História De Israel – Teologia 31.43
CAPÍTULO 4
NOVA MURMURAÇÃO DOS ISRAELITAS CONTRA MOISÉS. DEUS, POR MEIO
DE
UM MILAGRE, CONFIRMA PELA TERCEIRA VEZ A ARÃO NO SUMO
SACERDÓCIO.CIDADES DETERMINADAS AOS LEVITAS. DIVERSAS LEIS
ESTABELECIDAS POR MOISÉS. O REI DA IDUMÉIA RECUSA DAR PASSAGEM AOS ISRAELITAS.
MORTE DE MIRIÃ, IRMÃ DE MOISÉS, E DE ARÃO, SEU IRMÃO, AO QUAL
ELEAZAR, SEU FILHO, SUCEDE NO CARGO DE SUMO SACERDOTE. O REI DOS AMORREUS
RECUSA DAR PASSAGEM AOS ISRAELITAS.
157. Números 17. Depois que todos, diante de uma prova tão
evidente, reconheceram que não fora Moisés, mas Deus mesmo quem havia
constituído a Arão e seus filhos no sumo sacerdócio, ninguém mais ousou
contestá-la. Mas nem por isso o povo deixou de começar outra sedição, ainda
mais perigosa e obstinada que a primeira, por causa do motivo que a fez nascer.
Embora estivessem convencidos de que o que havia acontecido fora exclusivamente
por ordem e permissão de Deus, eles passaram a imaginar que tudo sucedeu só
para favorecer Moisés e a julgar que ele havia conseguido tanta coisa
unicamente devido às suas solicitações e importunações, como se Deus tivesse
por objetivo apenas reverenciá-lo, e não castigar os que o haviam ofendido tão
gravemente.
Assim, eles não podiam tolerar o fato de terem visto morrer
diante de seus olhos um número tão grande de pessoas cujo único crime, diziam,
era o zelo demasiado pela glória de Deus e pelo seu serviço, e que Moisés se
havia aproveitado disso para confirmar o irmão num cargo que nenhum outro
mortal ousaria pretender, uma vez que os outros pretendentes haviam sido
punidos daquele modo. Por outro lado, os parentes dos mortos animavam o povo,
exortando-o a pôr um limite ao orgulhoso poder de Moisés, afirmando que a
própria segurança deles o exigia.
Logo que Moisés foi avisado disso, o temor de uma rebelião
que poderia ser muito perigosa fê-lo reunir o povo. Sem manifestar saber do que
se passava e das queixas que faziam, para não irritá-lo ainda mais, ordenou aos
chefes das tribos que trouxessem cada qual uma vara. Sobre cada uma estaria
escrito o nome de uma tribo, e declarou-lhes que o sumo sacerdócio seria dado à
tribo que Deus indicasse como preferida às demais.
Essa proposta contentou-os. Eles trouxeram as varas, e o
nome da tribo de Levi foi escrito sobre a de Arão. Moisés colocou-as todas no
Tabernáculo e retirou-as no dia seguinte. Cada um dos chefes das tribos
reconheceu a sua. O povo também as reconheceu, por meio de alguns sinais que
haviam sido feitos. Estavam todas no mesmo estado que no dia anterior, porém a
de Arão havia não somente produzido alguns brotos como também — o que era mais
estranho — amêndoas maduras, porque aquela vara era de amendoeira.
O milagre deixou o povo de tal modo admirado que o seu ódio
por Arão e Moisés mudou-se em veneração, pelo juízo que Deus manifestara em
favor destes. Assim, com medo de resistir-lhe mais, concederam que Arão
doravante desempenhasse pacificamente esse grande cargo. Eis como, depois que
Deus o confirmou uma terceira vez, ele ficou de posse do sumo sacerdócio, sem
que ninguém mais se atrevesse a contestá-lo, e de que modo, após tantas
murmura-ções e sedições, o povo finalmente ficou em paz.
158. Números 18 e 35. Levftico 14, 18 e 26. Temendo que a
tribo de Levi, vendo-se isenta da guerra, se ocupasse demais com as coisas
necessárias à vida e descuidasse o serviço de Deus, Moisés determinou que se
dariam a essa tribo, depois de conquistado o país de Canaã, quarenta e oito das
melhores cidades de todas as terras que se encontrassem, não se estendendo além
de duas milhas, e que o povo pagaria todos os anos a eles e aos sacerdotes a
décima parte dos frutos que recolhesse, o que foi depois inviolavelmente
cumprido.
Falemos agora dos sacerdotes. Moisés determinou que das
quarenta e oito cidades dadas aos levitas, treze fossem cedidas àqueles, bem
como a décima parte das décimas. Determinou também que o povo ofereceria a Deus
as primícias de todos os frutos da terra, e aos sacerdotes, os primogênitos dos
animais que podiam ser oferecidos em sacrifício, dos quais eles, com toda a sua
família, comeriam a carne. Quanto ao animal que a Lei proibia comer, em vez do
primogênito ofere-cer-se-ia um sido e meio, e cada homem ofereceria cinco sidos
pelo primeiro filho nascido. As primícias da lã, dos carneiros e das ovelhas
eram também devidas aos sacerdotes, e os que coziam pão deveriam trazer-lhes
bolos.
Números 6. Quando os chamados nazireus — porque faziam voto
de deixar crescer o cabelo e não beber vinho — cumpriam o tempo de seu voto e
vinham apresentar-se diante do Templo para cortar o cabelo, traziam as suas
ofertas ao Senhor. Quanto aos que se haviam consagrado ao serviço de Deus e
renunciavam voluntariamente ao ministério ao qual se haviam obrigado, deviam
dar aos sacerdotes cinqüenta sidos o homem e trinta a mulher. Os que não podiam
pagá-lo, entregavam-se à discrição dos sacerdotes.
Os que matavam os animais para comê-los em particular, e não
para oferecer a Deus, eram obrigados a dar aos sacerdotes o intestino grosso, o
peito e a espádua direita. Isso Moisés determinou para os sacerdotes, além do
que o povo oferecia pelos pecados, como dissemos no livro precedente. Ele
queria que as mulheres, as filhas e os criados tivessem parte em tudo, exceto
no que era oferecido pelos pecados, do qual apenas os homens que exerciam o
ofício divino podiam comer (e isso somente no Tabernáculo, no mesmo dia em que
as vítimas eram oferecidas em sacrifício).
159. Números 20.
Depois que Moisés acalmou a sedição e ordenou todas essas coisas, mandou
avançar o exército até a fronteira dos idumeus e enviou na frente alguns
embaixadores ao rei, para pedir-lhe passagem, com a promessa de não causar dano
algum ao país e de pagar todas as coisas que tivesse de tomar, até mesmo a
água, se ele quisesse. O rei não aceitou a proposta e veio com armas contra os
israelitas, para resistir-lhes a passagem ou caso decidissem empregar a força. Moisés
consultou a Deus, que o proibiu de tomar a iniciativa da guerra e determinou
que voltassem para o deserto.
160. Nesse mesmo
tempo, na lua nova do xântico, quarenta e um anos depois da saída do Egito,
Miriã, irmã de Moisés, morreu. Enterraram-na publicamente, com toda a
magnificência possível, sobre um monte de nome Seim. O luto durou trinta dias e
quando terminou Moisés purificou o Templo, deste modo:
O sumo sacerdote matou próximo do campo, num lugar bem
limpo, uma novilha vermelha sem mancha e que ainda não havia suportado jugo,
mergulhou o dedo no sangue e borrifou sete vezes o Tabernáculo. Mandou pôr a
novilha inteira — com pele e intestinos — no fogo e lançou dentro um pedaço de
madeira de cedro com hissopo e lã tingida de escarlate. Um homem puro e casto
reuniu as cinzas e colocou-as num lugar muito limpo, e todos os que tinham
necessidade de ser purificados, quer por haverem tocado na morta, quer por
terem assistido aos funerais, lançaram um pouco de cinzas na água da fonte,
onde mergulharam um ramo de hissopo e com ele se aspergiram no terceiro e no
sétimo dia, passando assim a estar purificados. Moisés ordenou que continuassem
a observar essa cerimônia após a conquista do país cuja posse Deus lhes havia
prometido.
161. Números 20. Esse
admirável guia conduziu em seguida o exército pelo deserto da Arábia e quando
lá chegou, ao território da capital do país que antigamente se chamava Arcé e
hoje se chama Petra, disse a Arão que subisse a uma alta montanha, que serve de
limite a esse país, porque era o lugar onde teria fim a sua vida. Ele subiu,
despojou-se dos ornamentos sacerdotais à vista de todo o povo e com eles
revestiu a Eieazar, seu filho mais velho e sucessor, e morreu, com a idade de
cento e vinte e três anos, na primeira lua do mês, que os atenienses chamam
hecatombeom, os macedônios, lous e os hebreus, sabba. Assim, Moisés perdeu no
mesmo ano a irmã e o irmão. E todo o povo lastimou a morte de Arão durante
trinta dias.
162. Números 21. Depois disso, Moisés avançou com o exército
até o rio Arnom, que nasce nas montanhas da Arábia e depois de atravessar todo
o deserto entra no lago Asfaltite e separa os moabitas dos amorreus. É um país
tão fértil que basta para sustentar os seus habitantes, embora sejam numerosos.
Moisés mandou embaixadores a Siom, rei dos amorreus, para pedir-lhe passagem,
nas mesmas condições que havia proposto ao rei da Iduméia. Mas o soberano
também recusou o pedido e reuniu um grande exército para se opor aos
israelitas, caso tentassem passar o rio.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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