Hermenêutica - Teologia 29.14
II. Importância do Assunto
A importância do assunto dificilmente
pode ser exagerada, pois a hermenêutica é a base teórica da exegese, que, por
sua vez, é o alicerce tanto da teologia (quer bíblica, quer sistemática) como
da pregação. Parece que, atualmente, pelo menos no Brasil, estas disciplinas
têm sido parcialmente relegadas por alguns segmentos evangélicos a um segundo
plano. Exegese, a doutrina e a pregação têm sido substituídas por coisas ‘‘mais
práticas’’ (tais como a ação social, o engajamento político, a administração
eclesiástica, o evangelismo, a liturgia, as exortações morais, etc.). Quando
não se nega a importância da exegese, da doutrina e da pregação, na teoria,
nega-se na prática.
Convém observar, entretanto, que o
apóstolo Paulo exorta Timóteo a cuidar ‘‘de si mesmo e da doutrina’’, de modo
que possa ser ele mesmo salvo bem como os seus
ouvintes (1 Tm 4.16). Ele o admoesta
a apresentar-se a Deus ‘‘aprovado, como obreiro que não tem do que se
envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade’’ (2 Tm 2.15). E afirma que
devem ‘‘ser considerados merecedores de dobrados honorários (ou honra) os
presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na Palavra e
no ensino’’ (1 Tm 5.17).
Não se pode esquecer de que ‘‘aprouve
a Deus salvar aos que crêem, pela loucura da pregação’’ (1 Co 1.21); e de que
‘‘a fé vem pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo’’ (Rm 10.17).
A importância da doutrina é vista
especialmente nas cartas do apóstolo Paulo e no tratamento que faz da questão
da justificação pela fé na carta aos Gálatas. Nem a Igreja de Corinto, com
todos os seus problemas morais, foi tão duramente tratada pelo apóstolo quanto
às igrejas da Galácia, em função do seu desvio doutrinário.
A verdade de Deus expressa em sua Palavra é o
instrumento empregado pelo Espírito Santo para salvar e santificar. São ‘‘as
sagradas letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus ’’, e
fazer com que ‘‘o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para
toda boa obra’’ (2 Tm 3.15, 17).
Richard Baxter, um dos puritanos mais
conhecidos do século XVII, foi o instrumento nas mãos de Deus em um
re-avivamento na sua cidade. Autor de dezenas de obras, a maioria de cunho
prático, usou uma figura para expressar a relação entre a verdade da Palavra e
a santidade. Eis suas palavras:
“... As verdades de Deus são os
próprios instrumentos da santificação de vocês; essa santificação é o resultado
produzido por essas verdades sobre o entendimento e a vontade de vocês. As
verdades são o selo e a alma de vocês é a cera; a santidade é a impressão
feita. Se vocês receberem apenas algumas verdades, terão apenas uma impressão
parcial... Se vocês as receberem de modo desordenado, a imagem que produzirão
nas almas de vocês será igualmente desordenada; como se os membros dos corpos
de vocês fossem unidos de modo monstruoso”. (Nota 3)
Aí está a importância da
hermenêutica: ela é a base teórica da exegese, que por sua vez é o fundamento
da teologia e da pregação, das quais depende a saúde espiritual da igreja, e da
nossa própria vida. Uma hermenêutica deformada fatalmente resultará em exegese
deformada, produzirá teologia e pregação deformadas, e se manifestará
tragicamente em igrejas e vidas deformadas.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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