História Da Igreja - Teologia
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CÂNON XII
‐ Os que foram chamados
pela graça e mostraram um primeiro zelo, pondo de lado os cintos militares, mas
depois retornaram como cães ao seu próprio vômito (e com dinheiro ou por meio
de presentes recuperaram suas posições militares), depois de passarem o espaço
de três anos como "ouvintes", fiquem dez anos com
"genuflectores". Mas em todos estes casos é necessário examinar bem
seus propósitos e que seu arrependimento se mostre como tal. Aqueles que dêem
evidência de sua conversão, não com simulação, mas por ações, com temor, lamentações,
perseverança e boas obras, quando cumprirem
seu tempo prescrito de
"ouvintes", podem apropriadamente entrar em comunhão nas preces.
Depois disso, o bispo pode se dispor mais favoravelmente para
com eles. Mas aqueles que tratam o
assunto com indiferença e aqueles que pensam que entrar para a Igreja é
suficiente para sua conversão, devem cumprir
todo o tempo da pena.
Nota
sobre o Cânon XII: Resumimos a seguir comentários feitos sobre este cânon.
Devemos considerar a situação do momento. Nas lutas entre Constantino,
imperador romano do Ocidente, e Licínio, imperador romano do Oriente, Licínio
se fez representante do paganismo. Estava em jogo, portanto, o triunfo do
Cristianismo, com Constantino, ou o prosseguimento de sua perseguição, com
Licínio. Um cristão que lutasse por Licínio era, portanto, considerado
apóstata, mesmo se formalmente não caísse no paganismo. Com muito maior razão,
os cristãos que haviam renunciado ao exército
e, depois, voltavam
atrás, a ponto
de comprarem sua
readmissão em suas funções
anteriores, em busca
de vantagens que
lhes eram concedidas, caíam em apostasia. Aliás ,
Licínio exigia de seus soldados essa apostasia formal, exigindo deles que
sacrificassem aos deuses. Observe‐se
que, normalmente, a vida militar não
era considerada indevida ao cristão, embora houvesse cristãos que, como
Maximiliano, do Martirológio Romano,
se recusaram a prestar o serviço
militar. Os antigos cânones não condenavam a vida militar. É verdade que havia
sempre o perigo latente de serem os cristãos obrigados a apostatarem, se não
quisessem sofrer a perda da vida, do cargo ou do serviço.
Note‐se que os bispos
tinham o poder
de abrandar as
penas dos que
voltaram ao exército
de Licínio, apostataram,
mas depois mostraram
real arrependimento e cumpriram, com convicção, a penitência que lhes
foi imposta. Este poder discricionário do bispo está reconhecido no quinto
cânon de Ancira
e no décimo sexto de Calcedônia,
mencionado por Basílio (Epist.217, c.74). Esse poder fundamentou "as
indulgências" em sua forma original.
Os moribundos devem receber a
comunhão. Mas se alguém se recupera, deve ser posto no número daqueles que
participam das preces, e somente com eles.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
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