História De Israel – Teologia 31.321
(2º Parte Livro 2)CAPÍTULO 18
O IMPERADOR CAIO FOI ASSASSINADO E O SENADO QUIS RETOMAR SUA
ANTIGA AUTORIDADE; MAS OS SOLDADOS DECLARAM IMPERADOR A
CLÁUDIO E O SENADO É OBRIGADO A CEDER. CLÁUDIO CONFIRMA O REI
AGRIPA NO REINO DA JUDÉIA, ACRESCENTA-LHE AINDA OUTRAS
TERRAS E DÁ
A HERODES, SEU IRMÃO, O REINO DA CÁLCIDA. *
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* Este registro também se encontra no Livro Décimo Nono, capítulos 1, 2 e 3, Antigüidades Judaicas, Parte I.
165. Esse príncipe, que se havia tornado odioso a todos, por sua horrível desumanidade e por sua loucura, foi assassinado depois de ter reinado somente três anos e meio, e os soldados que estavam em Roma levaram Cláudio e o declararam imperador. Os cônsules Sêncio Saturnino e Pompônio Segundo ordenaram, de acordo com a resolução do Senado, às três coortes que faziam guarda da cidade, que a conservassem, e tendo se reunido no Capitólio, decidiram declarar guerra a Cláudio pelo horror que sentiram das crueldades de Caio, a fim de restabelecer o governo aristocrático e de escolher para governador aquele que por seus méritos fosse o mais digno e capaz.
O rei Agripa, nessa época, estava em Roma e cada um dos partidos desejava que ele estivesse do seu lado. O Senado rogou-lhe que fosse tomar assento em sua companhia e Cláudio também pediu-lhe, ao mesmo tempo, que fosse procurá-lo no acampamento para onde os soldados o tinham levado. Esse príncipe, vendo que Cláudio já era de fato imperador, foi logo ter com ele, e Cláudio pediu-lhe que fosse informar ao Senado de seus sentimentos, isto é, que tudo tinha sucedido contra sua vontade, que os soldados o haviam levado para fazê-lo imperador. No entanto, como era uma coisa consumada, ele era obrigado a corresponder àquela prova de seu afeto e corria mesmo grave perigo, se quisesse recusar, porque se expõe a toda sorte de perigos aquele que é escolhido para reinar; mas ele estava resolvido a governar como um bom príncipe e não como um tirano, contentando-se com o nome de imperador, nada resolvendo nos assuntos de importância sem a participação do Senado; nisso não se podia duvidar de que suas palavras seriam seguidas de fatos, pois quando ele não fosse de um caráter tão moderado como todos o sabiam, o exemplo da morte de Caio bastaria para fazê-lo tomar um caminho bem contrário ao dele.
Como o Senado confiava nos soldados que se haviam declarado em seu favor e na justiça de sua causa, ele respondeu ao rei Agripa que não podia retornar a uma servidão voluntária. Cláudio, depois desta resposta, rogou ao soberano que voltasse a dizer ao Senado que ele não podia abandonar os que o haviam elevado ao império e que ele não desejava também fazer guerra ao Senado; mas se a isso fosse obrigado, deveriam escolher-se a cidade ou o lugar onde se travaria a batalha, pois não era justo que essa divergência enchesse Roma de mortes e sangue.
Quando Agripa fazia essa declaração ao Senado, um dos soldados, dos que se haviam declarado por eles, puxou da espada e disse aos companheiros: "Que razão nos pode obrigar a cometer assassínios, combatendo contra nossos parentes e amigos, que se declararam a favor de Cláudio? Que mais podemos desejar do que ter por imperador um príncipe ao qual nada se pode censurar? Não devemos, ao contrário, torná-lo propício, em vez de tomar as armas contra ele?" Depois de ter assim falado, afastou-se e todos o seguiram.
O Senado, vendo-se abandonado e não lhe sendo mais possível qualquer resistência, resolveu ir também procurar a Cláudio e com isso correu mui grande perigo, pois os soldados, que pareciam os mais zelosos a favor do novo imperador, vieram contra eles, de espada na mão, junto dos muros da cidade e teriam matado os mais afoitos, antes que Cláudio tivesse sabido de alguma coisa, se o rei Agripa não o tivesse avisado imediatamente da desgraça que estava quase para acontecer. Disse-lhe que se ele não contivesse o furor daqueles soldados, veria morrer diante dos próprios olhos aqueles que por seu mérito e ilustre posição eram o ornamento do império e ele teria então de reinar num deserto. Cláudio seguiu-lhe a advertência, conteve o ímpeto dos soldados, recebeu favoravelmente o Senado em seu acampamento e saiu com eles, segundo o costume, para oferecer sacrifícios a Deus e dar-lhe graças por aquela soberana autoridade que dele recebia.
166. O novo imperador deu em seguida a Agripa não somente o reino inteiro, que Herodes possuíra, mas também Traconítida e a Auranita, que Herodes lhe havia juntado, e o país a que chamavam de reino de Lisânias; tornou aquela doação pública pela ata que mandou escrever e ordenou aos Senadores que a fizessem gravar em placas de cobre para colocá-las no Capitólio.
167. Concedeu o reino da Cálcida a Herodes, irmão de Agripa, que se tornara seu genro, pelo casamento com Berenice, sua filha.
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