História De Israel – Teologia 31.345
CAPÍTULO 42
OS JUDEUS NOMEIAM CHEFES PARA O COMANDO DA GUERRA QUE FAZIAM
CONTRA OS ROMANOS, DENTRE OS QUAIS ESTAVA JOSEFO, AUTOR DESTA
HISTÓRIA AO QUAL ELES DÃO O GOVERNO DA ALTA E DA BAIXA GALILÉIA.
GRANDE DISCIPLINA QUE ELE OBTÉM A EXCELENTES ORDENS QUE DÁ.
224. Aqueles que haviam perseguido a Céstio voltaram a Jerusalém e empregavam a força e a doçura para atrair ao seu partido os que estavam do lado dos romanos; reuniram-se no Templo e elegeram os chefes para a direção da guerra, josefo, filho de Goriom, e o sacerdote Anano foram escolhidos para tomar conta da cidade e para mandar reerguer-lhe as muralhas. A Eleazar, filho de Simão, embora tivesse se enriquecido com os despojos dos romanos, e tomado o dinheiro que pertencia a Céstio e tirado também grande quantidade do tesouro público, entretanto, porque viam que ele aspirava a um governo tirânico e se servia como de guardas daqueles que eram de sua maior confiança, não lhe deram cargo algum. Mas ele pouco a pouco conquistou de tal modo o povo, por sua habilidade, pelo modo como se servia de seus bens, que o persuadiu a lhe obedecer em tudo.
Foi escolhido para comandar o exército da Iduméia, Jesus, filho de Safas, um dos grandes sacerdotes, e Eleazar, filho do novo sumo sacerdote; mandaram a Niger, então governador daquela província, originário de além do Jordão, e que por isso tinha o apelido de Peraite, que lhe obedecesse.
Mandaram José, filho de Simão, a Jerico, Manasses, para além do rio, e João, essênio, a Tamna, à qual se juntaram Lida, Jope e Amaús, para governá-las em forma de toparquia. João, filho de Ananias, foi também escolhido para governar a Gofnítida e Acrabatana; e Josefo, filho de Matias,* para exercer um cargo semelhante na alta e na baixa Galiléia, acrescentando-se ao seu governo Gamai, que é a praça mais forte de todo o país.
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* Este Josefo é o autor desta história.
225. Cada um desses governadores desempenhou o seu cargo, segundo suas possibilidades, e sua vontade os tornava mais ou menos capaz. O primeiro cuidado de Josefo foi conquistar o afeto do povo, para tirar grandes vantagens e reparar assim as faltas que pudesse cometer. Para conquistar também os mais poderosos, dividindo com eles a sua autoridade, escolheu setenta dos mais sábios e dos mais hábeis, que constituiu administradores da província e deu assim àqueles povos a alegria de serem governados por pessoas do próprio país e conhecedores dos seus costumes. Além disso estabeleceu em cada cidade sete juizes para julgar as pequenas causas, segundo a forma que ele lhes havia determinado. Quanto às grandes, reservou para si mesmo o julgamento.
Depois de ter deste modo organizado todas as coisas no interior, levou sua solicitude ao que se referia à segurança do exterior. Como ele não duvidava de que os romanos viriam com armas àquela província, mandou cercar de muralhas as praças da baixa Galiléia, que achou dever maximamente fortificar, a saber: Jotapate, Betsaneia, Salamina, Perecho, )afa, Sigogue, Tariqueia, Tibenades, o monte Itaburim e as cavernas que estão perto do lago de Genesaré.
Na alta Galiléia mandou também fortificar Petra, outrora chamada Acabarom, Sefte, Jamnite e Mero; na Galaunita, Selêucia, Sogam e Gamala. Os habitantes de Séforis foram os únicos aos quais ele permitiu rodear sua cidade de muralhas, porque eram ricos, inclinados à guerra e difíceis de se governar. Mandou também a João, filho de Levias, que cercasse de muralhas Scala. Ia às demais praças pessoalmente verificar os trabalhos e fazer que os apressassem.
Recrutou quase cem mil homens na Galiléia, todos jovens e muito aptos para a guerra; deu-lhes armas velhas, que pôde obter em vários lugares, e como sabia que o que tornava os romanos maximamente invencíveis eram a obediência e a disciplina, e via que o tempo não lhe permitia exercitar seus homens tanto quanto ele desejara, julgou dever pelo menos torná-los obedientes. Para isso contribuiu eficazmente o número de comandantes; ele lhos deu, à imitação dos romanos, muitos oficiais e chefes. Além dos oficiais superiores, havia mestres-de-cam-po e outros; criou também grande número de oficiais inferiores, ensinou-lhes as várias maneiras de toques, a saber, alarme, ataque e retirada; como as tropas que ainda estão intactas devem sustentar as desbaratadas, e as que ainda não combateram, substituir as tropas cansadas, para com elas dividir o perigo, instruía-os em tudo o que lhes podia fortalecer a coragem e acostumar-lhes o corpo ao perigo e à fadiga. Falava-lhes principalmente da disciplina dos romanos, que era rígida e extrema, e que eles tinham de combater contra homens, cuja força corporal unida a uma invencível firmeza de alma, tinha conquistado quase todo o mundo. Acrescentava que, se eles lhe queriam demonstrar a obediência que lhe prestariam na guerra, deviam renunciar ao roubo, à pilhagem, aos assaltos, não fazer injustiça aos da própria nação, nem se deixar levar pelo desejo de se aproveitar do prejuízo dos conhecidos e parentes, pois é impossível ser bem-sucedido na guerra quem age contra a consciência, e os maus são odiados, não somente pelos homens, mas também pelo próprio Deus. Deu-lhes várias outras instruções e já tinha quantos soldados desejava; seu número elevava-se a setenta mil de infantaria e duzentos e cinqüenta cavaleiros, quatro mil e quinhentos estrangeiros, que ele tinha contratado, nos quais depositava muita confiança, e seiscentos guardas para sua pessoa; todos homens escolhidos. Essas tropas, exceto os es-trangeiros, eram mantidas pelas cidades, que os sustentavam de boa mente, e sem serem incomodadas, porque cada uma das de que falei mandava a metade de seus habitantes para a guerra e a outra metade fornecia-lhe viveres, provendo assim por uma assistência mútua a segurança e a subsistência uns dos outros.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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