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5 de outubro de 2017

História De Israel – Teologia 31.27 (Livro 3 Cap 1) OS ISRAELITAS, OPRIMIDOS PELA FOME E PELA SEDE, QUEREM APEDREJAR MOISÉS. DEUS TORNA DOCES AS ÁGUAS QUE ERAM AMARGAS, ENVIA AO CAMPO CODORNIZES E MANÁ E FAZ BROTAR DA ROCHA UMA FONTE DE ÁGUA VIVA.

História De Israel – Teologia 31.27

Livro Terceiro

CAPÍTULO 1

OS ISRAELITAS, OPRIMIDOS PELA FOME E PELA SEDE, QUEREM APEDREJAR
MOISÉS. DEUS TORNA DOCES AS ÁGUAS QUE ERAM AMARGAS, ENVIA AO
CAMPO CODORNIZES E MANÁ E FAZ BROTAR DA ROCHA UMA FONTE DE
ÁGUA VIVA.

103.  A alegria que sentiram os israelitas por se verem livres, pelo poderoso auxílio de Deus, quando menos o esperavam, foi perturbada pelas grandes dificuldades que encontraram a caminho do monte Sinai, pois essa região era deserta, e a terra, muito seca e estéril, porque não tinha água. Assim, não somente os homens, mas os próprios animais não encontravam água para beber. Dessa forma, quando terminaram as provisões que haviam levado, por ordem de Moisés, foram obrigados a cavar poços — com grande dificuldade, por causa da dureza da terra. No entanto encontraram tão pouca água que não lhes era suficiente, e era de tão mau sabor que não a podiam beber.
104.  Depois de andar tanto tempo, chegaram certa tarde a um lugar chamado Amargo, por causa do amargor das águas. Tinham falta de víveres, mas, como estavam muitíssimos fatigados, ali se detiveram de boa mente, porque encontraram um poço, o qual, embora não fosse suficiente para tão grande multidão, dava-lhes a esperança de poder aliviar um pouco as suas necessidades e porque lhes haviam dito que não mais encontrariam água em todo o resto do caminho. Mas a água era tão amarga que nem os homens, nem os cavalos e nem os outros animais a puderam beber.
Esse fato tão lastimável causou desânimo ao povo e grande sofrimento a Moisés, porque os inimigos que precisavam combater não eram dos que se podem debelar com uma valorosa resistência: a fome e a sede sozinhos reduziram aquela multidão de homens, mulheres e crianças ao último extremo da vida. Moisés não sabia que deliberação tomar e sentia também os sofrimentos dos outros como se fossem seus próprios, porque todos recorriam a ele. As mães pediam que tivesse pena das crianças, os maridos, que tivesse compaixão das esposas e cada qual rogava-lhe que procurasse uma solução para tão grande mal.
Em tão premente necessidade, dirigiu-se a Deus para obter de sua bondade que tornasse doces as águas que eram amargas. E Ele deu a conhecer que lhe concedia aquela graça. Moisés tomou então um pedaço de madeira, que partiu em dois, e, depois de os haver lançado ao poço, disse ao povo que Deus escutara a prece deles e tirava daquela água tudo o que nela existia de ruim, contanto que fizessem o que lhes determinava. Perguntaram o que precisavam fazer, e ele ordenou aos mais robustos que tirassem uma grande porção de água do poço, garantindo-lhes que a que lá ficasse seria boa para beber. Eles obedeceram e tiveram em seguida a realização da promessa que lhes fora feita.
105. Êxodo 16. Partindo desse acampamento, chegaram a um lugar de nome Elim, que de longe lhes parecera bastante vantajoso, porque avistavam palmeiras. Delas, porém, lá encontraram apenas umas setenta, e ainda muito pequenas e pouco carregadas de frutos, por causa da esterilidade da terra. Encontraram também umas doze fontes, mas tão reduzidas que, em vez de correr, apenas destilavam. Fizeram pequenos regos para recolher a água, mas quando cavavam as fontes encontravam lama em lugar de areia e quase nada de água. A grande sede que o povo sofria, bem como a falta de víveres, que foram consumidos em trinta dias, causou-lhes tal desespero que esqueceram todos os favores de que eram devedores a Deus e o auxílio que haviam recebido de Moisés. Acusaram-no com grande clamor de ser a causa de todos os seus males e tomaram pedras para apedrejá-lo.
Esse homem extraordinário, ao qual a consciência nada reprovava, não se admirou por vê-los tão exaltados contra ele, mas, confiando em Deus, apresentou-se a eles com um semblante em que a majestade de Deus imprimia respeito e disse-lhes, com aquela maneira de falar que lhe era habitual e tão própria para persuadir, que não deviam, pelo que estavam sofrendo, esquecer as obrigações que deviam a Deus, mas, ao contrário, tivessem diante dos olhos as tantas graças e favores com que Ele os havia cumulado, quando menos os podiam esperar de sua bondade, e a continuação de seu auxílio; que havia mesmo motivo para crer que Ele permitira que fossem reduzidos a tal extremo a fim de experimentar-lhes a paciência e a gratidão e saber qual dos dois fazia mais impressão em seu espírito: se a tristeza dos males psesentes, se o ressentimento pelos bens passados; que, havendo saído do Egito por ordem de Deus, deviam precaver-se para não se tornarem indignos de seu auxílio, pela ingratidão e pelas murmurações; que não evitariam cair naquele pecado se desprezassem as ordens dEle ou o ministro de sua vontade, e nisso seriam tanto mais culpados, pois não tinham motivo algum para se queixar de que ele os enganara, pois sempre cumprira pontualmente o que lhe havia sido ordenado.
Falou-lhes em seguida sobre as pragas com que Deus ferira o Egito, quando os egípcios procuravam retê-los, contra a vontade dEle: como as águas do Nilo, mudadas em sangue para os inimigos e tão infectadas que estes não a podiam beber, fora conservada para eles com a sua qualidade usual; como o mar, tendo-se dividido em dois, para favorecer-lhes a retirada, permitiu-lhes chegar em segurança ao outro lado, enquanto os seus inimigos, querendo persegui-los pelo mesmo caminho, foram sepultados pelas ondas; como, encontrando-se sem armas, Deus as concedeu em abundância; enfim, como, por meio de diversos milagres, Ele os retirara tantas vezes dos braços da morte.
Assim, se Ele se mostrara sempre tão poderoso, eles não deviam desesperar de seu auxílio, mas suportar pacientemente tudo o que permitia lhes acontecesse e não considerar a sua ajuda como demorada, não ocorrendo tão prontamente como desejavam. Não deviam também imaginar que Deus os abandonara no estado em que se encontravam, e sim persuadir-se de que Ele queria experimentar a confiança e o amor deles pela liberdade e saber se a estimavam o suficiente para conquistá-la pela fome e pela sede ou se preferiam o jugo de vergonhosa servidão, que os submeteria a senhores que os alimentariam como animais para deles obter apenas o trabalho. Quanto a ele, nada temia por si mesmo, pois a morte que sofreria injustamente não lhe poderia ser desvantajosa. Mas temia por eles, porque não lhes poderiam tirar a vida sem condenar o proceder de Deus e desprezar os seus mandamentos.
106. Essas palavras fizeram-nos refletir, e as pedras caíram-lhes das mãos. Arrependeram-se do crime que queriam cometer, e Moisés, considerando que não era sem razão que o povo se rebelara, mas que a necessidade os havia levado a isso, julgou dever implorar por eles o auxílio de Deus. Subiu uma colina para rogar-lhe que tivesse compaixão de seu povo, o qual não podia esperar outro auxílio, senão somente o dEle, e lhes perdoasse a falta que a fraqueza humana, em tal conjuntura, os levara a cometer. Deus prometeu atendê-lo e dar-lhes auxílio imediato.
Depois de uma resposta tão favorável, Moisés foi procurar o povo, o qual, julgando pelo brilho que transparecia em seu rosto que Deus havia escutado a oração, passou imediatamente da tristeza para a alegria. Moisés declarou que lhes anunciava da parte de Deus a salvação e o término de seus males. Logo depois, uma grande multidão de codornizes, aves muito comuns no estreito da Arábia, atravessou esse braço de mar. Cansadas de voar, caíram no acampamento dos hebreus. Lançaram-se então sobre as aves, o alimento que lhes era mandado por Deus em tão urgente necessidade, e Moisés agradeceu-lhe por ter cumprido tão prontamente o que lhe fora grato prometer.
107. Essa graça, porém, não veio sozinha. A infinita bondade de Deus acrescentou-lhe uma segunda. Moisés orava com os braços levantados para o céu, quando começou a cair uma espécie de orvalho, que engrossava à medida que descia. Moisés julgou que bem poderia ser outro alimento que Deus lhes mandava também, provou-o e achou-o excelente. Dirigindo-se então ao povo, que pensava ser neve o que acabava de cair, pois era a estação própria, declarou que aquilo não era orvalho comum, mas um novo alimento proveniente da liberalidade divina. Comeu-o em seguida diante deles, para melhor persuadi-los do que dizia. Todos o experimentaram depois e perceberam que tinha o gosto do mel, a forma da goma que se tira de árvore semelhante à oliveira e o tamanho de um grão de coentro.
Todos ajuntaram-no, e Moisés ordenou-lhes que recolhessem apenas o suficiente para cada dia, isto é, uma medida certa, de nome gômer. Asseverou, ao mesmo tempo, que aquele alimento não lhes haveria de faltar, querendo, com a proibição, pôr limites à avareza dos mais fortes, que teriam impedido os mais fracos de ajuntar o necessário. Com efeito, se alguém, contra a ordem de Deus, recolhia mais que o permitido, inútil tornava-se o trabalho, porque o alimento, guardado para o dia seguinte, ficava amargo, estragado e cheio de bichos. E assim, era verdade que havia nesse alimento algo de sobrenatural e divino. Tinha ainda isto de extraordinário: aqueles que o comiam achavam-no tão delicioso que não queriam outro. Cai ainda hoje naqueles lugares orvalho semelhante a esse, que então prouve a Deus mandar, em favor de Moisés. Os hebreus chamaram-no maná, que em nossa língua corresponde a uma espécie de interrogação, como quem diz: "Que é isto?" Mas popularmente o chamaram maná. Receberam-no, pois, com grande alegria, como vindo do céu, e com ele alimentaram-se durante quarenta anos, enquanto viveram no deserto.
108.  O acampamento avançou depois para Refidim. Ali tiveram muita sede, pois constataram que a região era ainda mais carente de água que a de onde vinham. Assim, recomeçaram as murmurações contra Moisés. Ele retirou-se, para evitar aquele primeiro furor, e recorreu mais uma vez a Deus, para rogar-lhe que, depois de ter dado ao povo o alimento com que matasse a fome, lhe desse também a água com que o desalterasse, pois um sem a outra era inútil. Deus não se demorou em ouvir a oração e prometeu dar-lhes uma fonte muito abundante, fazendo-a brotar de um lugar de onde menos o teriam esperado. Mandou que batesse num rochedo com a vara, na presença de todos, prometendo dali fazer sair água, porque desejava obsequiá-la ao povo sem que tivessem o menor trabalho em procurá-la.
Moisés, consciente da promessa, foi ter com o povo, que o viu descer do lugar elevado onde fizera a sua oração e o esperava com grande impaciência. Ele disse-lhes que Deus queria tirá-los, contra a esperança deles, do aperto em que se encontravam. Para isso, faria brotar uma fonte de água da rocha. Essas palavras os deixaram atônitos, porque julgavam que precisariam parti-la, e a sede e o cansaço da viagem os havia enfraquecido tanto que mal podiam estar de pé. Moisés, porém, feriu o rochedo com a vara. No mesmo instante, a rocha dividiu-se em duas e dela brotou grande abundância de água cristalina. A surpresa não foi menor que a alegria. Beberam todos com prazer e acharam que tinha doçura muito agradável, sendo deveras água milagrosa, um presente das mãos de Deus. Então ofereceram-lhe sacrifícios em ação de graças por tão grande benefício e conceberam grande veneração por Moisés, que era tão querido dEle. A Sagrada Escritura dá testemunho desta promessa feita por Deus a Moisés: que de um rochedo brotaria água.



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