Livro De Apocalipse - Teologia 35.10
Três Principais Divisões do Livro de Apocalipse
Part 2:
O caráter do livro de
Apocalipse é justo, do início ao fim manifesta a justiça de Deus. Não é fácil
encontrar nele a graça de Deus; mesmo com a Igreja, ele revela a estreita
disciplina do Senhor. É, de fato, um livro de julgamento. Nele nós vemos como
Deus julga a sua Igreja, os Judeus, e as nações. Ele revela o Senhor Jesus e
manifesta o seu julgamento
Devido ao seu caráter
ser diferente dos outros livros do Novo Testamento, muitas pessoas julgam o
Apocalipse muito difícil para entender. No entanto, não é realmente difícil de
saber. A Igreja tem falhado, então o Senhor só pode recorrer ao julgamento. O
registro dos capítulos 2 e 3 é a sombra do iminente julgamento de Cristo (2
Cor. 5.10). Com exceção dos capítulos 4 e 5 que narram conteúdos de transição,
todo o registro do capítulo 6 através do capítulo 19 pertence ao tempo do
último sete dos setenta setes de Daniel. Os setenta setes Daniel caem dentro da dispensação da lei. A dispensação da graça
foi inserida entre o sexagésimo nono sete e septuagésimo sete. Assim que a
dispensação da graça é concluída, o septuagésimo sete começa, e ainda pertence
à dispensação da lei. Por isso todas as coisas mencionadas do capítulo 6 através
do capítulo 19 voltam à dispensação da lei. Não é de admirar que o seu caráter
seja tão justo.
Devido ao seu caráter
justo e legal, o livro carrega nele muito do tempero judaico. Nesse livro a
Igreja é apresentada em termos um tanto diferentes do que é descrita nos
escritos de Paulo. Embora o livro de Apocalipse seja escrito em grego, como nos
escritos de Paulo, o livro emprega muitos Hebraísmos – como Abadom, por
exemplo, e assim por diante. Até mesmo os nomes do nosso Senhor têm conotações
judaicas, como Jeová Deus. O Evangelho de Mateus cita o Velho Testamento 92
vezes; o livro de Hebreus cita-o por volta de 103 vezes; mas o livro de
Apocalipse faz isso cerca de 285 vezes!
Isso prova que o livro de Apocalipse mostra como Deus há de retornar ao
território do Velho Testamento, de acordo com o qual tratará com as nações e
com os judeus. Não esqueçamos que a salvação vem dos judeus. Por essa razão os
santos do Senhor devem aprender a amar os Judeus e a não rejeitá-los. Nós
devemos amar os eleitos do Senhor.
Salvação
e Recompensa
Nós agora vimos que o livro de Apocalipse é um livro de justiça.
Todavia, para que possamos apreciar seus justos efeitos, precisamos fazer uma
distinção entre salvação e recompensa. A palavra de Deus apresenta uma clara
distinção entre essas duas palavras. Aquilo que Deus dividiu, que o homem não
ajunte. Consideremos esse assunto cuidadosamente e vejamos o contraste entre
elas.
A salvação é aquilo
que é dado de graça. Não é obtida por meio das obras do homem. Pois é Deus que nos
dá graça, e não é na base do nosso mérito.
“Ó vós todos os que
tendes sede [aponta para o pecador], vinde às águas [aponta para a salvação de
Deus], e vós que não tendes dinheiro [aponta para as obras e ou atos de
justiça]; vinde, comprai e comei [significa que todos os pecadores podem crer e
serem salvos]; sim, vinde e comprai vinho e leite [significa a alegria da
salvação] sem dinheiro e sem preço [aponta para o fato de que não há
necessidade de bons feitos, desde que não depende da bondade de alguém]” (Is.
55.1).
“O dom de Deus” (João 4:10).
“O dom gratuito de Deus é a vida eterna” (Rom. 6.23).
“Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é
dom de Deus; não vem das obras, para que nenhum homem se glorie.” (Ef. 2.8, 9).
“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito; mas, segundo a
sua misericórdia ele nos salvou” (Tito 3.5).
“E quem quiser tome de graça da água da vida” (Apoc. 22.17).
Através desses versos que foram citados e
por muitas outras passagens da Escritura que não foram citadas, é provado sem
nenhuma dúvida que nós recebemos nossa salvação gratuitamente e não pelas
nossas obras ou atos de justiça; nós somos salvos pela graça de Deus, o dom
gratuito de Deus. Tudo o que fazemos é crer. Pois a obra da salvação é completamente
operada por nós pelo Senhor Jesus. A Sua morte na cruz consumou a nossa
salvação. Para que agora sejamos salvos e recebamos a vida eterna, não há
necessidade de que executemos mais obras ou que acrescentemos mais méritos, mas simplesmente que creiamos e
recebamos. Isso porque nenhuma das nossas boas obras é aceitável para Deus. Ao
longo de todo o Novo Testamento há cerca de 150 menções do tipo: crê, e serás
salvo; crê, e terás vida eterna; crê, e serás justificado. Assim que nós
cremos, somos salvos, recebemos vida eterna, e somos justificados. Isso tudo é
dado gratuitamente: “... o testemunho é esse, que Deus nos deu a vida eterna, e
esta vida está no Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem
o Filho de Deus não tem a vida” (1 João 5.11, 12). Todos os que recebem o
Senhor Jesus como Salvador pela fé têm vida eterna, de acordo com a Palavra de
Deus. Verdadeiramente, “aquele que crer no Filho tem vida eterna” (João 3.36).
Crê e terás!
A recompensa, no
entanto, é um assunto diferente. Não é algo que recebemos de graça; deve ser
obtida através das boas obras. É dada de acordo com os atos de cada santo.
Vejamos as seguintes Escrituras.
“Meu galardão está
comigo para dar a cada um segundo a sua obra” (Apoc. 22.12). Note que essa palavra
é dita à Igreja (ver v.16).
“Cada um receberá a sua recompensa de acordo com o seu próprio
trabalho” (1 Cor. 3.8).
“E, tudo quanto fizeres, fazei-o de coração, como ao Senhor e não
aos homens; sabendo que do Senhor recebereis o galardão da herança... Mas
aquele que fizer agravo receberá o agravo que fizer” (Col. 3.23-25).
“Ora, àquele que faz qualquer obra, a recompensa não é reconhecida
como graça” (Rom. 4.4).
Há muitas outras Escrituras que poderiam
ser citadas, mas essas acima são suficientes para provar que a recompensa não é
recebida de graça. De acordo com o ensinamento bíblico, a recompensa é
acrescentada às boas obras do crente. Por mais insignificante que seja um copo
de água (Mat. 10.42), ou por mais oculto que seja o conselho do coração, (1
Cor. 4,5) ou por mais humilde que seja o serviço de alguém (Marcos 10.43) ou
por mais desconhecido seja o sofrimento por amor do Senhor (Luc 6.22)–todas
essas obras ou atitudes ainda poderão ter a oportunidade de serem
recompensadas. (cf. Luc 6.23).
De acordo com a
Bíblia, o alvo que é colocado diante de uma pessoa é duplo: quando nós somos
ainda pecadores, nosso alvo é a salvação; depois de termos sido salvos e nos
tornado crentes nosso alvo é a recompensa. Pois a salvação é para os pecadores,
enquanto que a recompensa é para os crentes. Os homens devem primeiro receber a
salvação, e então sair à busca da recompensa. Os que perecem precisam receber
salvação; e os salvos precisam ganhar a recompensa. Ao lermos Coríntios 9.24-27
e Filipenses 3.12-14, nós podemos prontamente ver que alguns crentes falham em
obter a recompensa. Por que nessas duas
passagens, Paulo fala sobre recompensa e não sobre salvação. Ele sabe muito bem
que ele é salvo. Na suas outras epístolas, ele frequentemente se expressa como
alguém que recebeu graça. Mas nessas duas passagens, ele nos fala daquilo que
ele está buscando depois de ter sido salvo, e isso é a recompensa. Nesse
momento ele não ousa dizer que com certeza ele atingiu a salvação; pelo
contrário, ele ainda a persegue. Os pecadores devem buscar a salvação, ao passo
que os salvos devem buscar a recompensa.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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