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6 de junho de 2018

História De Israel – Teologia 31.204 (Livro 15 Cap 3) Herodes tira o cargo de sumo sacerdote de Ananel e o entrega a Aristóbulo. Manda prender Alexandra e Aristóbulo quando eles tentam procurar Cleópatra para se salvar. Finge reconciliar-se com eles. Manda afogar Aristóbulo e ordena-lhe magníficos funerais.

História De Israel – Teologia 31.204


Capitulo 3

Herodes tira o cargo de sumo sacerdote de Ananel e o entrega a
Aristóbulo. Manda prender Alexandra e Aristóbulo quando eles
tentam procurar Cleópatra para se salvar. Finge reconciliar-se com
eles. Manda afogar Aristóbulo e ordena-lhe magníficos funerais.

634. Logo depois, o rei Herodes tirou o sumo sacerdócio de Ananel, o qual, embora fosse da família dos sacerdotes, passava por estrangeiro porque era da raça dos judeus que moravam em grande número além do Eufrates. Herodes honrara-o com aquela dignidade logo que subira ao trono, mas apenas porque era um grande amigo. E tirou-a somente porque julgou necessário, para acalmar as divergências em família, pois aquele cargo era concedido não por algum tem­po, mas para sempre, e não se podia tirá-lo de alguém sem cometer uma injusti­ça. Antíoco Epifânio foi o primeiro a violar essa lei, quando depôs Jesus para colocar Onias em seu lugar. Aristóbulo foi o segundo, quando tirou o cargo de Hircano, seu irmão, a fim de tomá-lo para si mesmo. E Herodes foi o terceiro, quando, para ter paz em casa, o entregou a Aristóbulo, vivendo ainda Ananel.
635.  Essa reconciliação, todavia, não impediu que Herodes continuasse com as suas desconfianças. Julgou que Alexandra, depois do que ela havia feito, não deixaria de provocar uma rebelião, se ocasião para tal se apresentasse. Assim, proibiu-a de sair do palácio e de intrometer-se em qualquer coisa. Mandou vigiá-la com tanto cuidado que nada fazia ela que não lhe fosse logo relatado. Como era muito orgulhosa, coisa natural nas mulheres, ela suportava com grande revolta aquele indigno tratamento, pois preferia sofrer qualquer coisa a perder a liberdade. Sob pretexto de honra, faziam-na passar a vida numa verdadeira escravidão e em contínuo temor. Assim, ela resolveu escrever à rainha Cleópatra, rogando-lhe que tivesse compaixão dela e de sua infelicidade e a ajudasse. A princesa mandou dizer-lhe que tentasse fugir com o filho para o Egito.
Alexandra aprovou o conselho e ordenou a dois de seus servidores de mais confiança que fizessem duas caixas em forma de ataúde, numa das quais ela se encerraria, e na outra estaria o seu filho, para de noite serem levados a bordo de um navio que já estava preparado para partir para o Egito. Esopo, um desses servidores, falou disso a Sabiom, julgando que ele sabia do caso, pois passava por muito amigo de sua senhora e grande inimigo de Herodes — até mesmo se suspeitava que ele fosse um dos cúmplices no envenenamento de Antipatro. Esse homem, porém, feliz por haver encontrado tão favorável ocasião para conquistar o afeto de Herodes, foi manifestar-lhe a intenção de Alexandra de fugir para o Egito. Herodes, que não era menos vingativo que inteligente, deixou-a executar livremente o seu intento com o filho, sem detê-los, senão quando já eram levados naquelas caixas em forma de ataúde.
Como ele não ousava causar mal a Alexandra, para que Cleópatra não ficasse ressentida, fingiu perdoá-la e mostrou-se clemente para com mãe e filho, num excesso de bondade. Mas no seu coração resolveu eliminar Aristóbulo de qual­quer maneira. Esperaria mais um pouco, no entanto, para melhor ocultar os seus intentos. A festa dos Tabernáculos, uma das que nós celebramos com maior sole­nidade, havia chegado, e ele a quis passar em banquetes com o povo. Mas um fato que aconteceu nessa ocasião aumentou de tal modo a sua inveja por Aristóbulo que ele não pôde esperar mais para executar o seu projeto. Eis como as coisas se passaram:
636.  Esse príncipe, que então contava dezessete anos, revestido com os ornamentos de sumo sacerdote, subiu ao altar para oferecer a Deus os sacrifícios ordenados na Lei. A sua extraordinária beleza e a figura esbelta, que sobrepujava em muito os de sua idade, fizeram brilhar de tal modo em sua pessoa a majestade de sua descendência que ele atraiu sobre si os olhos e o afeto de toda aquela grande multidão. Esse fato renovou no espírito do povo a lembrança dos grandes feitos de Aristobulo, seu avô. O povo não pôde esconder a sua alegria, e as aclamações e votos ao jovem príncipe foram manifestados com excessiva liberdade, não recomendável sob o reinado de um soberano tão invejoso e cioso de sua autoridade como Herodes.
Essa demonstração de sentimentos pela família de Aristobulo e de gratidão pelos favores dele recebidos irritaram-no tanto que ele não quis adiar mais a execução do que tinha em mente. Assim, passada a festa, foi a um banquete que Alexandra oferecia em Jerico. Ali, como para homenagear Aristobulo, ele demonstrou prazer em assistir aos divertimentos dos moços. Com essa intenção, foi a um lugar ideal para o seu propósito. Sendo um dia de muito calor, os moços ficaram logo cansados de jogar e foram descansar e abrigar-se dos ardores do sol do meio-dia num jardim, onde se puseram a contemplar alguns dos companheiros e servidores que se banhavam. Herodes fez com que Aristobulo fosse banhar-se com eles, e então aqueles que ele havia levado para esse fim atiraram-se também à água e, como brincadeira, fizeram Aristobulo mergulhar, mas não o deixaram emergir, até que ele morreu afogado. Esse foi o triste fim de Aristobulo, que contava apenas dezoito anos e somente por um ano exercera o sumo sacerdó­cio. Herodes logo o restituiu a Ananel.
Quem poderia exprimir a dor da mãe e da irmã desse infeliz príncipe? Elas derramavam lágrimas junto ao seu corpo e estavam inconsoláveis. A notícia es­palhou-se logo por toda a Jerusalém e encheu a cidade de luto. Não havia uma casa ou família que não considerasse aquela perda como própria. Nenhuma outra dor, porém, se igualava à de Alexandra, e o conhecimento da traição que tão cruelmente lhe arrebatara o filho aumentava-a ainda mais. Era, no entanto, obrigada a dissimular, pelo temor de um mal maior. Veio-lhe muitas vezes à mente a idéia de matar-se, mas se conteve, na esperança de que, sobrevivendo ao filho sem mostrar o que sabia a respeito de sua morte, encontraria talvez ocasião para vingá-la. Herodes, por sua vez, usava de todos os meios para persuadir a todos de que não tivera naquilo a mínima participação, e não somente com palavras procurava demonstrar a sua tristeza e pesar, mas a elas ajuntava lágrimas, as quais pareciam tão espontâneas que poderiam passar por verdadeiras.
A verdade, porém, é que ele julgava que a sua segurança dependia daquela morte. No entanto não podia deixar de se comover pela morte de um príncipe de tão rara beleza, tirado do mundo na flor da idade. Fosse como fosse, ele fazia todo o possível para dar a entender que não era culpado daquele crime, e não poupou despesas para lhe organizar um magnífico funeral. Se a dor das princesas pudesse ter sido mitigada por demonstrações exteriores de afeto, tê-lo-ia sido, sem dúvida, pela quantidade de preciosos perfumes que ele fez queimar sobre o túmulo e pelos ornamentos de que o enriqueceu, com magnificência mais que real.



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