Hermenêutica - Teologia 29.11
A Questão da Inerrância Bíblica
Duas Posições Evangélicas:
1o - A Bíblia é totalmente privada de
erros.
2o - A Bíblia é sem erro toda vez que
fala sobre salvação e fé, mas pode possuir erros em outros pontos.
“Os liberais, por sua vez, acreditam que a
Bíblia é fruto da mente religiosa dos judeus”.
Contextos polêmicos produzem posições
extremadas.
Argumentos:
1) - A Bíblia é plena e completamente
inspirada.
2) - Inerrante em todas as matérias
que toca.
3) - Verbalmente inspirada.
4) - Nenhum erro pode ser afirmado se
não puder ser comprovado no texto original.
Pode esta Palavra (Bíblia), ser livre
de qualquer erro no seu catógrafo original? Ela é completamente digna de
confiança em matéria de história e doutrina?
Os autores bíblicos sob a liderança
do Espírito Santo foram preservados de cometer erro factual, histórico,
científico e quaisquer outros erros?
Observação. Estes pensamentos e
perguntas refletem a posição dos inerrantistas, sem que entendemos por
inerrância algo que está livre de qualquer erro. Podemos afirmar algumas
verdades básicas:
(1) A Bíblia é um livro singular,
muito especial, que se diferencia dos demais livros e compêndios da literatura
universal.
(2) Não podemos compreender as
Escrituras apenas com nossa inteligência humana, a menos que contemos com a
força, o poder e em especial a iluminação do Espírito Santo que sonda as
profundezas de Deus e esclarece os mistérios da Sua Palavra (João 16:13)
1) - Premissa Maior - Tudo o que Deus
faz é perfeito
2) - Premissa Menor - Deus inspirou a
Bíblia
3) - Conclusão: - Logo, a Bíblia é
perfeita.
Este argumento é a base dos que defendem a
inerrância bíblica.
Analogia: Assim como Jesus foi divino-humano,
e nunca cometeu pecado, também a Bíblia é divino-humana e não contêm erro.
Os inerrantistas dizem que negar a
inerrância é negar a inspiração e a autoridade da Bíblia.
O Argumento do Dominó: Derrubando a 1a pedra
(inerrância bíblica), todas as outras pedras caem.
A primeira pedra seria a inerrância
bíblica.
A segunda seria a inspiração.
Derrubando-se estas duas pedras,
todas as outras caem.
Exemplos de dificuldades na Bíblia:
Considere com especial atenção a palavra “dificuldades” empregada neste caso,
pois não estamos usando a palavra “erro”
a) - Mat. 27:37 - (comparar com Mar. 15:26;
Luc. 23:38; João 19:19)
Mateus - Este é Jesus o Rei dos Judeus.
Marcos - O Rei dos Judeus.
Lucas - Este é o Rei dos Judeus.
João - Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus.
Cada evangelista escreveu inspirado por Deus,
mas de sua maneira. Cada um usou o próprio estilo literário.
Ver Mat. 6:9 a 15 com Lucas 11:1 a 4 - (Oração
do Pai Nosso).
Na inspiração, a personalidade do profeta é
preservada, sua linguagem é preservada, sua maneira de escrever também é
preservada.
b) - I Cor. 10:8 com Núm. 25:9
Paulo disse que haviam morrido 23.000 pessoas
Moisés disse que haviam morrido 24.000
pessoas.
c) - Levíticos 11:6
“A lebre, porque rumina, mas não tem unhas
fendidas, esta vos será imunda”.
Obs: A lebre “não rumina”.
Duas classes de linguagem:
Em muitas passagens a Bíblia emprega como
recurso literário uma linguagem fenomenológica
Em outros casos os escritores da Bíblia usaram
uma Linguagem literal que descreve os fatos como eles realmente são.
Linguagem fenomenológica - descreve
os fatos como eles parecem ser.
O importante não é se a lebre rumina ou não, mas o ponto central era se
o povo de Israel deveria ou não deve comer a carne da lebre.
Podemos perceber no caso de Coríntios
com Números que a questão em pauta arredonda os números, pois, se for fiel ao
relato seria impossível ser números exatos, não poderiam ser 23.001 ou 23.999 e
Paulo arredondou para a cifra menor?
d) - Mar. 6:8 com Luc. 9:3
Marcos - Levem um bordão (bengala)
Lucas - Não levem nada, nem bordão.
O fato de levar ou não o bordão, não muda o
objetivo de Jesus, que era o fato de eles dependeram inteiramente de Deus.
Notamos aqui que há apenas uma divergência de ótica e não um erro de objetivo,
seria diferente se Marcos falasse de não ir e Lucas de ir para a ação
missionária requerida.
e) - Mat. 26:34 c/ Marc. 14:30
“Antes que o galo cante...” = Aqui o autor
está sendo em sua argumentação mais genérico.
“Antes que o galo cante, 3 vezes...” = Em
contraste aqui outro autor está sendo mais específico
Um estava sendo mais preciso que o outro, mas
isto não muda o sentido fundamental da mensagem que era o fato de que Pedro
iria negar a Jesus.
Erro:
Para muitos opositores da Bíblia,
quando a ciência erra é apenas um sinônimo de imperfeição, inexatidão, porém...
Para estes, quando encontram uma informação científica equivocada na Bíblia
então é: sinônimo de engano, fraude.
Os profetas não estavam preocupados
com o aspecto científico, histórico, geográfico, etc, mas com uma mensagem
espiritual.
A finalidade da Bíblia não é dar
informações científicas, históricas ou geográficas, mas uma informação de vida
e salvação.
Na Bíblia:
O Verdadeiro Erro é não estar de
acordo com a vontade de Deus.
A Verdade Bíblica se expressa
unicamente na vontade e Deus.
Os mesmos argumentos servem para:
História Política - A Bíblia não se
preocupa com isto.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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