História De Israel – Teologia 31.26
CAPÍTULO 7
OS ISRAELITAS PASSAM O MAR VERMELHO A PÉ ENXUTO. O EXÉRCITO
DOS EGÍPCIOS, QUERENDO PERSEGUI-LOS, NELE PERECE COMPLETAMENTE.
100. Depois de assim falar, Moisés conduziu os israelitas
pelo mar à vista dos egípcios, que, por estarem cansados da viagem, haviam
adiado o combate para o dia seguinte. Quando chegou à beira do mar, tendo na
mão a vara com a qual fizera tantos milagres, implorou o socorro de Deus e fez
esta ardentíssima oração: "Vós vedes, Senhor, que é humanamente
impossível, quer pela força, quer pela astúcia, escapar de um perigo tão grande
como este em que agora nos encontramos. Somente vós podereis salvar este povo,
que saiu do Egito apenas para vos obedecer. A nossa única esperança está em
vosso auxílio. Somente vós podeis ser o nosso refúgio em tão extrema
conjuntura. E podeis, se quiserdes, defender-nos contra o furor dos egípcios.
Apressai-vos, pois, Deus Todo-podero-so, em estender o vosso braço em nosso
favor e erguei o ânimo e a esperança de vosso povo, que se encontra em
desalento e desespero. Este mar e estes rochedos que nos cercam e se opõem à
nossa passagem são obra de vossas mãos. Ordenai, apenas, Senhor, e obedecerão à
vossa ordem, e podeis até mesmo, se quiserdes, fazer-nos voar pelos ares".
Esse admirável guia do povo de Deus, depois de encerrar a
sua oração, tocou o mar com a sua maravilhosa vara, e no mesmo instante este se
dividiu, para deixar os hebreus passar livremente, atravessando-o a pé enxuto,
como se estivessem andando em terra firme. Moisés, ao ver essa manifestação do
auxílio divino, entrou por primeiro no espaço aberto e ordenou aos israelitas
que o seguissem por aquele caminho que o Todo-poderoso, contra a ordem da
natureza, lhes providenciara e que a Ele rendessem graças tanto mais fervorosas
quanto podia passar por incrível o meio de que se servia para livrá-los.
Os hebreus, não podendo mais, no momento, duvidar da
assistência de Deus, tão visível, apressaram-se em seguir Moisés. Os egípcios,
ao contrário, julgaram primeiro que o medo lhes havia perturbado a
inteligência, levando-os a se precipitar daquele modo num perigo tão evidente e
numa morte inevitável. Mas quando os viram avançar sem obstáculo algum e que
nenhum mal lhes sucedia, perseguiram-nos com ardor, na certeza de que um
caminho tão estranho não seria menos seguro para eles do que para aqueles que
nele viam andar sem nenhum temor.
A cavalaria entrou por primeiro. Seguiu-a todo o resto do
exército, e, como haviam empregado muito tempo para se preparar e tomar as
armas, os israelitas chegaram ao outro lado do mar antes de serem alcançados.
Isso deu aos egípcios a inteira certeza de que também chegariam em segurança.
Mas estavam enganados, pois não sabiam que Deus havia preparado aquele caminho
somente para o seu povo, e não para os perseguidores. Assim, depois de todos os
egípcios haverem entrado no espaço aberto entre as águas do mar, estas
reuniram-se num instante e os sepultaram todos, envolvendo-os em suas ondas.
O vento juntou-se às vagas para aumentar a tempestade:
grande chuva caiu dos céus. Os relâmpagos misturaram-se com o ribombo do
trovão, os raios seguiam-se aos trovões e, para que não faltasse nenhum sinal
dos mais severos castigos de Deus, na sua justa cólera para punir os homens,
uma noite sombria e tenebrosa cobriu a superfície do mar, de modo que de todo
esse exército tão temível não restou um único homem que pudesse levar ao Egito
a notícia da horrível catástrofe.
101. Ninguém poderia calcular a alegria dos israelitas, por
se verem salvos, contra toda esperança, pelo poderoso auxílio de Deus, e por
terem garantida a liberdade, depois da morte inesperada daqueles que pretendiam
submetê-los a nova escravidão. Passaram toda a noite em agradecimentos, e
Moisés compôs um cântico para dar a Deus graças infinitas por um favor tão
marcante.
Narrei aqui tudo em particular, segundo o que encontrei
escrito nos Livros Santos. Ninguém deve considerar como coisa impossível que
homens que viviam na inocência e na simplicidade desses primeiros tempos
tivessem encontrado, para se salvar, uma passagem no mar, quer se tenha ela
aberto por si mesma, quer tenha acontecido pela vontade de Deus, pois a mesma
coisa aconteceu algum tempo depois aos macedônios, quando passaram o mar da
Panfília, sob o comando de Alexandre, e quando Deus se quis servir dessa nação
para destruir o império dos persas, como o narram os historiadores que
escreveram a vida desse príncipe. Deixo, no entanto, a cada qual que julgue
como quiser.
102. No dia seguinte a essa memorável jornada, os ventos e
as ondas impeliram as armas dos egípcios para a praia onde os israelitas
estavam acampados. Moisés atribuiu o fato a uma ação particular de Deus, que
assim lhes dava ocasião de se armar. Distribuiu-lhes todas as armas e, para
obedecer à ordem de Deus, levou-os para o monte Sinai, a fim de oferecer a Ele
um sacrifício e presentes, como sinal de gratidão pela milagrosa salvação que
lhes concedera.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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