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10 de janeiro de 2022

História De Israel – Teologia 31.346 (2º Parte Livro 2) CAPÍTULO 43 PLANOS CONTRA JOSEFO, FORMULADOS POR JOÃO DA GISCALA, UM HOMEM MUITO MAU. DIVERSOS PERIGOS GRAVES QUE JOSEFO CORRE E DE COMO SE LIVROU DELES E OBRIGOU JOÃO A SE ENCERRAR EM GISCALA, DE ONDE FUGIU, E COMO OS PRINCIPAIS DE JERUSALÉM MANDAM SOLDADOS E QUATRO PESSOAS DE POSIÇÃO PARA DESTITUIR JOSEFO DO GOVERNO. JOSEFO MANDA PRENDER ESSES DELEGADOS E OS ENVIA A JERUSALÉM ONDE O POVO QUER MATÁ-LOS. ESTRATAGEMA DE JOSEFO PARA RETOMAR TIBERÍADES QUE SE HAVIA REVOLTADO CONTRA ELE.

História De Israel – Teologia 31.346

(2º Parte Livro 2)

 

CAPÍTULO 43

PLANOS CONTRA JOSEFO, FORMULADOS POR JOÃO DA GISCALA, UM HOMEM

MUITO MAU. DIVERSOS PERIGOS GRAVES QUE JOSEFO CORRE E DE COMO SE

LIVROU DELES E OBRIGOU JOÃO A SE ENCERRAR EM GISCALA, DE ONDE

FUGIU, E COMO OS PRINCIPAIS DE JERUSALÉM MANDAM SOLDADOS E

QUATRO PESSOAS DE POSIÇÃO PARA DESTITUIR JOSEFO DO GOVERNO. JOSEFO

MANDA PRENDER ESSES DELEGADOS E OS ENVIA A JERUSALÉM ONDE O

POVO QUER MATÁ-LOS. ESTRATAGEMA DE JOSEFO PARA RETOMAR TIBERÍADES

QUE SE HAVIA REVOLTADO CONTRA ELE.

 

226. Enquanto Josefo procedia desse modo na Galiléia, João, filho de levitas, de Giscala, aparece em cena. Ele era muito mau, muito astuto, fingido e um grande mentiroso. A fraude para ele era uma virtude, dela usava mesmo com quem mantinha cordiais relações de amizade. Sua ambição não tinha limites; quanto mais crimes ele cometia, mais se fortalecia em suas esperanças. A miséria em que ele se via, então, tinha-o impedido durante certo tempo de mostrar até onde ia sua maldade. No começo, roubava sozinho, mas depois, outros se uniram a ele nesse infame mister; seu número crescia sempre e ele só recebia os que tinham tanta coragem quanto força física e experiência de guerra. Depois que ele reuniu uns quatrocentos, dos quais a maior parte eram tírios, fugitivos, começou a saquear a Galiléia; matou muitos aos quais o temor da guerra tinha levado a fugir. Como aspirava as coisas maiores, desejou comandar tropas organizadas e somente por falta de dinheiro não o fez.

Quando viu que Josefo o considerava como um homem de préstimos, persuadiu-o a lhe entregar o encargo de fortificar Giscala. Ganhou muito com isso, porque levou a esse fim os mais ricos; em seguida, obteve que Josefo ordenasse a todos os judeus que moravam na Síria, que não mandassem óleo aos lugares vizinhos, sem passar pela sua nação. Comprou então uma grande quantidade; quatro medidas custavam-lhe uma moeda tíria, que valia quatro áticas e obtinha o mesmo preço da metade de uma dessas quatro medidas. Assim, como a Galiléia é muito rica de óleo, tinha recolhido, em certo ano, uma quantidade muito grande, e ele era o único que fornecia aos que necessitavam; obteve um lucro extraordinário, do qual se serviu contra aquele mesmo a quem devia tal favor. Depois, na esperança de que, se josefo fosse destituído do governo, ele poderia substituí-lo, ordenou aos ladrões que ele comandava que saqueassem toda a região, a fim de que com a província perturbada, pudesse matar josefo à traição, se ele quisesse impedi-lo, ou acusá-lo e torná-lo odioso aos seus, se se descuidasse dos deveres do seu cargo. Para melhor obter o seu intento, fez correr a notícia por toda a parte de que Josefo tinha resolvido entregar aquela província aos romanos; e não houve estratagemas de que ele não se servisse, também, para matá-lo.

227. Dessa forma, alguns moços da aldeia de Abarite, que montavam guarda no Campo Grande, atacaram Ptolomeu, intendente do rei Agripa e da rainha Berenice, e saquearam toda a bagagem que ele conduzia, na qual havia uma grande quantidade de ricos vestuários, vasos de prata e seiscentas peças de ouro. Como não podiam esconder aquele furto, levaram-no a josefo, que então estava em Tariquéia. Ele os repreendeu severamente por terem usado de violência contra os homens do rei e ordenou-lhes que entregassem a Enéias, um dos principais habitantes da cidade, tudo o que haviam tomado. Essa ação de justiça podia ter-lhe custado a vida; os que haviam cometido o furto ficaram tão irritados por não poder aproveitar, pelo menos uma parte dele, porque julgavam que josefo ia entregá-lo ao rei e à rainha, sua irmã, que foram de noite dizer a todas as aldeias que Josefo era um traidor, e espalharam assim, de tal modo, essa notícia pelas cidades que, no dia seguinte de manhã, cem mil homens tomaram as armas e se dirigiram para o hipódromo perto de Tariquéia, onde clamavam furiosamente: uns, que era preciso apedrejá-lo, outros, que deviam queimá-lo, e João e Jesus, filhos de Safas, então magistrados em Tiberíades, tudo fizeram para animá-los ainda mais. Os amigos e os guardas de Josefo ficaram tão assustados por ver aquela grande multidão tão irritada contra ele, que fugiram; menos quatro. Mas ele estava dormindo; já iam incendiar sua casa quando despertou. Os quatro que não o tinham abandonado exortaram-no a fugir. Mas ele, sem se espantar, vendo a quantidade de gente que o vinha atacar, embora sozinho, apresentou-se corajosamente a eles, com as vestes rasgadas, com cinzas na cabeça, mãos às costas e a espada pendurada ao pescoço. As pessoas que lhe eram afeiçoadas e, particularmente, os de Tariquéia, ficaram muito penalizadas e cheias de compaixão, mas os camponeses e o povo dos lugares vizinhos, que achavam que ele os sobrecarregava com muitos impostos, ultrajaram-no com palavras, dizendo que era preciso que ele restituísse o dinheiro do povo e confessasse a traição que havia cometido, pois, vendo-o naquele estado, imaginavam que ele nada negaria do que o acusavam e o que ele fazia era somente para movê-los à compaixão e à piedade, a fim de que o perdoassem. Então, como seu intento era dividi-los, prometeu confessar-lhes a verdade e falou-lhes deste modo: "Jamais tive o menor pensamento de entregar esse dinheiro ao rei Agripa, nem de me aproveitar dele. Deus me livre de ser amigo de um príncipe que é vosso inimigo ou de querer tirar proveito de uma coisa que vos seria prejudicial. Mas — acrescentou ele, dirigindo-se aos habitantes de Tariquéia — vendo que vossa cidade precisa ser fortificada, que vós precisais de dinheiro para executar essas obns e que os de Tiberíades e das outras cidades desejam apoderar-se dessas riquezas, eu resolvi empregá-las em fazer rodear a cidade de muralhas. E se vós não o quereis, estou pronto a vos entregar o que foi roubado para que disponhais de tudo como quiserdes, mas, se, ao contrário, tendes alguma idéia da intenção que eu tive de vos ser agradável, vós estais obrigados a me defender."

Estas palavras comoveram de tal modo os habitantes de Tariquéia, que lhe fizeram grandes elogios. Os de Tiberíades, ao contrário, e os outros ficaram mais irritados contra ele e o ameaçavam mais que nunca. Naquela diversidade de sentimentos, em vez de continuar a falar-lhe, começaram a discutir entre si; e, então, Josefo, confiando no grande número dos que lhe eram favoráveis, pois os de Tariquéia eram uns quarenta mil, começou a falar com mais ardor a toda a multidão. Não teve medo de censurar sua pretensão e de dizer em voz alta que era preciso empregar aquele dinheiro em fortificar Tariquéia; que ele se encarregava de fortificar também a outras cidades e não lhes faltaria dinheiro, contanto que se unissem contra aqueles de quem era necessário tirar e não contra aquele que os podia fazer obter.

A multidão, enganada daquela maneira, retirou-se; mas dois mil homens dos que estavam irritados contra ele foram armados sitiar sua casa, com grandes ameaças; nesse novo perigo, ele usou de um outro estratagema. Subiu ao lugar mais alto do edifício, de onde, depois de ter acalmado o barulho, fazendo-lhes sinal com a mão, disse-lhes que ele nada podia ouvir no meio de tanto barulho, de vozes confusas, o que desejavam dele. Mas, se quisessem mandar-lhe alguns homens com os quais confabular, ele estava pronto a fazer tudo o que quisessem. A essa proposta os principais e os magistrados foram procurá-lo. Ele fechou-lhes as portas, levou-os às salas mais afastadas do edifício, onde os fez açoitar severamente; de tal modo eles ficaram feridos que se lhes viam as costelas e depois os mandou embora. A multidão que esperava o resultado da conferência, julgava que eles estavam discutindo condições, mas ficou tão assustada por vê-los tão ensangüentados, que todos fugiram.

A dor que João sentiu aumentou-lhe ainda mais a raiva e inveja de Josefo, que fê-lo usar de novos recursos. Fingiu estar doente e escreveu-lhe, pedindo-lhe permissão para tomar banhos quentes em Tiberíades. Como Josefo ainda não desconfiava dele, mandou-lhe uma carta endereçada aos governadores da cidade, pela qual lhe rogava que lhe dessem hospedagem e as coisas de que necessitava. Dois dias depois da sua chegada, ele enganou alguns e subornou outros com dinheiro para induzi-los a abandonar a Josefo. Silas, que Josefo tinha deixado para a guarda da cidade, tendo sabido de tudo, foi logo avisá-lo, e embora fosse noite, quando recebeu a carta, partiu no mesmo instante e chegou bem cedinho a Tiberíades. Todo o povo, exceto os que tinham sido comprados com o dinheiro, foi ao seu encontro; mas como João desconfiava do motivo que o levava para lá, mandou um de seus amigos para apresentar-lhe desculpas, por não poder ir prestar-lhe suas homenagens, porque a enfermidade o obrigava a ficar no leito. O traidor, tendo sabido depois que Josefo tinha feito reunir os habitantes no lugar dos exercícios públicos, para lhes falar a respeito do aviso que lhe haviam dado, mandou soldados para matá-lo. Quando o povo os viu sacar das espadas, soltou um grito e Josefo voltou-se, quando já eles miravam-lhe a garganta; desceu de um pequeno estrado, alto seis côvados, sobre o qual tinha subido para falar, correu para o lago somente com dois de seus guardas e fugiu num pequeno barco.

Os soldados que ele mantinha tomaram imediatamente as armas para castigar aqueles assassinos. Mas como ele temia que se houvesse uma guerra civil, o crime de alguns particulares causasse a desgraça de toda a cidade, achou melhor então pensar somente na sua segurança, sem matar a ninguém, nem acusar quem quer que fosse; e eles obedeceram.

Os habitantes dos arredores souberam da traição e conheceram-lhe o autor; reuniram-se então para marchar contra João e ele fugiu para Giscala. Os moradores de todas as cidades da Galiléia foram depois armados e em grande número procurar Josefo e disseram que eles vinham para servi-lo contra João, traidor e comum inimigo, e incendiar a cidade que o havia recebido. Ele respondeu que lhes louvava muito a dedicação, mas pedia-lhes que não se deixassem levar pelo entusiasmo, porque preferia confundir seus inimigos com a moderação, que destruí-los pela força. Contentou-se em ter os nomes dos que tinham conspirado com João, que cada cidade declarou de boa vontade e mandou publicar, a som de trombeta, que seriam confiscados seus bens e queimadas suas casas e as de todas as famílias dos que não abandonassem dentro de cinco dias àquele traidor. Essa declaração fez tanto efeito que três mil homens abandonaram João e vieram ter com Josefo, lançando as armas aos seus pés.

228.  João, vendo-se sem esperança de poder abertamente vencer a Josefo, retirou-se com dois mil tírios fugitivos, que lhe restavam, mas pensou em vencê-lo por meio de algum estratagema ou da traição: enviou homens secretamente a Jerusalém, para acusá-lo de organizar um exército e apoderar-se da cidade. O povo, que tinha sido informado de uma parte do que se havia passado, não fez caso da acusação, mas os principais da cidade e alguns magistrados mandaram ocultamente dinheiro a João, para que ele reunisse tropas e fizesse guerra a Josefo. Organizaram uma conspiração para lhe tirar o governo das tropas que ele tinha, a fim de executar esse intento. Mandaram dois mil e quinhentos homens e outras pessoas de condição, isto é, Joazar, ou Gozar, filho de Nomico, Ananias, saduceu, Simão e Judas, filhos de Jônatas, todos peritos nas nossas leis e mui eloqüentes, a fim de dissuadir os povos da fidelidade que mantinham a Josefo e com ordem de, se ele de boa vontade prestasse contas de suas ações, não lhe usassem de violência, e se recusasse isso, tratassem-no como inimigo.

229.  Os amigos de Josefo avisaram-no de que vinham contra ele muitos soldados, mas não lhe puderam dizer qual o motivo, porque todos mantinham searedo. Assim, Citópolis, Gamala, Giscala e Tiberíades declararam-se contra ele antes que ele pudesse intervir. Delas, porém, ele apoderou-se sem violência e prendeu também, com sua habilidade, aqueles quatro enviados e os principais dos que tinham tomado as armas contra ele. Mandou-os a Jerusalém, onde o povo de tal sorte se alvoroçou contra eles que se não tivessem fugido, tê-los-ia matado, bem como os que eles tinham enviado.

230. O medo que João tinha de Josefo conservava-o retirado, em Giscala; poucos dias depois, os habitantes de Tiberíades, tendo-se ainda revoltado contra Josefo, mandaram dizer ao rei Agripa que lhe entregariam a cidade. Marcou o dia para saber a resposta do oferecimento, mas não compareceu. Alguns cavaleiros romanos chegaram e então revoltaram-se contra Josefo. Ele recebeu essa notícia em Tariquéia e como tinha mandado todos seus soldados para trazer trigo, ele encontrou-se em grave dificuldade, porque, de um lado, não ousava marchar sozinho contra aqueles desertores que o tinham abandonado, e, por outro, não se podia decidir a ficar inativo, com medo de que as tropas do rei se apoderassem da cidade, além de que no dia seguinte, sendo sábado, não lhe era permitido agir.

Por fim, formulou um plano, que deu resultado: para impedir que dessem aviso aos de Tiberíades, mandou fechar todas as portas de Tariquéia. Tomou depois as barcas do lago, em número de duzentas e trinta, pôs quatro homens em cada uma e navegou bem cedo para Tiberíades. Quando estava a tal distância da cidade, quando não podia ainda ser bem percebido, ordenou a todos os homens que parassem e batessem na água com os remos. Ele, acompanhado então por sete de seus guardas, que não estavam armados, adiantou-se para bem perto a fim de poder ser reconhecido pelos de Tiberíades. Seus inimigos, que continuavam a falar ofensivamente contra ele, do alto das muralhas da cidade, ficaram surpreendidos por vê-lo; aquele grande número de barcos, ao longe, que eles julgavam cheios de soldados, assustou-os de tal modo, que atiraram as armas e rogaram-no de mãos juntas, que os perdoasse e à sua cidade. Ele começou por fazer-lhes grandes ameaças e graves censuras; tendo empreendido a guerra contra os romanos, eles consumindo suas forças em lutas domésticas, davam a maior das vantagens ao inimigo. Disse que era uma coisa horrível a intenção que tinham de mandar matar seu governador, do qual deviam esperar o maior auxílio, e corar de vergonha, por recusar abrir-lhe as portas de uma cidade que ele tinha rodeado de muralhas; entretanto, queria perdoá-los, contanto que lhe enviassem alguns embaixadores para lhe dar satisfação.

Mandaram-lhe imediatamente dez dos mais ilustres da cidade. Ele os pôs numa barca que enviou para muito longe; pediu em seguida que lhe mandasse cinqüenta Senadores, dos mais importantes, a fim de receber também sua palavra e continuou com o mesmo pretexto a pedir outros até que teve em suas mãos todo o Senado de Tiberíades, cujo número era de seiscentos, e dois mil outros habitantes. E à medida que eles vinham, mandava-os como prisioneiros a Tariquéia, nas barcas que estavam vazias.

Todo o povo então se pôs a gritar que Clito tinha sido o principal autor da sedição e que ele se contentasse em mandar castigá-lo. josefo, que não queria a morte de ninguém, ordenou a Levias, um de seus guardas, que fosse cortar as mãos de Clito; mas aquele guarda, assustado por se ver sozinho no meio de tantos inimigos, não teve coragem de executar a ordem. Clito, vendo que Josefo ficara encolerizado e queria vir em pessoa castigá-lo, como seu crime merecia, rogou-lhe que lhe deixasse pelo menos uma das mãos. Ele o consentiu, desde que ele mesmo cortasse uma; imediatamente Clito puxou da espada e cortou a mão esquerda. Desse modo, e com tal estratagema, Josefo, somente com sete soldados e barcas vazias, reconquistou Tiberíades.

231. Alguns dias depois permitiu às suas tropas saquear Giscala e Séforis, que se tinham revoltado. Mas restituiu aos habitantes o que pôde reaver do saque e fez o mesmo com os de Tiberíades, para castigá-los de uma parte do prejuízo que recebiam em seus bens e reconquistar por outro, seu afeto, pela restituição que lhes mandava fazer.

 

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