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4 de junho de 2018

História De Israel – Teologia 31.200 (Livro 14 Cap 27) HERODES, VOLTANDO DE ROMA, REÚNE UM EXÉRCITO, TOMA ALGUMAS PRAÇAS E SITIA JERUSALÉM, MAS NÃO CONSEGUE TOMÁ-LA. DERROTA OS INIMIGOS NUM GRANDE COMBATE. SEU ESTRATAGEMA PARA VENCER JUDEUS PARTIDÁRIOS DE ANTÍGONO, QUE FAZIA A GUERRA AOS PARTOS. BELOS COMBATES QUE TRAVA A CAMINHO. JOSÉ, IRMÃO DE HERODES, É MORTO EM COMBATE. ANTÍGONO MANDA CORTAR-LHE A CABEÇA, E HERODES VINGA ESSA MORTE. SITIA JERUSALÉM, ONDE SÓSIO SE UNE A ELE COM UM EXÉRCITO ROMANO. HERODES DESPOSA MARIANA.

História De Israel – Teologia 31.200

 
CAPÍTULO 27

HERODES, VOLTANDO DE ROMA, REÚNE UM EXÉRCITO, TOMA ALGUMAS PRAÇAS E SITIA JERUSALÉM, MAS NÃO CONSEGUE TOMÁ-LA. DERROTA OS
INIMIGOS NUM GRANDE COMBATE. SEU ESTRATAGEMA PARA VENCER
JUDEUS PARTIDÁRIOS DE ANTÍGONO, QUE FAZIA A GUERRA AOS PARTOS.
BELOS COMBATES QUE TRAVA A CAMINHO. JOSÉ, IRMÃO DE HERODES, É
MORTO EM COMBATE. ANTÍGONO MANDA CORTAR-LHE A CABEÇA, E
HERODES VINGA ESSA MORTE. SITIA JERUSALÉM, ONDE SÓSIO SE UNE A ELE
COM UM EXÉRCITO ROMANO. HERODES DESPOSA MARIANA.

615.  Herodes, voltando de Roma, reuniu em Ptolemaida uma grande quantidade de tropas, tanto de sua nação quanto estrangeiras, que tomou sob pagamento, sendo ajudado ainda por Ventídio e por Silom, a quem Gélio havia trazido uma ordem de Antônio para se unir a ele. Ambos antes estavam ocupados: o primeiro acalmando agitações em algumas cidades, devido à invasão dos partos, e o segundo estava na Judéia, onde Antígono o subornara com dinheiro. Herodes entrou na Caliléia para marchar contra Antígono. Suas forças aumentavam sempre, à medida que ele avançava, e quase toda a Galiléia abraçou o seu partido.
A primeira coisa que ele resolveu empreender foi fazer levantar o cerco de Massada, para livrar os seus parentes, que lá estavam encerrados. Mas era antes necessário tomar Jope, a fim de não deixar atrás de si nenhuma praça-forte quando avançassem para Jerusalém. Silom aproveitou a oportunidade para se retirar, e os judeus do partido de Antígono perseguiram-no. Mas Herodes, embora tivesse poucos soldados, deu-lhes combate, derrotou-os e salvou Silom, que já não lhes podia resistir. Depois tomou Jope e avançou rapidamente para Massada. O seu exército fortificava-se dia a dia com os compatriotas que se uniam a ele, uns pelo afeto que tinham tido por seu pai, outros pela estima que tinham por ele e outros ainda pelos favores que deviam a ambos. A maior parte, porém, vinha pela esperança dos benefícios que imaginavam receber dele como rei. Antígono fez-lhe diversas emboscadas pelo caminho, mas sem grande vantagem. Assim, Herodes fez levantar o cerco de Massada e, aumentando ainda as suas forças com os que estavam nessa praça, tomou o castelo de Ressa e avançou para Jerusalém, seguido pelas tropas de Silom e por vários habitantes daquela grande cidade, que temiam o seu poder.
Herodes sitiou-a do lado do ocidente, e os que a defendiam atiraram grande número de flechas e grande quantidade de dardos, e fizeram várias arremetidas contra as suas tropas. Ele começou anunciando por um arauto que não viera com outro objetivo senão o bem da cidade e que esqueceria as ofensas feitas a ele pelos seus maiores inimigos, não excetuando ninguém dessa anistia geral. Antígono respondeu, dirigindo-se a Silom e aos romanos, que era coisa indigna da justiça, de que o povo romano fazia profissão, colocar no trono um simples particular, ainda mais um idumeu, isto é, um semijudeu, contra as leis da nação, que só concedia aquela honra a quem o nascimento tornava digno dela, e que, se estavam descontentes por ele haver recebido a coroa das mãos dos partos, restavam ainda outros, de família real, que não haviam ofendido os romanos e aos quais podiam oferecê-la, e também sacerdotes, aos quais não era justo privar de uma honra à qual tinham o direito de aspirar.
Antígono e Herodes assim discutiram e chegaram mesmo às injúrias. Antígono permitiu aos seus repelir os inimigos, e eles atiraram-lhes flechas e lançaram tantos dardos do alto das torres que os obrigaram a se retirar. Viu-se então claramente que Silom se deixara subornar por dinheiro, pois ele permitiu que vários de seus soldados começassem a gritar que lhes dessem víveres e dinheiro com quartéis de inverno, porque os campos haviam sido inteiramente devastados pelas tropas de Antígono. Todo o acampamento se revoltou então, preparando-se para se retirar, mas Herodes pediu aos oficiais das tropas romanas que não o abandonassem daquela maneira, lembrando-lhes que haviam sido enviados por Antônio, Augusto e pelo senado para ajudá-lo e que, quanto aos víveres, ele daria uma ordem, e nada haveria de faltar.
Essa promessa ele cumpriu imediatamente. Mandou buscar alimento em tão grande quantidade que tirou qualquer pretexto de Silom para se retirar. Pediu também aos amigos em Samaria que levassem a jerico trigo, vinho, óleo, gado e todas as outras coisas necessárias a um exército. Logo que Antígono soube disso, deu ordem que se reunissem as tropas de seu partido, as quais ocuparam as passagens dos montes e armaram ciladas aos que traziam esses víveres de Jerico.
Herodes, que por seu lado de nada se descuidava, tomou cinco coortes romanas, cinco dos judeus, alguns soldados estrangeiros e parte de sua cavalaria e foi a jerico. Achou a cidade abandonada, e quinhentos de seus habitantes haviam fugido para os mortes com as suas famílias. Ele os mandou prender e depois os soltou. Os romanos encontraram a cidade cheia de toda espécie de bens e a saquearam. Herodes lá deixou uma guarnição e deu quartéis de inverno para as tropas romanas na Iduméia, na Galiléia e em Samaria. Antígono, como recompensa pelos presentes que concedera a Silom, obteve dele que mandasse uma parte de suas tropas a Lida, para ganhar as boas graças de Antônio. Assim, os romanos puderam viver em paz e em grande abundância.
616. Herodes, que não queria ficar inativo, enviou José, seu irmão, à Iduméia com mil homens de infantaria e quatrocentos cavaleiros, enquanto ele foi a Samaria, onde deixou a sua mãe e os demais parentes que havia retirado de Massada. Passou depois à Galiléia para tomar as praças nas quais Antígono havia colocado guarnições. Chegou a Seforis numa ocasião em que caía muita neve, e os que a defendiam para Antígono fugiram. Ele aí encontrou grande quantidade de víveres. Mandou de lá um corpo de cavalaria e três coortes contra os ladrões que se refugiavam nas cavernas próximas à aldeia de Arbela.
Quarenta dias depois, ele avançou com o seu exército, e os inimigos apareceram com muita coragem e ousadia. Travou-se logo um grande combate. A ala esquerda do exército de Herodes foi desbaratada, mas ele a socorreu com tanta força e energia que a fez voltar a sua frente para aqueles dos seus que lhes tinham voltadas as costas, pondo assim em fuga os inimigos, que já se julgavam vitoriosos, e perseguindo-os até o Jordão. Tão belo feito trouxe ao seu partido o resto da Galiléia, exceto os que se haviam retirado para as cavernas. Deu aos seus soldados cento e cinqüenta dracmas por cabeça, tratou os oficiais de acordo com o cargo e os enviou aos quartéis de inverno.
Silom foi obrigado a abandonar os seus soldados e vir procurá-lo com os seus oficiais, porque Antígono só forneceria víveres às suas tropas durante um mês, e dera ordem aos habitantes dos lugares vizinhos que lhes retirassem todas as coisas necessárias à vida e fugissem para as montanhas, a fim de fazê-los morrer de fome. Herodes tomou providências e entregou essa incumbência a Feroras, seu irmão mais novo, ao qual ordenou que também restaurasse o castelo de Alexandriom, que estava completamente abandonado.
617. Antônio estava então em Atenas, e Ventídio, na Síria, de onde mandou dizer a Silom que fosse procurá-lo para marchar com as tropas auxiliares das províncias contra os partos, mas somente depois que tivesse prestado a Herodes o auxílio de que este necessitava. Herodes, no entanto, não quis retê-lo e foi com as suas tropas contra os ladrões que estavam em famílias nas cavernas do monte. A dificuldade era lá chegar, porque os caminhos são muito estreitos e cercados de rochedos pontudos e precipícios que impedem subir até lá quando se está ao pé do monte e descer quando se está em cima. Para remediar essa dificuldade, Herodes mandou fazer caixas amarradas a cadeiras de ferro, que eram descidas da montanha por meio de máquinas. As caixas eram cheias de soldados armados com alabardas, para ferir os que lhes opusessem resistência.
A descida era muito perigosa por causa da altura, e os que se haviam escondido nas cavernas tinham abundância de víveres. Quando as caixas chegavam à entrada das cavernas, um soldado armado com espada, escudo e vários dardos agarrava com as duas mãos as cadeias às quais a caixa estava presa e lançava-se por terra. Se ninguém aparecia, ele aproximava-se da entrada de uma das cavernas, matava quantos encontrasse a golpes de dardos, fisgava com a alabarda os que lhe queriam resistir e precipitava-os do alto dos rochedos. Entrava depois na caverna, onde matava mais alguns, e em seguida voltava para a caixa. Os gritos espantavam os demais e os faziam desesperar da própria salvação. Mas a noite obrigou os soldados de Herodes a se retirar, e ele mandou avisar que perdoaria a todos os que se entregassem.
No dia seguinte, começaram a atacar do mesmo modo, e vários soldados saíram das caixas para combater à entrada das cavernas. Lançaram-lhes fogo, sabendo que dentro havia grande quantidade de matéria combustível. Numa das cavernas havia um velho escondido com a sua mulher e sete filhos, os quais, vendo-se reduzidos a tal extremo, pediram-lhe permissão para entregar-se. Em vez de a conceder, o velho pôs-se à entrada da caverna e matou-os um a um, inclusive a mulher, à medida que tentavam sair, lançando os corpos do alto do monte. Depois lançou-se ele mesmo, preferindo assim a morte à escravidão. Antes de se precipitar, porém, fez mil censuras a Herodes, dizendo-lhe palavras ofensivas, embora o príncipe, que o avistava, fizesse sinais com a mão, a indicar que desejava perdoá-lo. Assim, todos os que estavam nas cavernas foram obrigados a se entregar, porque não podiam mais se esconder nem resistir.
618.  O hábil Herodes, depois de constituir Ptolomeu governador do país, foi a Samaria com seiscentos cavaleiros e três mil soldados de infantaria, com o intuito de combater Antígono. Ptolomeu saiu-se mal nesse cargo. Foi atacado e morto por aqueles que antes haviam perturbado a Galiléia. Eles fugiram em seguida para os pântanos e outros lugares inacessíveis, de onde devastavam os campos. Herodes não se demorou muito em castigá-los, pois veio combatê-los e matou uma parte deles. Apoderou-se dos lugares para onde os outros se haviam retirado e matou-os também. Destruiu em seguida esses lugares e condenou as cidades a pagar uma multa de cem talentos, cortando assim as sublevações pela raiz.
619.  Os partos foram vencidos numa grande batalha onde Pacoro, seu rei, foi morto. Ventídio, por ordem de Antônio, enviou Maquera ao rei Herodes com duas legiões e mil cavaleiros. Antígono subornou Maquera com dinheiro, e assim, embora Herodes tentasse impedir que ele fosse procurar Antígono, Maquera para lá se dirigiu, sob o pretexto de observar o estado das forças. Mas Antígono não confiou nele e não somente se recusou a recebê-lo como mandou atacá-lo. Então ele reconheceu a sua falta e foi para Emaús. Cheio de cólera, mandou matar todos os judeus que encontrou em seu caminho, sem indagar se eram amigos ou inimigos.
Esse proceder de Maquera enfureceu Herodes, que foi a Samaria resolvido a procurar Antônio e rogar-lhe que não mais lhe mandasse tal auxílio, pois causava mais mal a ele que aos seus inimigos, e ele muito bem o poderia dispensar, porque se sentia forte o bastante para combater Antígono. Maquera veio procurá-lo no caminho e pediu-lhe que ficasse ou pelo menos lhe cedesse José, seu irmão, para juntos fazerem a guerra a Antígono. Assim, eles reconciliaram-se, e Herodes acedeu aos pedidos de Maquera, deixando-lhe a maior parte do exército, sob o comando de José, ao qual recomendou que não se arriscasse nem se indispusesse com Maquera.
620.  Em seguida, Herodes foi com um corpo de cavalaria e de infantaria procurar Antônio, que sitiava a cidade de Samosata, situada sobre o rio Eufrates. Encontrou em Antioquia um grande número de pessoas que também queriam falar com Antônio, mas não se atreviam a se pôr a caminho para continuar a viagem porque os bárbaros espalhados pelas redondezas matavam todos os que lhes caíam nas mãos. Ele os tranqüilizou e se ofereceu para lhes servir de chefe, já estavam eles há dois dias em Samosata.
Os bárbaros, que se haviam reunido em grande número para atacar os que iam procurar Antônio, só saíram de sua emboscada quando os viram atravessando a planície. Deixaram, porém, passar a primeira tropa de Herodes e atacaram com quinhentos cavaleiros a que veio depois, onde ele estava em pessoa. Puseram em fuga as primeiras linhas, mas o príncipe atacou-os tão violentamente que ergueu a coragem e o ânimo dos seus, fazendo voltar ao combate os que já haviam desistido da luta. Ele dizimou a maior parte daqueles bárbaros, atacando-os até reconquistar todos os despojos e os prisioneiros que eles haviam feito. Continuando a viagem, derrotou outro grande número de bárbaros, que estavam nos bosques próximos daqueles campos com o propósito de se lançar sobre os viandantes, e matou grande quantidade deles. Assim, garantiu a passagem aos que vinham atrás dele, os quais o chamavam de protetor e salvador.
Aproximando-se eles de Samosata, Antônio, que já soubera como ele havia derrotado os bárbaros e do auxílio que lhe trazia, mandou o que havia de melhor em suas tropas para recebê-lo com honras e demonstrações de alegria. Depois abraçou-o, louvou o seu valor e o tratou como um príncipe, ao qual ele mesmo havia posto a coroa na cabeça. Logo depois, Antíoco entregou Samosata, e a guerra terminou. Antônio deixou Sósio como comandante do exército e da província, com ordem de ajudar o rei Herodes em tudo o que ele viesse precisar, e partiu para o Egito. Sósio mandou adiante, para a judéia, duas legiões com Herodes e depois seguiu-o com o resto no exército.
621.  Enquanto isso se passava, José, irmão de Herodes, perdeu a vida na Judéia, por não ter cumprido a ordem que dele recebera, ou seja, de não se arriscar, como vou narrar a seguir. Ele marchou para Jerico com as suas tropas e cinco companhias de cavalaria cedidas por Maquera, pretendendo fazer a colheita do trigo, e acampou nos montes. Mas a cavalaria romana era composta de moços pouco habituados à guerra, a maior parte recrutada na Síria. Os inimigos os atacaram em lugares pouco vantajosos e os derrotaram, bem como ao corpo de cavalaria que José comandava. Ele morreu combatendo valentemente. Os mortos ficaram em poder de Antígono, e ele mandou cortar a cabeça a José, embora Feroras, seu irmão, lhe quisesse pagar cinqüenta talentos para ter o corpo intacto. Em seguida, os galileus revoltaram-se contra os seus governadores e lançaram no lago os que seguiam o partido de Herodes. Vários outros movimentos de agitação rebentaram na judéia. Maquera fortificou o castelo de Gethe.
Herodes soube de tudo quando estava num arrabalde de Antioquia chamado Dafne e quase o esperava, por causa de alguns sonhos que tivera, os quais previam a morte do irmão. Assim, apressou a marcha ao chegar ao monte Líbano e tomou oitocentos homens do país e uma legião romana, com os quais foi a Ptolemaida, de onde partiu na mesma noite para avançar contra a Galiléia. Os inimigos atacaram-no, mas ele os venceu e obrigou-os a se encerrar num castelo, de onde haviam saído no dia anterior. No dia seguinte, pela manhã, foi sitiá-los, mas uma grande tempestade o obrigou a se retirar para as aldeias vizinhas. A outra legião que ele havia recebido de Antônio veio unir-se a ele, e o medo dos sitiados os fez abandonar o castelo durante a noite.
Como Herodes estava impaciente para vingar a morte do irmão, avançou rapidamente para Jerico, onde conversou com os maiorais da cidade. Apenas os convidados se retiraram para as suas casas, a sala onde se realizava o banquete desabou, e todos imaginaram que Deus tinha um cuidado particular de Herodes, pois o livrara por milagre de um grande perigo. No dia seguinte, seis mil inimigos, que haviam descido dos montes, encheram de espanto os romanos, e seus filhos, perdidos, atacaram-nos a golpes de dardos e de pedras. Herodes ficou ferido no lado, e Antígono, querendo dar a entender que era bastante forte para fazer guerra ao mesmo tempo em diversos lugares, enviou tropas a Samaria, comandadas por Papo. Porém, Maquera enfrentou-o, e Herodes, por sua vez, tomou cinco cidades, matou cerca de dois mil homens que nelas estavam como guarnição, incendiou-as e se voltou contra Papo, que estava acampado em Isanas, para onde vários se dirigiam, tanto de Jerico quanto da Judéia.
Logo que Herodes soube que os inimigos eram tão ousados que se atreviam a combater, atacou-os e os venceu. Inflamado pelo desejo de vingar a morte do irmão, perseguiu-os, matando sempre até uma aldeia. As casas encheram-se imediatamente e muitos foram obrigados a subir aos telhados. Esses logo foram mortos. Depois os tetos foram removidos, e viram-se então onde estavam escondidos todos os outros, os quais de tão apertados não se podiam defender. Foram mortos a pedradas, e não houve em toda essa guerra espetáculo mais deplorável, pois causava horror tão grande quantidade de cadáveres. Esse feito, mais que qualquer outro, abateu a ousadia dos inimigos, porque os fez perder a esperança de um êxito favorável. Eram vistos fugindo em grandes grupos, e, não fora uma grande tempestade que sobreveio, os vencedores poderiam ter ido a Jerusalém com a certeza da vitória, e a guerra teria terminado. Antígono já pensava também em abandonar a cidade e fugir.
Quando chegou a noite, Herodes deu ordem que se servisse a refeição aos soldados. Como estava extremamente cansado, retirou-se para o seu quarto, a fim de tomar um banho. A providência de Deus livrou-o então de um grave perigo, pois estando nu e tendo consigo apenas um de seus criados, três dos inimigos, que o medo fizera esconder-se naquela casa, apareceram de espada em punho para se salvar e ficaram tão assustados com a presença do rei no banho que, em vez de matá-lo, como poderiam ter feito facilmente, só pensaram em escapar. No dia seguinte, Herodes, depois de mandar cortar a cabeça Papo, que estava no número dos mortos, mandou-a a Feroras, para consolá-lo da perda do irmão, pois fora Papo quem matara José.
622.  Cessada a tempestade, esse grande general marchou para Jerusalém, acampou perto da cidade e sitiou-a, três anos após ser declarado rei em Roma. Escolheu o lugar que julgou mais apropriado para tomar a cidade e colocou o seu acampamento diante do Templo, como outrora Pompeu havia feito. Usando uma grande quantidade de trabalhadores, fez elevar três plataformas. Também construiu torres e derrubou muitas árvores. Enquanto o cerco continuava, ele foi a Samaria para desposar Mariana, filha de Alexandre e neta do rei Aristóbulo, que ele tinha como noiva, conforme dissemos anteriormente.



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