História Da Igreja - Teologia
30.86
» INTRODUÇÃO
1.
O que foi o Primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia?
No ano de 324 Constantino era o único
Senhor do Império Romano. A Igreja estava livre, enfim, das perseguições. Mas
foi exatamente então que começaram
a surgir problemas dentro da própria
Igreja. Em Alexandria, um dos mais notáveis centros da Cristandade, explodira
uma disputa teológica entre um padre chamado Ário e seu Bispo. Diz‐se até que a
disputa foi derivada da mania de discussões teológicas que existia na época...
O Bispo Alexandre teria feito uma afirmação e Ário, para chamá‐lo à uma
discussão, a teria contradito. Daí nasceu um grave impasse teológico pois, em
seu desenvolvimento, Ário passara a afirmar que o Logos Encarnado era inferior
a Deus Pai e que se o Pai gerou o Filho, então houve uma época em que o Filho
não existia.
Ário acreditava em Jesus Cristo como o
Salvador, mas subordinava o Filho ao Pai. Enfim, negava a divindade de Jesus
Cristo, pois afirmava que ele não era
igual ao Pai. Desde os tempos
apostólicos a Igreja combatia os que pregavam divindades subordinadas a Deus,
derivadas das seitas agnósticas. Tudo isso era contra o mistério da Redenção,
pois a Redenção, como há tempo fundamentara o diácono Atanásio, não teria
sentido se Deus mesmo não tivesse se encarnado, se Jesus Cristo não fosse
verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Tomando Constantino conhecimento
dessa discussão herética e do perigo iminente de cisão na Igreja, promoveu a
convocação de um Concílio que se realizou na cidade de Nicéia da Bitínia,
próxima de Constantinopla, em 325.
Como ficou na história, o Concílio
foi um acontecimento impressionante, um dos grandes marcos da vida da Igreja.
Acorreram Bispos da Ásia Menor, Palestina, Egito, Síria, e até Bispos de fora
do Império Romano, ou seja, de todos os lugares onde a Cristandade tinha se
estabelecido com vigor, como a longínqua Índia e a Mesopotâmia, além de
delegados da África do Norte. O Papa Silvestre, Bispo de Roma que já estava
ancião e impossibilitado de comparecer pessoalmente, mandara dois presbíteros
como seus delegados. Estiveram presentes ao Concílio 320 Bispos, mais grande
número de presbíteros, diáconos e leigos. Por maioria quase absoluta (apenas
dois Bispos não quiseram firmar a resolução final) foi redigido o Credo de
Nicéia que confirmava a verdade em que a Cristandade
unida, à exceção
dos seguidores de
Ário, sempre acreditara:
Jesus Cristo, Deus
Encarnado, é ponto fundamental
do Cristianismo. O próprio Credo, a seguir, estabeleceria o conteúdo da
fé da Igreja.
Destaque‐se que Eusébio de Cesaréia e
alguns outros pensaram em resolver a questão com uma pequena mudança de grafia
na palavra essencial da definição dogmática. Em vez de declarar
"homousios" (da mesma substância ‐ consubstancial), propunham usar "homoiusios"
(de substância semelhante).
Mas este artifício fazia diferença
essencial e a Igreja não vacilou.
Igualmente, o Credo de Nicéia em nada
mudou a fé já confessada pelo Símbolo dos Apóstolos, tradição da Igreja
Primitiva (esse Credo que rezamos, normalmente, nas missas de cada dia). O que
está no Credo que apresentamos nesta área são apenas definições que resolveram
o problema então debatido.
Nele foram omitidas aquelas verdades
enunciadas pelo Símbolo dos Apóstolos. Posteriormente, no Concílio de
Constantinopla (ano de 381), foi redigido um
Credo completo adicionando ao Símbolo
dos Apóstolos as definições teológicas do Credo de Nicéia. É o Símbolo
Niceno‐Constantinopolitano, usado nas missas oficiais e/ou cantadas em Latim.
É lamentável que o gosto pelas
discussões tenha continuado perturbando a Igreja por muitos anos após o
Concílio de Nicéia. Por outro lado, é comovedor constatar ‐ como demonstra a
História ‐ como compareceram ao Concílio, em defesa do Deus Humanado, gerações
de cristãos que tinham por Ele sofrido perseguições, muitos deles com as marcas
das violências sofridas.
‐ Oh Igreja Santa e Pecadora! Em Ti
nossa alegria supera, incomparavelmente, nossos lamentos, por graça de tua
Cabeça, Jesus Cristo!
Além desse grave cisma, havia entre a
Igreja do Ocidente e a Igreja do Oriente uma divergência de menos importância:
a data em que cada uma celebrava a
Páscoa. O assunto será resolvido
também por este Concílio, que estabelecerá 20 cânones, os quais darão sequência
ao Credo primeiramente apresentado.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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