra a igreja
culpada uma ordem de julgamento, estava preparando um grande flagelo, com que
Deus havia de brevemente afligir os milhares do cristianismo, e que havia de
pôr em evidência, perante as nações, a sua justa cólera.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
Não perca tempo, Indique esta maravilhosa
Leitura
Custo:O Leitor não paga Nada,
Você APENAS DIVULGA
E COMPARTILHA
.
0 Comentários :
Postar um comentário
Deus abençoe seu Comentario