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11 de janeiro de 2022

História De Israel – Teologia 31.372 (2º Parte Livro 3) CAPÍTULO 25 JOSEFO DETERMINA ENTREGAR-SE AOS ROMANOS E OS QUE ESTAVAM COM ELE, NAQUELA CAVERNA, FAZEM-LHE VEEMENTES CENSURAS E EXORTAM-NO A TOMAR A MESMA RESOLUÇÃO QUE ELES, ISTO É, MATAR-SE. PALAVRAS QUE LHES DIRIGE PARA DISSUADI-LOS DESSE INTENTO

História De Israel – Teologia 31.372

(2º Parte Livro 3)

 

CAPÍTULO 25

JOSEFO DETERMINA ENTREGAR-SE AOS ROMANOS E OS QUE ESTAVAM COM

ELE, NAQUELA CAVERNA, FAZEM-LHE VEEMENTES CENSURAS E EXORTAM-NO

A TOMAR A MESMA RESOLUÇÃO QUE ELES, ISTO É, MATAR-SE.

PALAVRAS QUE LHES DIRIGE PARA DISSUADI-LOS DESSE INTENTO.

 

267. josefo, depois dessa oração, prometeu entregar-se a Nicanor; imediatamente os que estavam com ele, naquela caverna, rodearam-no de todos os lados, exclamando: "Onde está o amor pelas nossas leis? Onde estão aquelas almas generosas, aqueles verdadeiros judeus, nos quais Deus, ao criar, infundiu tão grande desprezo pela morte? Josefo, tendes tanto amor à vida, que para conservá-la vos determinastes entregar, tornando-vos escravo? Ousareis ainda ver a luz do dia, depois de ter perdido a liberdade? Esquecestes tão depressa tantas exortações que nos fizestes, para nos levar a sacrificar tudo para defendê-la? A opinião que tínhamos de vossa coragem e de vossa prudência, quando combatíeis contra os romanos, estava mal fundada, se esperais agora encontrar entre eles vossa salvação. E se ela corresponder ao juízo que dela fazíamos, como podeis dever vossa vida àqueles que então consideráveis como vossos mortais inimigos; se sua boa sorte vos fez esquecer vossos primeiros sentimentos, nós não os perdemos, como vós. Conservamos sempre o mesmo amor pelas nossas santas leis e pela glória de nossa pátria e vos oferecemos para conservá-los, nossos braços e nossas espadas. Se sois bastante generoso para vos matardes a vós mesmos, conservareis, morrendo, a qualidade de chefe dos judeus, do contrário, não deixareis de morrer, pois recebereis a morte de nossas próprias mãos, mas vós morrereis como um covarde e como um traidor".

Depois destas palavras puxaram das espadas ameaçadoramente, para matá-lo, se ele se entregasse aos romanos. Josefo, então, temendo faltar ao que devia a Deus, se morresse antes de ter comunicado aos seus compatriotas todas aquelas coisas que ele mesmo lhe havia manifestado, recorreu à razão, que julgou ser a mais própria para persuadi-los, e falou-lhes deste modo:

268. "De onde vem essa vontade que sentis de vos matar a vós mesmos e em querer separar corpo da alma, dividindo o que a natureza tão fortemente uniu? Se alguém imagina que eu mudei de idéia, os romanos sabem-no se é verdade a afirmação, de que nada é mais glorioso do que morrer na guerra, mas pelas leis da guerra e pelas mãos dos vencedores. Estou ainda de acordo em que não deveria criar dificuldade em me matar do mesmo modo que rogar aos romanos que me matem; mas, ainda que sejamos seus inimigos, eles nos querem conservar a vida, com quanto mais forte razão somos nós levados a conservá-la e em nada haveria mais loucura do que em nos tratarmos mais cruelmente do que queremos que eles nos tratem? É certamente uma bela coisa morrer pela liberdade, contanto que seja combatendo para defendê-la, caindo sob as armas daqueles que nô-la querem arrebatar. Mas essas circunstâncias cessam agora, pois os combates terminaram e os romanos não nos querem tirar a vida. Quando nada nos obriga a buscar a morte, não há menos covardia em dá-la a si mesmo do que temê-la e fugir dela, quando o dever e a honra nos obrigam a tal nos expormos. Que nos impede entregarmo-nos aos romanos, se não o temor da morte? E que vantagem há, então, em se escolher uma certa para se evitar uma incerta? Se se disser que é para se evitar a escravidão, eu pergunto, se o estado em que nos encontramos pode passar como um estado livre; e se se acrescentar que é um ato de coragem, matar-se a si mesmo, eu afirmo, ao contrário, que é uma covardia, como imitar um piloto tímido que, pelo temor da tempestade, afundasse, ele mesmo, seu navio, antes de correr risco de perecer, e por fim, que é combater o sentimento de todos os animais e por uma impiedade sacrílega ofender a Deus mesmo, o qual criando-os, deu a todos um instinto contrário. Pois vemos que eles se matam a si mesmos, voluntariamente; mas a natureza não lhes inspira como uma lei inviolável o desejo de viver? Essa razão não faz também que consideremos como nossos inimigos e castiguemos como tais os que tentam contra nossa vida? Como a recebemos de Deus, podemos crer que Ele tolere, sem se ofender, que os homens ousem desprezar o dom que lhes fez? E como é dele que recebemos o ser, ousaríamos querer deixar de existir a não ser segundo lhe apraz e Ele determina? E verdade que nossos corpos são mortais, porque são feitos de uma matéria frágil e corruptível; mas nossas almas são imortais e participam de algum modo da natureza de Deus. Assim não podemos sem impiedade tirar aos homens essa graça, que eles dEle recebem como um depósito que lhes quis confiar. E se alguém quiser fazê-lo, poder-se-á iludir em ocultar aos olhos de Deus a ofensa que lhe faz? Todos estão de acordo em que é justo castigar um escravo que foge de seu senhor, embora esse senhor seja mau e nós julgaremos poder sem crime abandonar a Deus que não somente é nosso senhor mas um senhor soberanamente bom? Não sabeis que Ele difunde suas bênçãos sobre a posteridade daqueles, que depois de ter chamado para junto de si, entregaram em suas mãos, a vida, que, segundo as leis da natureza, Ele lhes deu e que suas almas voam puras para o céu, para lá viverem felizes e voltar, no correr dos séculos, a animar corpos que sejam puros como elas* e que ao contrário, as almas dos ímpios, que por uma loucura criminosa dão a morte a si mesmos são precipitadas nas trevas do inferno; e que Deus, o Pai de todos os homens, vinga as ofensas dos pais nos filhos? Foi por isso que o nosso sapientíssimo legislador, conhecendo o horror de tal crime, determinou que os corpos dos que se matam, voluntariamente, fiquem sem sepultura até o pôr-do-sol, embora seja permitido enterrar antes os que foram mortos na guerra; e há mesmo nações que cortam as mãos dos assassinos que se mataram a si mesmos, porque julgam justo separá-las de seus corpos, como estão separados seus corpos de suas almas. Deixemo-nos, pois, persuadir pela razão. Por maiores que sejam as nossas desgraças, todos os homens a elas estão sujeitos; mas não acrescentemos ainda a tudo a desgraça de ofender a Deus, nosso Criador, com uma ação que atrairia sobre nós a sua indignação e a sua ira. Se queremos viver, não temamos não poder fazê-lo com honra, depois de ter demonstrado com tantos feitos nosso valor e nossa virtude. Se nos obstinarmos em querer morrer, morramos gloriosamente, recebendo a morte das mãos daqueles de quem seremos prisioneiros de guerra. Não quero me tornar inimigo de mim mesmo, faltando, por uma indesculpável traição à fidelidade, que devo a mim mesmo, nem ser mais imprudente do que aqueles que se tornam voluntariamente inimigos, fazendo, para tirar a minha vida, o que fazem para salvar a sua. Desejo, entretanto, que os romanos não faltem à palavra e eu não somente morrerei com coragem, mas com prazer, se depois de me terem dado sua palavra, eles me tirarem a vida, porque nada tanto me poderia consolar por nossas perdas, como ver que, com essa vergonhosa perfídia, eles obscureceriam o brilho de sua vitória."

 

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* Parece, segundo estas palavras, que Josefo acreditava na metempsicose.

 

 

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