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14 de janeiro de 2022

Livro De Apocalipse - Teologia 35.26 Os Escritos de Pedro, Paulo e João

Livro De Apocalipse - Teologia 35.26

 

Os Escritos de Pedro, Paulo e João

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 O escritor do livro de Revelação é o apóstolo João. Há muitas evidências que suportam essa afirmação; entretanto, nós não as discutiremos aqui. Mas, há uma coisa que devemos reconhecer sobre o caráter dos escritos de João. No que diferem os escritos de João dos escritos de Paulo e de Pedro? Nós sabemos que Pedro e Paulo foram escolhidos pelo Senhor para estabelecer a Igreja. Nos seus Evangelhos e Epístolas, João raramente toca a verdade da Igreja; e mesmo assim, na primeira e segunda divisões do livro de Revelação, nós descobrimos que o Senhor ordenou-o que escrevesse a sete igrejas locais. Para que possamos entender a condição e o estado da igreja como é revelada nos três primeiros capítulos de Revelação, nós precisamos examinar cuidadosamente as diferenças e o relacionamento entre os escritos de João e os escritos de Pedro e de Paulo.

É evidente nas Escrituras que Pedro é um ministro para a Circuncisão, enquanto que Paulo é um ministro para a Incircuncisão. Pedro e os onze apóstolos vivem em Jerusalém e fazem a obra do Senhor, reunindo as ovelhas perdidas da casa de Israel para formar a Igreja. Paulo é chamado pelo Senhor e recebe revelação sobre a verdade da Igreja, chamando as nações (Col. 1:24) para Cristo através da pregação do evangelho. Ele é aquele que lança o fundamento. A obra de Pedro é mais restrita aos Judeus; ele nos leva a começar nossa peregrinação celestial para a herança (perdida) de Israel reservada para nós nos céus. A obra de Paulo é amplamente estendida aos Gentios; ele nos mostra nossa posição e nossa posse celestial em Cristo. Essas são as importantes verdades do tempo do Novo Testamento, pois Deus trata com as pessoas de acordo com dispensações especiais.

A obra de João, entretanto, é um tanto diferente. Ele não ensina verdades dispensacionais. Em seu Evangelho, ele não menciona a ascensão de Cristo; em suas Epístolas, ele não aponta a posição celestial dos santos. Pelo contrário, ele se concentra no Senhor Jesus como o Verbo se fazendo carne, e vindo dos céus para a terra. Ele olha para o Senhor Jesus como a vida eterna. E, por isso, no seu evangelho, João anuncia o nascimento daquela vida eterna; e, mais adiante, em suas Epístolas, ele explica a natureza dessa vida eterna.

O ano de 70 DC – quando Jerusalém foi destruída – é um tempo transicional para a verdade transicional. A Igreja Judia, formada no dia de Pentecostes, chegou ao seu fim (na verdade, já havia acabado; isso foi apenas tornado público naquela ocasião). As verdades de Cristo e do judaísmo não estão totalmente separadas. Os cristãos devem agora sair do campo do judaísmo. A Igreja que Pedro estabelecera entre os judeus faliu; Cristo não mais governa sobre ela.

Assim como isso se tornou a verdade entre os judeus, também é verdade entre os gentios: as igrejas que o Senhor, usando Paulo, estabelecera entre as nações, também caíram, de sorte que elas não podem mais herdar a herança perdida de Israel: “Cada um cuida do que é seu”, Paulo escreveu, “não das coisas de Jesus Cristo” (Fil. 2:21).; “Todos os que estão na Ásia [inclusive a Igreja em Éfeso] me abandonaram” (II Tim. 1:15). Aqueles que melhor conheciam a verdade da Igreja eram incapazes de permanecerem firmes na fé! De fato, a apostasia já começou e o mistério da iniqüidade também tem germinado.

As obras de Pedro e de Paulo sofrem mudança dispensacional, mas a obra de João transcende a estrutura dispensacional. Ele mostra o Senhor Jesus como a vida eterna; e a vida eterna, como nós sabemos, não pode ser mudada. Embora as dispensações e os eventos humanos possam mudar, a vida eterna encontrada no Senhor Jesus e naqueles que crêem nunca muda. Embora a igreja possa ser vomitada da boca do Senhor, o próprio Senhor permanece o mesmo. A obra de João se segue à de Pedro e de Paulo, e isso supre a falta deles. João reúne, ao mesmo tempo, a primeira e a última vinda de Cristo, e a sua obra cobre a duração. Ele prega a pessoa de Cristo e a vida eterna. Apesar do fato de que, exteriormente, a dispensação tenha sido corrompida, a vida eterna permanece sem mudanças. Isso nós vemos nos dois últimos capítulos do evangelho de João. O capítulo 20 representa aquilo que acontecerá desde a ressurreição de Cristo até à Sua aceitação pelo povo judeu que restar no último dia. Tomé, olhando para o Salvador perfurado, serve como um tipo disso. E o capítulo 21 tipifica a assembléia e o reino milenar. No final o capítulo 21, nos soa mostradas as obras específicas designadas para João e Pedro (a verdade da Igreja que foi pregada por Paulo é totalmente celestial, por isso não é mencionada aqui). O rebanho de Cristo, assim como o de Israel, é designado para Pedro, mas ele morrerá antes de João, e assim sua obra não é permanente, mas tem um fim. Mais tarde, de fato, a obra de Pedro é terminada, a Igreja da Circuncisão é deixada sem um pastor, e não muito tempo depois, Jerusalém é destruída. Assim, essa obra chega a um completo fim. Mas, então, nós podemos relembrar que Pedro pergunta ao Senhor sobre a obra de João. É um tanto espantoso que o nosso Senhor não menciona a morte de João, mas apenas chama Pedro para que O siga (para morrer e para completar a obra). Ele dá a entender, entretanto, que a obra de João continuará até o Seu retorno. Embora o próprio João vá morrer, a sua obra não morre. Seus escritos continuarão a ter impacto até a segunda vinda do Senhor. Portanto, é extremamente importante que nós compreendamos as obras destes três apóstolos. A obra de João atravessa as duas vindas de Cristo. Agora nós podemos ver a verdade da Igreja. Pedro nos fala da falha da Igreja Judia; e Paulo, da falha da Igreja Gentia. João, não sendo nem ministro para Circuncisão, nem para Incircuncisão, não recebeu verdades dispensacionais; e, assim, ele não faz menção a respeito das mudanças na Igreja Judia ou na Igreja Gentia. O que ele registra no livro de Apocalipse é, em vez disso, a real condição das igrejas naquele tempo. Ele não traça a história da Igreja até o seu estado atual; ele meramente reporta as várias condições das igrejas em estado de falência e também os pertinentes julgamentos do Senhor pronunciados sobre elas. Após haverem acabado as obras de Pedro e de Paulo, João dá continuidade às suas obras: ele simplesmente narra a condição falida das igrejas de seu tempo. As igrejas sobre as quais João escreve, com exceção de Rev. 22:17, são um tanto diferentes daquelas sobre que Paulo escreveu. O testemunho de João é ver cada assembléia local por si só. Alguns candeeiros correm o risco de serem removidos. As igrejas que ele vê estão perto ou já passaram há muito tempo da queda e são agora julgadas por Cristo. A Igreja falhou! Os gentios, que pela fé foram enxertados na oliveira, não permanecem na misericórdia de Deus. Paulo ensina muito da verdade da Igreja è Igreja em Éfeso, mas agora ela tem deixado seu primeiro amor e o seu candeeiro em breve será removido. Assim como Israel foi cortado fora por Deus, a Igreja também será cortada fora. Assim como Deus fora anteriormente paciente com Israel, também Ele é paciente para com a Igreja hoje. Porém, a Igreja, como Israel, não é apta para testemunhar de Deus no mundo. A Igreja já está corrompida e derrotada, não importa o quanto possa ser esticada a dispensação; no tempo em que “Revelação” foi escrito, Deus já estava pelo menos começando a ficar insatisfeito com a sua Igreja. Ele está prestes a fazer mis uma renúncia. Por isso, o Espírito Santo expressa, por um lado, a insatisfação de Deus com a Sua Igreja e, por outro lado, Cristo obtendo o reino. Doravante o reino será o objetivo. O Senhor usa as sete igrejas existentes naqueles dias para representar a Igreja, a fim de deixar que as pessoas saibam que Ele está insatisfeito com ela e que o fim está próximo. Mesmo que o senhor atrasasse mais ainda a Sua vinda, essas sete igrejas locais em suas condições atuais seriam suficientes para representar e delinear toda a história externa da Igreja na terra. E, fazendo isso, o Senhor revela que o fim é chegado e que Ele pode retornar a qualquer hora. Isso é a sabedoria do espírito santo! E, como o senhor de fato retarda a Sua vinda, o segundo e o terceiro capítulos de Apocalipse podem servir (e de fato servem) de desfecho para as condições de toda a Igreja, do tempo de João até o dia anterior à vinda do senhor.

Nós devemos reconhecer o fato de que durante de Pedro e Paulo, a Igreja já havia caído. Tal conhecimento nos ajudará no entendimento dos ensinos a respeito da Igreja encontrados nos três primeiros capítulos de Apocalipse. Em vistas da falência da Igreja, nós devemos ver aqui que Cristo não está agindo como um pastor intercessor, mas age como um pastor juiz. Nós somos, então, instruídos que não há uma Igreja perfeita; e, dessa forma, nós podemos ser libertos da alimentar qualquer esperança a respeito da igreja. Nós vamos, então, saber qual é o tipo de atitude que devemos tomar com relação á Igreja. “Seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso” (|Rom. 3:4)

Comparando a Terceira Divisão do Livro de “Revelação” Com Outras Profecias Bíblicas

 

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 Nós acabamos de apontar o relacionamento da condição da Igreja – como revelada nos primeiros três capítulos do livro de Apocalipse – com os outros ensinamentos da Igreja.

Nós agora devemos considerar a próxima divisão do livro. A terceira divisão do livro de Apocalipse começa no capítulo 4 e continua até o fim. Uma vez que começa depois do período da Igreja, é profética em natureza. Muitas passagens nessa divisão não podem ser explicadas por si mesmas. Como Pedro uma vez escreveu: “sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (II Pe. 1:20,21). Isso simplesmente quer dizer que nenhuma profecia pode ser interpretada pela própria passagem da Escritura. Qualquer tentativa de fazer isso está sujeita ao erro, pois nenhuma profecia é escrita de acordo com o desejo do homem. Se qualquer profecia tivesse sido escrita pela vontade do homem, essa poderia ter sido interpretada de acordo com a vontade do homem. Mas esse não é o caso quando se trata de profecias das Escrituras. As profecias são dadas quando homens são movidos pelo Espírito Santo. Embora os escritores sejam muitos, só uma coisa é dita, pois o Espírito Santo é o autor original de todas essas passagens na profecia. Portanto, todas as profecias são unidas em uma só. Assim, é essencial que alguém que deseje entender a profecia não a interprete pela sua própria passagem da Escritura, mas que a compare com outras passagens bíblicas.

O princípio da interpretação da Escritura com a Escritura é de grande importância. A falha de muitos comentadores no sentido de manejar acuradamente a palavra de Deus pode ser atribuída à violação deste importante princípio. “Sabendo isto primeiro,” observou Pedro. Qualquer brecha neste princípio inevitavelmente causará confusão. Quão fácil seria se pudéssemos interpretar particularmente. A dificuldade criada na interpretação da Escritura está no fato de que uma correta interpretação requer que uma passagem particular concorde com o testemunho de toda a Bíblia. Conseqüentemente, devemos estudar as passagens que estão diante de nós por meio da comparação delas com outras porções das Escrituras, para que aquilo que alcançarmos não sejam imaginações especulativas, mas interpretações acuradas e bem-fundamentadas.

 

 

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