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28 de abril de 2017

Hamartiologia - Teologia 27.18 - O Realismo

Hamartiologia - Teologia 27.18
 
3.7. O realismo

O realismo e o federalismo (ver abaixo) são as teorias mais importantes. O realismo sustenta que o “tecido da alma” de todas as pessoas estava real e pessoalmente em Adão (“seminalmente presente”, segundo o conceito traduciano da origem da alma), participando de fato do seu pecado. Cada pessoa é culpada porque, na realidade, cada uma pecou. A natureza da pessoa passa então a ser corrompida por Deus, como julgamento contra aquele pecado. Não há transmissão de pecado, mas a participação total da raça naquele primeiro pecado. Agostinho (354-430) aperfeiçoou a teoria, dizendo que a corrupção era transmitida mediante o ato sexual. Assim, conseguia manter Cristo livre do pecado original, porque Ele nasceu de uma virgem. W. G. T. Shedd (1820-1994) acrescenta um argumento mais sofisticado: por baixo da vontade das escolhas de todos os dias há a vontade profunda, a “vontade propriamente dita”, que determina a direção que a pessoa segue em última análise. Foi essa vontade profunda que realmente pecou em Adão. 

O realismo tem pontos fortes. Não apresenta o problema da culpa de terceiros, a solidariedade de Adão e da raça no pecado daquele é levada a sério e parece bem explicada a expressão “todos pecaram”, de Romanos 5.12.

Apresenta, no entanto, alguns problemas. O realismo possui todas as fraquezas do traducianismo extremo. O tipo de presença pessoal necessária em Adão e Eva distorce até mesmo Hebreus 7.9,10 (cf. Gn 46.26), a passagem clássica traducianista. A expressão “para assim dizer” (Hb 7.9), em grego, sugere seja entendido figuradamente o que se segue. Idéias como a de uma “vontade profunda” tendem a exigir e pressupor um conceito determinista, calvinista, da salvação. O realismo por si só não pode explicar porque ou em que base Deus amaldiçoa a terra.

Portanto, torna-se necessário algo como a aliança. Para a humanidade de Jesus ser isenta de pecado, Ele deve ter cometido o primeiro pecado em Adão, sendo posteriormente purificado; ou Ele não estava mesmo presente em Adão; ou Ele estava presente mas não pecou, e seus antepassados humanos diretos permaneceram sem pecado em suas gerações. Cada uma dessas opiniões apresenta dificuldades (uma alternativa é sugerida adiante). A idéia de que todos pecaram pessoalmente parece contradizer o conceito de que o pecado de um só homem faz de todos pecadores (Rm 5.12,15-19). Posto que todos pecaram em Adão, com Adão e como Adão, sugere terem pecado segundo o padrão do primeiro homem, o que contraria 5.14.

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