História De Israel – Teologia 31.360
CAPÍTULO 13
JOSEFO MANDA ERGUER UM MURO MAIS ALTO QUE O TERRAÇO DOS
ROMANOS. OS SITIADOS SENTEM FALTA DE ÁGUA E VESPASIANO TENTA
TOMAR A CIDADE PELA FOME. UM ESTRATAGEMA DE JOSEFO O FAZ MUDAR
DE IDÉIA E ELE VOLTA A EMPREGAR A FORÇA.
251. Depois que Vespasiano levantou aquele terraço, quase tão alto como os muros da cidade, Josefo achou que seria vergonhoso não fazer também alguma obra grandiosa para defender a cidade, maior ainda que a que os romanos haviam feito para atacá-la. Assim, resolveu construir um muro muito mais alto do que o terraço. Na impossibilidade de trabalhar, que os operários alegavam, por causa da grande quantidade de dardos atirados continuamente pelos romanos, ele achou um meio de eliminar aquela dificuldade: mandou fincar na terra grossos postes, aos quais ataram peles de boi, mortos recentemente, cujas dobras não somente tornavam inúteis os golpes dos dardos e das flechas, mas diminuíam a força das pedras lançadas pelas máquinas e amorteciam a do fogo por sua umidade. Assim, com essa forte defesa, com esse poderoso abrigo, pôs os operários em condições de trabalhar, sem nada temer; trabalharam dia e noite, com tanto entusiasmo que fizeram um muro de vinte côvados de altura, fortificado com várias torres, com ameias.
Esse recurso, unido à constância invencível dos sitiados, causou grande admiração aos romanos, que já se julgavam senhores da cidade, e Vespasiano não ficou menos irritado do que surpreso, por ver que a habilidade de Josefo e a coragem que aquela nova fortificação inspirava aos judeus lhes dava tanta coragem que não se passava um dia, em que eles não fizessem várias incursões, nas quais atacavam os romanos e levavam o que lhes caía nas mãos para a cidade e incendiavam alguns lugares.
Depois de tentar tudo o que pensou ser útil, achou que seria melhor, em vez de continuar a atacar a praça, obrigá-la a se entregar pela fome, fazendo com que os sitiados desistissem antes de se verem reduzidos aos extremos, ou, se eles teimassem em continuar, recomeçariam os ataques, quando a fome os tivesse de tal modo enfraquecido, que seria fácil vencê-los. Depois destas resoluções mandou vigiar cuidadosamente todas as passagens.
252. Os sitiados tinham muito trigo e todas as outras coisas necessárias, menos sal, mas faltava-lhes água, pois não tendo fontes na cidade eram obrigados a usar somente a que caía do céu. Porém chovia pouco no verão, época em que se dava aquele assédio. Josefo, vendo que era aquele o único empecilho que os afligia, e que todos os seus soldados demonstravam muita coragem, mandou distribuir a água, em medidas, a fim de prolongar o assédio, muito mais do que os romanos esperavam. Essa ordem aborreceu o povo, que não quis receber tal limitação, como se não houvesse mais água, recusando-se a trabalhar.
Os romanos souberam de tudo, porque os viam, de cima da colina, se reunirem no lugar onde se lhes davam a água racionada, e mataram até mesmo alguns a golpes de dardos. Acabou-se depressa a água dos poços e Vespasiano esperava que a praça se entregasse. Mas Josefo, para tirar-lhe aquela esperança, mandou colocar nas ameias dos muros uma grande quantidade de panos encharcados de água, o que encheu de admiração e ao mesmo tempo irritou os romanos, porque eles não podiam imaginar que, se esta lhes faltava para o sustento da vida, usassem dela, com tanta profusão, daquele modo. Dessa forma, Vespasiano não mais se iludiu com a esperança de tomar a praça pela fome e voltou a empregar a força, que era justamente o que os judeus desejavam, porque vendo-se perdidos irremediavelmente, preferiam morrer com as armas na mão do que de sede ou de miséria, josefo serviu-se de um outro meio para obter mais água. Havia do lado do ocidente um riacho tão fundo que os romanos não montavam muita guarda daquele lado. Ele escreveu aos judeus que estavam fora da cidade que lhe trouxessem de noite, por ali, água e outras coisas de que necessitavam; para isso, deveriam se cobrir com peles e andar de quatro a fim de que os inimigos os tomassem por cães ou outros animais; assim se fez, até que os romanos perceberam-nos e fecharam-lhes a passagem.
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