Livro De Apocalipse - Teologia 35.29
Os Setenta Setes de Daniel
Agora, olhemos para o capítulo 9 de Daniel. Depois de ter Daniel
confessado os pecados de seu povo, Deus enviou Gabriel para dizer a ele:
“setenta semanas são decretadas sobre o teu povoe sobre a tua cidade santa,
para fazer cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para fazer
reconciliação da iniqüidade, e para trazer a justiça eterna, e para selar a
visão e a profecia, e para ungir o santo dos santos” (v.24). uma vez que Daniel
orou a Deus pelo Seu povo e Sua santa cidade, Deus em resposta também menciona
“teu povo e tua santa cidade”. Entendamos que “teu povo” aponta para os filhos
de Israel, e “tua santa cidade” refere-se a Jerusalém. O que Deus quis dizer
foi: quando os setenta setes tiverem passado, a transgressão de Israel e da
santa cidade terá terminado, seus pecados chegarão ao fim, suas iniqüidades
receberão reconciliação, e a justiça eterna será trazida para eles. Tudo isso
já foi cumprido? Não, os filhos de Israel continuma hoje a se “Lo-Ami... não
meu povo” (Oséias 1:9). Assim, sua restauração ainda está no futuro. Essas
coisas ainda permanecem não consumadas porque a profecia a respeito dos setenta
setes não foi cumprida ainda. Mas, na segunda vinda do Senhor Jesus, todas as
profecias serão cumpridas.
“Sabe e entende”, continua Gabriel, “desde a saída da ordem para
restaurar e para edificar Jerusalém até o ungido, o príncipe, haverá sete
semanas, e sessenta e duas semanas; com praças e tranqueiras se reedificará,
mas em tempos angustiosos. E depois de sessenta e duas semanas será cortado o
ungido, e nada lhe subsistirá; e o povo do príncipe que há de vir destruirá a
cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até o fim haverá
guerra; estão determinadas assolações” (Dan 9:25,26). “Tempos angustiosos”
também pode ser traduzido como “tempos breves”. Isso provavelmente aponta para
os sete setes que, em termos de tempo, são muito mais curtos do que os sessenta
e dois setes. A reconstrução de Jerusalém aconteceu durante os sete setes
mencionados que ,segundo calculado por certos comentadores, duraram quarenta e
nove anos. Embora no original, seja dito meramente “setes” –sem nenhuma
designação de dias ou de anos- a maioria dos comentadores acredita que refere
ao “ano”, e assim, quarenta e nove anos. Sessenta e dois setes depois da cidade
ser reconstruída virá o Ungido.
Aqui nós não vamos investigar quando os setenta setes começaram.
Um fato, porém, é suficiente para nós: nós abemos que o Ungido de fato veio
depois dos sessenta e nove setes (sete setes + sessenta e dois setes). Dos
tempos do decreto sobre a reconstrução de Jerusalém ao momento da vinda do
Ungido, são quatrocentos e oitenta e três anos. Agora que os sessenta e nove
setes já passaram e o Ungido (Cristo) já veio, só resta o último sete. Assim
que o último sete é cumprido, os filhos de Israel receberão a plenitude da benção
de Daniel 9:24. Porém, nos sete anos que se sucederam à morte de Cristo, houve
algum dia que pudesse ser considerado como o tempo em que a transgressão é
terminada para os filhos de Israel e sobre a cidade de Jerusalém? Não, nem
mesmo um dia. E por acaso já não se passaram mais de novecentos anos desde o
tempo de Cristo, sem que haja o fim da transgressão? Assim, é bem evidente que
o septuagésimo sete não ocorreu imediatamente após os sessenta e nove setes.
Porque esse sete não foi ainda cumprido, e nem os filhos de Israel
ainda não receberam a plenitude da benção? Porque “Depois das sessenta e duas
semanas, será morto o Ungido e já não estará”. Cristo morreu, e
conseqüentemente os filhos de Israel não receberam a benção. Isso aconteceu
porque eles não O receberam com corações desejosos mas o crucificaram, e assim
a punição veio sobre eles. “...e o povo de um príncipe que há de vir destruirá
a cidade e o santuário” (v.26). Quando os judeus insistiram em matar o Senhor
Jesus, eles declararam abertamente: “Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos
filhos!” (Mt 27.25). naturalmente Deus está tratando eles de acordo com as suas
próprias palavras, rejeitando-os temporariamente e mostrando graça aos gentios.
Mas, depois que o número dos gentios for cumprido, Ele vai ser gracioso
novamente aos filhos de Israel. E, nesse momento, o último sete será cumprido.
Uma vez que o último sete estiver acabado, Deus irá libertar os filhos de
Israel, de acordo com a promessa (Dn 9.24).
““...e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o
santuário”. Todos os estudantes do livro de Apocalipse sabem que isso se refere
aos Romanos. Depois da morte de Jesus Cristo, os judeus incorreram em um severo
julgamento de Deus: os romanos vieram e destruíram Jerusalém e seu templo em 70
DC. Uma vez que o termo “o povo” se refere aos Romanos, muitos de acordo com
isso pensam que o termo “o príncipe” obviamente aponta para o príncipe Romano
Tito que liderou os Romanos. Mas há muitas razões para refutar essa conclusão.
Porque as Escrituras aqui não dizem que o príncipe destruirá a cidade, mas sim
o povo do príncipe? Embora o príncipe deva trabalhar através de seu povo, não é
natural dizer “o povo” e não diretamente “o príncipe”. Uma vez que o Santo
Espírito menciona tanto o príncipe como
o povo, embora dando uma ênfase primária no povo, não seria possível que Ele
estivesse deixando implícito que esse povo representa o povo daquele príncipe
que ainda está para vir? Se é assim, então o príncipe em questão não é Tito, e
o povo que atacou Jerusalém no passado era espiritual e moralmente igual
ao povo do futuro príncipe. Esse
príncipe sobre quem Daniel profetiza será, no futuro, uma figura reconhecida
mundialmente, o qual é o Anticristo. “O príncipe que há de vir” é, portanto, o
Anticristo.
“...e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra;
desolações são determinadas.” (v. 26). “O fim” aqui não é o fim da cidade ou do
santuário. De acordo com a correta construção gramatical, “o seu fim” deveria
se conectar à frase “o príncipe que há de vir”. O cumprimento não veio no tempo
de Tito, mas está para vir no futuro. O povo do príncipe que há de vir
destruirá esta cidade e o santuário, mas “o fim dele” (ou seja, do príncipe)
virá como um dilúvio. Nós sabemos que esse super-homem virá em breve, e que o
mundo não terá paz. Mas graças a Deus, nós já teremos ido embora quando o
Anticristo chegar.
“Ele confirmará um pacto com os muitos, por uma semana; e na
metade da semana, fará cessar o sacrifício e as oblações” (v.27a). O verso
anterior nos fala das atitudes destrutivas do Anticristo; esse próximo
versículo continua a falar da sua ação. O último sete é dividido em duas
metades. No começo do último sete, o Anticristo confirmará um pacto com muitos.
Esse pacto não é a Velha Aliança que Deus singularmente fez com Seu povo, pois
o suo do artigo indefinido “um” aqui prova isso. A frase “os muitos” com o uso
do artigo definido “os” refere-se a um grupo especial de pessoas – os judeus.
Sendo assim, esse pacto será um pacto político entre os judeus e o Anticristo.
A duração desse pacto deve ser de sete anos, mas no meio termo desses anos, o
Anticristo irá quebrá-lo. Isso é o significado das palavras, “ele cuidará em
mudar os tempos e a lei”, encontrada no capítulo 7 e verso 25. aqui nós podemos
ver a similaridade descoberta entre esse príncipe e o pequeno chifre mencionado
no capítulo 7.
Na metade dos sete anos em questão, o Anticristo quebrará o pacto,
e assim o resto do período do sete (ou seja, três anos e meio) estará em sua
mão. Durante esses três anos e meio ele também vai magoar os santos (7.25). E
durante estes mesmos três anos e meio, esse pequeno chifre intentará em mudar
os tempos e as estações, e fazer cessar o sacrifício e as oblações. No presente
momento, os judeus não têm nem sacrifício nem oblações; mas no futuro estas
coisas serão restauradas. Nós agora temos visto o começo da volta dos judeus
para a Palestina e também temos ouvido do seu desejo de restaurar estas coisas.
O fim está verdadeiramente próximo.
Porque o Anticristo vai fazer cessar o sacrifício e a oblação?
Porque naquele tempo ele vai falar blasfêmias contra Deus (ver cap. 7). Uma vez
que os sacrifícios e as oblações são oferecidas a Deus, ele vai naturalmente
proibi-los. “...e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à
consumação” (9:27). “A asa das abominações” fala de ídolos. No templo de Deus
as asas do querubim cobriam a arca. Mas o Anticristo entrará no templo de Deus
e proclamará a si mesmo Deus (2 Ts 2), sendo coberto pela asa das abominações.
Devido a esta idolatria, Deus permitirá desolações por três anos e meio até o
fim dos setenta setes. “Daniel 9:27
E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade
da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das
abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado
será derramado sobre o assolador.”E, como determinado, a ira será derramada
sobre a desolada” (v.27c). a desolada é Jerusalém. Com a aproximação do fim dos
setenta setes, as nações se reunirão para atacar Jerusalém. Então o Senhor
lutará por ela (Zc 14.1-6). E assim a palavra de Daniel 9.24 se cumprirá.
Nós podemos aqui perceber como satanás usa o homem. O anticristo é
apenas um homem; mas pela sua obediência a satanás, ele recebe poder diabólico
para governar sobre todas as nações. Embora a sua vinda real está ainda no
futuro, mesmo assim em 70 DC os Romanos se tornaram o povo do Anticristo! Pois
eles tinham o seu espírito. Hoje nós vemos os muitos tumultos entre as nações.
Satanás está, na verdade, manipulando nos bastidores. Ele dá poder a essa
pessoa e para isso, usa muitos da arena política como seus fantoches para
perturbar o mundo. A última pessoa que ele vai usar será o Anticristo. Nós
podemos agora mesmo discernir que o espírito do Anticristo já está operando em
todos os lugares. A característica mais reveladora do anticristo é a sua
iniqüidade (2 Ts. 2). Se abrirmos os nossos olhos para os negócios desta era,
nós saberemos o quão exuberante a iniqüidade tem se tornado. Em cada nível da
sociedade há pessoas iníquas. Em cada profissão, a iniqüidade é a maioria.
Parece, porém, que há uma tênue linha entre as pessoas e a erupção da
iniqüidade. Uma vez que alguém faz concessão à iniqüidade, este é capturado
para sempre.
Por esta razão, nós que cremos no Senhor e fomos comprados com Seu
sangue, devemos nesta hora resistir, unidos em uma mente, a satanás e suas
obras, tanto em nossos espíritos como em nossas mentes. Orem para que Deus
habilite a Sua Igreja a conhecer a vitória da cruz para que os santos possam
ter a experiência do arrebatamento. Os pecados do mundo precisam ser julgados.
A Igreja de Cristo precisa ser amadurecida para o arrebatamento!
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
Não perca tempo, Indique esta maravilhosa
Leitura
Custo:O Leitor não paga Nada,
Você APENAS DIVULGA
E COMPARTILHA
.
0 Comentários :
Postar um comentário
Deus abençoe seu Comentario