História Do Cristianismo -
Teologia 32.122
AMBIÇÃO DE HILDEBRANDO
Mas até isso era simplesmente
um meio para alcançar um fim. A carreira que Hildebrando estava prosseguindo
havia vinte anos não devia acabar aqui; não era este o fim principal pelo qual
ele se tinha esforçado. Os seus planos eram mais vastos, e, num sentido, menos
egoístas; só a instituição de uma permanente hierarquia, com autoridade
ilimitada sobre todos os povos e reinos na face da terra, poderia satisfazer a
sua ambição. Sim, ele queria organizar um poderoso estado eclesiástico, que
governasse os destinos dos homens, uma poderosa teocracia ou oligarquia espiritual
com o poder de instruir o povo nos seus dogmas infalíveis, para obrigar as
suas consciências e dar forças à sua obediência; um estado cujo governador
fosse supremo sobre todos os governadores do mundo, elegendo e depondo reis à
sua vontade, pondo interdição a províncias e reinos inteiros, e sem que ninguém
ousasse opor-se a isso, em suma, um vice regente de Deus na terra, que não
pudesse errar, de quem se não pudesse apelar!
Mas era preciso fazer algumas
reformas importantes antes de chegar a realizar estes planos ambiciosos. Devia
suprimir-se imediatamente a venda de benefícios eclesiásticos, ou o pecado de
simonia.
Havia por toda parte muitos que
imaginavam que o dom de Deus podia adquirir-se por dinheiro. Mas ainda havia
outra coisa que o espírito de Gregório odiava mais do que a simonia, era o
casamento do clero. Ele bem via que enquanto isso fosse permitido, todos os
seus esforços seriam baldados. 0 casamento era um laço que unia os padres ao
povo, e enquanto não se despedaçasse esse laço, não poderia haver a verdadeira
unidade que desejava. O clero devia ser uma classe completamente separada,
livre dos laços de parentesco, tendo um único fim, a manutenção e a glória da
igreja. Não devia reconhecer parentesco algum senão o espiritual: fora disto
todos os interesses e ambições, sentimentos e desejos eram traidores e
indignos. Estas eram as idéias de Gregório, e neste sentido deu as suas ordens.
A ordem que Gregório deu a
respeito do casamento do clero teve resultados terríveis. Dissolveu os mais
respeitáveis matrimônios, separou os que Deus tinha unido: maridos, mulheres
e crianças; deu lugar às mais lamentáveis discórdias e espalhou por toda a
parte as negras calamidades; especialmente as esposas eram levadas ao
desespero, e expostas a mais amarga dor e vergonha. Mas quanto mais forte era a
oposição, mais alto se proclamavam as maldições contra qualquer demora na
plena execução das ordens do pontífice. Os desobedientes eram entregues aos
magistrados civis, para serem perseguidos, privados dos seus bens, e sujeitos
a indignidades e sofrimentos de muitas espécies.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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