História De Israel – Teologia 31.200
CAPÍTULO 27
HERODES, VOLTANDO DE ROMA, REÚNE UM EXÉRCITO, TOMA ALGUMAS
PRAÇAS E SITIA JERUSALÉM, MAS NÃO CONSEGUE TOMÁ-LA. DERROTA OS
INIMIGOS NUM GRANDE COMBATE. SEU ESTRATAGEMA PARA VENCER
JUDEUS PARTIDÁRIOS DE ANTÍGONO, QUE FAZIA A GUERRA AOS
PARTOS.
BELOS COMBATES QUE TRAVA A CAMINHO. JOSÉ, IRMÃO DE HERODES,
É
MORTO EM COMBATE. ANTÍGONO MANDA CORTAR-LHE A CABEÇA, E
HERODES VINGA ESSA MORTE. SITIA JERUSALÉM, ONDE SÓSIO SE UNE
A ELE
COM UM EXÉRCITO ROMANO. HERODES DESPOSA MARIANA.
615. Herodes,
voltando de Roma, reuniu em Ptolemaida uma grande quantidade de tropas, tanto
de sua nação quanto estrangeiras, que tomou sob pagamento, sendo ajudado ainda
por Ventídio e por Silom, a quem Gélio havia trazido uma ordem de Antônio para
se unir a ele. Ambos antes estavam ocupados: o primeiro acalmando agitações em
algumas cidades, devido à invasão dos partos, e o segundo estava na Judéia,
onde Antígono o subornara com dinheiro. Herodes entrou na Caliléia para marchar
contra Antígono. Suas forças aumentavam sempre, à medida que ele avançava, e
quase toda a Galiléia abraçou o seu partido.
A primeira coisa que ele resolveu empreender foi fazer
levantar o cerco de Massada, para livrar os seus parentes, que lá estavam
encerrados. Mas era antes necessário tomar Jope, a fim de não deixar atrás de
si nenhuma praça-forte quando avançassem para Jerusalém. Silom aproveitou a
oportunidade para se retirar, e os judeus do partido de Antígono
perseguiram-no. Mas Herodes, embora tivesse poucos soldados, deu-lhes combate,
derrotou-os e salvou Silom, que já não lhes podia resistir. Depois tomou Jope e
avançou rapidamente para Massada. O seu exército fortificava-se dia a dia com
os compatriotas que se uniam a ele, uns pelo afeto que tinham tido por seu pai,
outros pela estima que tinham por ele e outros ainda pelos favores que deviam a
ambos. A maior parte, porém, vinha pela esperança dos benefícios que imaginavam
receber dele como rei. Antígono fez-lhe diversas emboscadas pelo caminho, mas
sem grande vantagem. Assim, Herodes fez levantar o cerco de Massada e,
aumentando ainda as suas forças com os que estavam nessa praça, tomou o castelo
de Ressa e avançou para Jerusalém, seguido pelas tropas de Silom e por vários
habitantes daquela grande cidade, que temiam o seu poder.
Herodes sitiou-a do lado do ocidente, e os que a defendiam
atiraram grande número de flechas e grande quantidade de dardos, e fizeram
várias arremetidas contra as suas tropas. Ele começou anunciando por um arauto
que não viera com outro objetivo senão o bem da cidade e que esqueceria as
ofensas feitas a ele pelos seus maiores inimigos, não excetuando ninguém dessa
anistia geral. Antígono respondeu, dirigindo-se a Silom e aos romanos, que era
coisa indigna da justiça, de que o povo romano fazia profissão, colocar no
trono um simples particular, ainda mais um idumeu, isto é, um semijudeu, contra
as leis da nação, que só concedia aquela honra a quem o nascimento tornava
digno dela, e que, se estavam descontentes por ele haver recebido a coroa das
mãos dos partos, restavam ainda outros, de família real, que não haviam
ofendido os romanos e aos quais podiam oferecê-la, e também sacerdotes, aos
quais não era justo privar de uma honra à qual tinham o direito de aspirar.
Antígono e Herodes assim discutiram e chegaram mesmo às
injúrias. Antígono permitiu aos seus repelir os inimigos, e eles atiraram-lhes
flechas e lançaram tantos dardos do alto das torres que os obrigaram a se
retirar. Viu-se então claramente que Silom se deixara subornar por dinheiro,
pois ele permitiu que vários de seus soldados começassem a gritar que lhes
dessem víveres e dinheiro com quartéis de inverno, porque os campos haviam sido
inteiramente devastados pelas tropas de Antígono. Todo o acampamento se
revoltou então, preparando-se para se retirar, mas Herodes pediu aos oficiais
das tropas romanas que não o abandonassem daquela maneira, lembrando-lhes que
haviam sido enviados por Antônio, Augusto e pelo senado para ajudá-lo e que,
quanto aos víveres, ele daria uma ordem, e nada haveria de faltar.
Essa promessa ele cumpriu imediatamente. Mandou buscar
alimento em tão grande quantidade que tirou qualquer pretexto de Silom para se
retirar. Pediu também aos amigos em Samaria que levassem a jerico trigo, vinho,
óleo, gado e todas as outras coisas necessárias a um exército. Logo que
Antígono soube disso, deu ordem que se reunissem as tropas de seu partido, as quais
ocuparam as passagens dos montes e armaram ciladas aos que traziam esses
víveres de Jerico.
Herodes, que por seu lado de nada se descuidava, tomou cinco
coortes romanas, cinco dos judeus, alguns soldados estrangeiros e parte de sua
cavalaria e foi a jerico. Achou a cidade abandonada, e quinhentos de seus
habitantes haviam fugido para os mortes com as suas famílias. Ele os mandou
prender e depois os soltou. Os romanos encontraram a cidade cheia de toda
espécie de bens e a saquearam. Herodes lá deixou uma guarnição e deu quartéis
de inverno para as tropas romanas na Iduméia, na Galiléia e em Samaria.
Antígono, como recompensa pelos presentes que concedera a Silom, obteve dele
que mandasse uma parte de suas tropas a Lida, para ganhar as boas graças de Antônio.
Assim, os romanos puderam viver em paz e em grande abundância.
616. Herodes, que não queria ficar inativo, enviou José, seu
irmão, à Iduméia com mil homens de infantaria e quatrocentos cavaleiros,
enquanto ele foi a Samaria, onde deixou a sua mãe e os demais parentes que
havia retirado de Massada. Passou depois à Galiléia para tomar as praças nas
quais Antígono havia colocado guarnições. Chegou a Seforis numa ocasião em que
caía muita neve, e os que a defendiam para Antígono fugiram. Ele aí encontrou grande
quantidade de víveres. Mandou de lá um corpo de cavalaria e três coortes contra
os ladrões que se refugiavam nas cavernas próximas à aldeia de Arbela.
Quarenta dias depois, ele avançou com o seu exército, e os
inimigos apareceram com muita coragem e ousadia. Travou-se logo um grande
combate. A ala esquerda do exército de Herodes foi desbaratada, mas ele a
socorreu com tanta força e energia que a fez voltar a sua frente para aqueles
dos seus que lhes tinham voltadas as costas, pondo assim em fuga os inimigos,
que já se julgavam vitoriosos, e perseguindo-os até o Jordão. Tão belo feito
trouxe ao seu partido o resto da Galiléia, exceto os que se haviam retirado
para as cavernas. Deu aos seus soldados cento e cinqüenta dracmas por cabeça,
tratou os oficiais de acordo com o cargo e os enviou aos quartéis de inverno.
Silom foi obrigado a abandonar os seus soldados e vir
procurá-lo com os seus oficiais, porque Antígono só forneceria víveres às suas
tropas durante um mês, e dera ordem aos habitantes dos lugares vizinhos que
lhes retirassem todas as coisas necessárias à vida e fugissem para as
montanhas, a fim de fazê-los morrer de fome. Herodes tomou providências e
entregou essa incumbência a Feroras, seu irmão mais novo, ao qual ordenou que
também restaurasse o castelo de Alexandriom, que estava completamente
abandonado.
617. Antônio estava então em Atenas, e Ventídio, na Síria,
de onde mandou dizer a Silom que fosse procurá-lo para marchar com as tropas
auxiliares das províncias contra os partos, mas somente depois que tivesse
prestado a Herodes o auxílio de que este necessitava. Herodes, no entanto, não
quis retê-lo e foi com as suas tropas contra os ladrões que estavam em famílias
nas cavernas do monte. A dificuldade era lá chegar, porque os caminhos são muito
estreitos e cercados de rochedos pontudos e precipícios que impedem subir até
lá quando se está ao pé do monte e descer quando se está em cima. Para remediar
essa dificuldade, Herodes mandou fazer caixas amarradas a cadeiras de ferro,
que eram descidas da montanha por meio de máquinas. As caixas eram cheias de
soldados armados com alabardas, para ferir os que lhes opusessem resistência.
A descida era muito perigosa por causa da altura, e os que
se haviam escondido nas cavernas tinham abundância de víveres. Quando as caixas
chegavam à entrada das cavernas, um soldado armado com espada, escudo e vários
dardos agarrava com as duas mãos as cadeias às quais a caixa estava presa e
lançava-se por terra. Se ninguém aparecia, ele aproximava-se da entrada de uma
das cavernas, matava quantos encontrasse a golpes de dardos, fisgava com a
alabarda os que lhe queriam resistir e precipitava-os do alto dos rochedos.
Entrava depois na caverna, onde matava mais alguns, e em seguida voltava para a
caixa. Os gritos espantavam os demais e os faziam desesperar da própria
salvação. Mas a noite obrigou os soldados de Herodes a se retirar, e ele mandou
avisar que perdoaria a todos os que se entregassem.
No dia seguinte, começaram a atacar do mesmo modo, e vários
soldados saíram das caixas para combater à entrada das cavernas. Lançaram-lhes
fogo, sabendo que dentro havia grande quantidade de matéria combustível. Numa
das cavernas havia um velho escondido com a sua mulher e sete filhos, os quais,
vendo-se reduzidos a tal extremo, pediram-lhe permissão para entregar-se. Em
vez de a conceder, o velho pôs-se à entrada da caverna e matou-os um a um,
inclusive a mulher, à medida que tentavam sair, lançando os corpos do alto do
monte. Depois lançou-se ele mesmo, preferindo assim a morte à escravidão. Antes
de se precipitar, porém, fez mil censuras a Herodes, dizendo-lhe palavras
ofensivas, embora o príncipe, que o avistava, fizesse sinais com a mão, a
indicar que desejava perdoá-lo. Assim, todos os que estavam nas cavernas foram
obrigados a se entregar, porque não podiam mais se esconder nem resistir.
618. O hábil Herodes,
depois de constituir Ptolomeu governador do país, foi a Samaria com seiscentos
cavaleiros e três mil soldados de infantaria, com o intuito de combater
Antígono. Ptolomeu saiu-se mal nesse cargo. Foi atacado e morto por aqueles que
antes haviam perturbado a Galiléia. Eles fugiram em seguida para os pântanos e
outros lugares inacessíveis, de onde devastavam os campos. Herodes não se
demorou muito em castigá-los, pois veio combatê-los e matou uma parte deles.
Apoderou-se dos lugares para onde os outros se haviam retirado e matou-os
também. Destruiu em seguida esses lugares e condenou as cidades a pagar uma
multa de cem talentos, cortando assim as sublevações pela raiz.
619. Os partos foram
vencidos numa grande batalha onde Pacoro, seu rei, foi morto. Ventídio, por
ordem de Antônio, enviou Maquera ao rei Herodes com duas legiões e mil
cavaleiros. Antígono subornou Maquera com dinheiro, e assim, embora Herodes
tentasse impedir que ele fosse procurar Antígono, Maquera para lá se dirigiu,
sob o pretexto de observar o estado das forças. Mas Antígono não confiou nele e
não somente se recusou a recebê-lo como mandou atacá-lo. Então ele reconheceu a
sua falta e foi para Emaús. Cheio de cólera, mandou matar todos os judeus que
encontrou em seu caminho, sem indagar se eram amigos ou inimigos.
Esse proceder de Maquera enfureceu Herodes, que foi a
Samaria resolvido a procurar Antônio e rogar-lhe que não mais lhe mandasse tal
auxílio, pois causava mais mal a ele que aos seus inimigos, e ele muito bem o
poderia dispensar, porque se sentia forte o bastante para combater Antígono.
Maquera veio procurá-lo no caminho e pediu-lhe que ficasse ou pelo menos lhe
cedesse José, seu irmão, para juntos fazerem a guerra a Antígono. Assim, eles
reconciliaram-se, e Herodes acedeu aos pedidos de Maquera, deixando-lhe a maior
parte do exército, sob o comando de José, ao qual recomendou que não se
arriscasse nem se indispusesse com Maquera.
620. Em seguida,
Herodes foi com um corpo de cavalaria e de infantaria procurar Antônio, que
sitiava a cidade de Samosata, situada sobre o rio Eufrates. Encontrou em
Antioquia um grande número de pessoas que também queriam falar com Antônio, mas
não se atreviam a se pôr a caminho para continuar a viagem porque os bárbaros
espalhados pelas redondezas matavam todos os que lhes caíam nas mãos. Ele os
tranqüilizou e se ofereceu para lhes servir de chefe, já estavam eles há dois
dias em Samosata.
Os bárbaros, que se haviam reunido em grande número para
atacar os que iam procurar Antônio, só saíram de sua emboscada quando os viram
atravessando a planície. Deixaram, porém, passar a primeira tropa de Herodes e
atacaram com quinhentos cavaleiros a que veio depois, onde ele estava em pessoa.
Puseram em fuga as primeiras linhas, mas o príncipe atacou-os tão violentamente
que ergueu a coragem e o ânimo dos seus, fazendo voltar ao combate os que já
haviam desistido da luta. Ele dizimou a maior parte daqueles bárbaros,
atacando-os até reconquistar todos os despojos e os prisioneiros que eles
haviam feito. Continuando a viagem, derrotou outro grande número de bárbaros,
que estavam nos bosques próximos daqueles campos com o propósito de se lançar
sobre os viandantes, e matou grande quantidade deles. Assim, garantiu a
passagem aos que vinham atrás dele, os quais o chamavam de protetor e salvador.
Aproximando-se eles de Samosata, Antônio, que já soubera
como ele havia derrotado os bárbaros e do auxílio que lhe trazia, mandou o que
havia de melhor em suas tropas para recebê-lo com honras e demonstrações de
alegria. Depois abraçou-o, louvou o seu valor e o tratou como um príncipe, ao
qual ele mesmo havia posto a coroa na cabeça. Logo depois, Antíoco entregou
Samosata, e a guerra terminou. Antônio deixou Sósio como comandante do exército
e da província, com ordem de ajudar o rei Herodes em tudo o que ele viesse
precisar, e partiu para o Egito. Sósio mandou adiante, para a judéia, duas
legiões com Herodes e depois seguiu-o com o resto no exército.
621. Enquanto isso se
passava, José, irmão de Herodes, perdeu a vida na Judéia, por não ter cumprido
a ordem que dele recebera, ou seja, de não se arriscar, como vou narrar a
seguir. Ele marchou para Jerico com as suas tropas e cinco companhias de
cavalaria cedidas por Maquera, pretendendo fazer a colheita do trigo, e acampou
nos montes. Mas a cavalaria romana era composta de moços pouco habituados à
guerra, a maior parte recrutada na Síria. Os inimigos os atacaram em lugares
pouco vantajosos e os derrotaram, bem como ao corpo de cavalaria que José
comandava. Ele morreu combatendo valentemente. Os mortos ficaram em poder de
Antígono, e ele mandou cortar a cabeça a José, embora Feroras, seu irmão, lhe
quisesse pagar cinqüenta talentos para ter o corpo intacto. Em seguida, os
galileus revoltaram-se contra os seus governadores e lançaram no lago os que
seguiam o partido de Herodes. Vários outros movimentos de agitação rebentaram
na judéia. Maquera fortificou o castelo de Gethe.
Herodes soube de tudo quando estava num arrabalde de
Antioquia chamado Dafne e quase o esperava, por causa de alguns sonhos que
tivera, os quais previam a morte do irmão. Assim, apressou a marcha ao chegar
ao monte Líbano e tomou oitocentos homens do país e uma legião romana, com os
quais foi a Ptolemaida, de onde partiu na mesma noite para avançar contra a
Galiléia. Os inimigos atacaram-no, mas ele os venceu e obrigou-os a se encerrar
num castelo, de onde haviam saído no dia anterior. No dia seguinte, pela manhã,
foi sitiá-los, mas uma grande tempestade o obrigou a se retirar para as aldeias
vizinhas. A outra legião que ele havia recebido de Antônio veio unir-se a ele,
e o medo dos sitiados os fez abandonar o castelo durante a noite.
Como Herodes estava impaciente para vingar a morte do irmão,
avançou rapidamente para Jerico, onde conversou com os maiorais da cidade.
Apenas os convidados se retiraram para as suas casas, a sala onde se realizava
o banquete desabou, e todos imaginaram que Deus tinha um cuidado particular de
Herodes, pois o livrara por milagre de um grande perigo. No dia seguinte, seis
mil inimigos, que haviam descido dos montes, encheram de espanto os romanos, e
seus filhos, perdidos, atacaram-nos a golpes de dardos e de pedras. Herodes
ficou ferido no lado, e Antígono, querendo dar a entender que era bastante
forte para fazer guerra ao mesmo tempo em diversos lugares, enviou tropas a
Samaria, comandadas por Papo. Porém, Maquera enfrentou-o, e Herodes, por sua
vez, tomou cinco cidades, matou cerca de dois mil homens que nelas estavam como
guarnição, incendiou-as e se voltou contra Papo, que estava acampado em Isanas,
para onde vários se dirigiam, tanto de Jerico quanto da Judéia.
Logo que Herodes soube que os inimigos eram tão ousados que
se atreviam a combater, atacou-os e os venceu. Inflamado pelo desejo de vingar
a morte do irmão, perseguiu-os, matando sempre até uma aldeia. As casas
encheram-se imediatamente e muitos foram obrigados a subir aos telhados. Esses
logo foram mortos. Depois os tetos foram removidos, e viram-se então onde estavam
escondidos todos os outros, os quais de tão apertados não se podiam defender.
Foram mortos a pedradas, e não houve em toda essa guerra espetáculo mais
deplorável, pois causava horror tão grande quantidade de cadáveres. Esse feito,
mais que qualquer outro, abateu a ousadia dos inimigos, porque os fez perder a
esperança de um êxito favorável. Eram vistos fugindo em grandes grupos, e, não
fora uma grande tempestade que sobreveio, os vencedores poderiam ter ido a
Jerusalém com a certeza da vitória, e a guerra teria terminado. Antígono já
pensava também em abandonar a cidade e fugir.
Quando chegou a noite, Herodes deu ordem que se servisse a
refeição aos soldados. Como estava extremamente cansado, retirou-se para o seu
quarto, a fim de tomar um banho. A providência de Deus livrou-o então de um
grave perigo, pois estando nu e tendo consigo apenas um de seus criados, três
dos inimigos, que o medo fizera esconder-se naquela casa, apareceram de espada
em punho para se salvar e ficaram tão assustados com a presença do rei no banho
que, em vez de matá-lo, como poderiam ter feito facilmente, só pensaram em
escapar. No dia seguinte, Herodes, depois de mandar cortar a cabeça Papo, que
estava no número dos mortos, mandou-a a Feroras, para consolá-lo da perda do
irmão, pois fora Papo quem matara José.
622. Cessada a
tempestade, esse grande general marchou para Jerusalém, acampou perto da cidade
e sitiou-a, três anos após ser declarado rei em Roma. Escolheu o lugar que
julgou mais apropriado para tomar a cidade e colocou o seu acampamento diante
do Templo, como outrora Pompeu havia feito. Usando uma grande quantidade de
trabalhadores, fez elevar três plataformas. Também construiu torres e derrubou
muitas árvores. Enquanto o cerco continuava, ele foi a Samaria para desposar
Mariana, filha de Alexandre e neta do rei Aristóbulo, que ele tinha como noiva,
conforme dissemos anteriormente.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
Não perca tempo, Indique esta maravilhosa
Leitura
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