História De Israel – Teologia 31.383
CAPÍTULO 35
DESCRIÇÃO DO LAGO DE GENESARÉ, DA ADMIRÁVEL FERTILIDADE DA TERRA DOS ARREDORES E DA NASCENTE DO JORDÃO.
283. O lago de Genesaré toma seu nome da terra que o rodeia. Seu comprimento é de cem estádios e tem quarenta de largura. Não há rios, nem mesmo fontes, que sejam mais tranqüilos. Sua água é muito boa para se beber e muito fácil de se obter, porque nas suas margens há apenas um cascalho muito leve. É tão fria, que não perde nem mesmo a sua temperatura quando posta ao sol, pelos habitantes, segundo o costume, para esquentá-la, durante os dias mais quentes do verão. Há grande quantidade de peixes de todas as espécies, que não são encontradas em outros lugares. O Jordão atravessa o lago, bem no meio; parece que tem a sua origem de Paniom. Mas a verdade é que ele vem por baixo da terra de uma outra nascente, chamada Fiala, distante cento e vinte estádios de Cesaréia, do lado direito, perto do caminho por onde se vai a Traconítida. E tão redonda que por isso mesmo recebeu o nome de Fiala e enche sempre de maneira igual a sua concavidade que jamais é vista vazia ou cheia. Sempre se havia ignorado até Herodes, o tetrarca, que essa nascente era a origem do Jordão; mas esse príncipe lá lançou palha e depois encontrou-se também certa quantidade de palha na nascente de Paniom, de onde não se imaginava antes que esse rio procedesse. A nascente de Paniom é naturalmente muito bela, mas a magnificência do rei Agripa ainda a embelezou muito mais. Depois que o Jordão, que parece ter ali o seu início, atravessa os pantanais lodosos do lado de Semechonite, e continua seu curso por outros cento e vinte estádios, passa abaixo da cidade de Julíada, através do lago de Cenesaré, de onde depois de ter ainda corrido durante um longo espaço, no deserto, ele se dirige para o lago Asfaltite.
A terra que rodeia o lago de Genesaré e que tem o mesmo nome é igualmente admirável por sua beleza e pela sua fecundidade. Não há plantas que aí a natureza não produza nem algo que a arte e o trabalho dos que nela moram, não contribua, para que tal vantagem não lhes seja inútil. O ar é tão temperado que se torna próprio para toda espécie de frutos. Aí vemos em grande quantidade nogueiras, árvores que se adaptam muito bem aos climas mais frios e as que têm necessidade de mais calor, como as palmeiras, de um ar doce e moderado, como as figueiras e as oliveiras; aí encontram não menos, tudo o que desejam; de modo que parece que a natureza, por um esforço de seu amor por esse belo país, tem prazer em aliar coisas contrárias, e por uma agradável combinação, todas as estações favorecem constantemente essa feliz terra, porque ela não somente produz tão excelentes frutos, mas são eles ainda conservados por tanto tempo, que se podem comer durante seis meses, uvas, figos e outros frutos, durante todo o ano. Além da temperatura do ar, correm as águas de um rio mui abundante, de nome Capernaum, que alguns julgam ser um pequeno afluente do Nilo, porque aí encontramos peixes semelhantes ao Coracim, de Alexandria, que só é encontrado ali e naquele grande rio. A extensão desse país, ao longo do lago de Cenesaré, que tem o mesmo nome, é de trinta estádios e sua largura, de vinte.
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