História De Israel – Teologia 31.340
CAPÍTULO 37
CÉSTIO GALO, GOVERNADOR DA SÍRIA, ENTRA COM UM GRANDE EXÉRCITO
ROMANO NA JUDÉIA, ONDE DESTRÓI VÁRIAS PRAÇAS E FAZ GRANDES
DEVASTAÇÕES. MAS TENDO-SE APROXIMADO DE JERUSALÉM, OS JUDEUS
ATACAM-NO E O OBRIGAM A SE RETIRAR.
217. Céstio Galo, governador da Síria, vendo que os judeus eram tão odiados por todos, julgou não dever, também, deixá-los em paz. Assim, tomou a décima segunda legião, que ele tinha inteira em Antioquia, dois mil homens escolhidos das outras legiões, seis coortes de outra infantaria, quatro regimentos de cavalaria e três mil soldados de infantaria do rei Antíoco, armados de flechas, mil cavaleiros e três mil soldados do rei Soheme, um terço dos quais era de cavalaria. Dirigiu-se com as tropas a Ptolemaida, onde várias cidades lhe trouxeram mais tropas, que não eram como as suas, na experiência da guerra, mas que supriam a tal deficiência, pelo ódio que tinham aos judeus e pela alegria com que marchavam contra eles.
O rei Agripa não somente ajudou Céstio com suas tropas e com sua pessoa, mas também com seus conselhos; esse general do exército romano avançou com uma parte da tropas para Zebulom, que é uma das cidades mais fortes da Caliléia, a que chamam por esse motivo de Androm, isto é, a cidade dos homens e que separa a Judéia de Ptolemaida. Encontrou-a deserta porque os habitantes haviam fugido para as montanhas, mas cheia de toda espécie de bens que ele deixou aos seus soldados. Admirou a beleza da cidade, cujas casas não eram inferiores às de Tiro, de Sidom e de Berita, mas não deixou de incendiá-las; depois de ter também saqueado as cidades dos arredores e incendiado as aldeias que dela dependiam, voltou a Ptolemaida. Essa retirada deu ânimo aos judeus que mataram mais de dois mil sírios, dos quais a maior parte era de Berita e que o ardor do saque tinha feito ficar para trás.
Céstio, ao partir de Ptolemaida, foi a Cesaréia e mandou na frente uma parte de suas topas, contra a cidade de jope, com ordem de a conservar se pudessem tomá-la, ou de esperar que ele chegasse com o restante do exército, se os habitantes, avisados da sua chegada, se preparassem para defendê-la. Em seguida, atacaram a praça, por mar e por terra, e tomaram-na sem dificuldade, antes que os habitantes tivessem tido tempo nem de se salvar, menos ainda, de se preparar para defendê-la. Foram todos mortos sem exceção. Os vencedores não se con-tentaram de incendiar a cidade, saquearam-na e o número de mortos elevou-se a oito mil e quatrocentos.
Céstio mandou também para a toparquia de Natbatana, vizinha de Samaria, um corpo de cavalaria, que matou um grande número de habitantes, conquistou ricos despojos e incendiou as aldeias.
Mandou ao mesmo tempo à Galiléia, Cesênio Galo, com a décima segunda legião, que ele comandava e outras tropas que julgou necessárias, para se apoderar daquela província. A cidade de Séforis, que é a mais forte de todas as praças, abriu-lhe as portas e as outras cidades, a seu exemplo, fizeram o mesmo. Mas os que preferiram a rebelião e a ladroeira retiraram-se para a montanha de Azamom que atravessa a Galiléia e está situada em frente a Séforis. Galo foi atacá-los; enquanto eles levaram vantagem, combatendo de um lugar mais elevado, que o ponto em que se encontravam os romanos, não tiveram dificuldade em repeli-los e mataram mais de duzentos. Mas quando viram que tinham tomado e cercado todo o vértice da montanha, não resistiram mais; os que estavam mal armados, nãó lhes podendo reter o ímpeto, fugiram e foram assim dizimados pela cavalaria; houve mais de mil mortos e muito poucos se salvaram em lugares ásperos e difíceis. Galo, então, vendo que nada mais havia a fazer na Galiléia, ordenou o regresso para Cesaréia; Céstio, com todo o exército, foi para Antipátrida, onde, tendo sabido que um grande número de judeus se havia retirado à torre de Afeque, mandou atacá-los ali; mas eles não esperaram e os romanos depois de ter saqueado o lugar incendiaram as aldeias dos arredores.
Céstio, ao partir de Antipátrida, foi a Lídia; lá só encontrou cinqüenta habitantes porque o restante tinha ido a Jerusalém para celebrar a festa dos Tabernáculos; mataram-nos todos; incendiaram-lhes as cidades e Céstio, em seguida, avançou por Betorom até Gabaom, onde acampou. Esta cidade dista de Jerusalém apenas cinqüenta estádios.
218. Os judeus, vendo que a guerra se aproximava mui depressa de sua capital, abandonaram as cerimônias dessa grande festa, sem mesmo santificar o dia do sábado, que antes guardavam tão religiosamente e tomaram as armas. Como tinham confiança em seu grande número, foram desordenadamente atacar os romanos. Aquele furor, que os havia feito esquecer tantos deveres de piedade, incitou-os de tal modo que lhes romperam as primeiras filas, abriram uma passagem em seu batalhão, e buscaram a vitória com tanto ardor, que, se a cavalaria não tivesse vindo em auxílio da infantaria, todo o exército romano corria perigo de ser totalmente desbaratado. Eles só perderam vinte e dois homens naquele combate; os romanos perderam quinhentos e quinze, quatrocentos de infantaria e o restante da cavalaria. Monobazo e Senebeu, parentes de Monobazo, rei de Adibene, Niger Peraite e Silas Babilônio, que haviam deixado o rei Agripa, depois de tê-lo servido tanto tempo, distinguiram-se nessa ocasião, do lado dos judeus.
Por fim, os judeus foram repelidos e os romanos retiraram-se para Betorom. Cioras, filho de Simão, atacou-lhes a retaguarda, matou vários e tomou grande número de carros de bagagem, que levou para Jerusalém. Céstio ficou três dias sem ousar avançar, nessa retirada, porque os judeus que se haviam apoderado dos lugares elevados em seu caminho, vigiavam-no constantemente e davam bem a conhecer que se ele se tivesse posto em marcha, tê-lo-iam atacado.
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