3. A Prisão de Paulo em Cesaréia (Atos 24, 25 e 26)
Essa prisão ocorreu no verão de 59 ao outono de 61 d.C.
Cesaréia fora o lugar onde 20 anos antes Pedro recebera na igreja
o primeiro gentio, Cornélio, oficial do exército romano.
Possivelmente, foi
esta a razão pela qual Félix conhecia alguma coisa a respeito do “caminho”,
24:22.
Lucas esteve com Paulo em Cesaréia. Pensa-se
que foi por esse tempo que ele escreveu seu Evangelho.
Esta é a única visita de
Lucas a Jerusalém de que se tem notícia.
Sem dúvida, aproveitou oportunidades
de visitar Jerusalém muitas vezes, talvez também a Galiléia, para conversar com
todos os apóstolos e primeiros companheiros de Jesus que pôde encontrar.
Maria,
mãe de Jesus, podia ainda estar viva, de cujos lábios ele pode ter ouvido,
diretamente, a história com que inicia o seu Evangelho.
Israel moderno, cônscio da sua história como nação, toma grande
cuidado dos monumentos históricos antigos, e há alguns anos Cesaréia recebeu a
atenção dos arqueólogos.
As obras do porto antigo têm sido examinadas por
escafandristas, que obtiveram informações interessantes.
O teatro está sendo
escavado, e um achado surpreendente tem sido uma inscrição fragmentária com o
nome de Pôncio Pilatos.
A cidade era seu quartel-general como Procurador
romano, e cenário de um debate famoso entre ele e uma deputação de judeus de
Jerusalém.
Obstinado e arrogante, Pilatos tinha pendurado escudos votivos no
palácio de Herodes, consagrado ao Imperador.
Os judeus, enviando representantes
ao Imperador Tibério, venceram na sua objeção contra símbolos pagãos na Cidade
Santa, e Pilatos tinha que levar ao santuário de Roma, em Cesaréia, estes
símbolos de sua lealdade desajeitada ao Império.
--- a)
Paulo perante Félix, 24:1-27. As acusações, v. 5: era “uma peste”, acusação
muito vaga; “promotor de sedições entre os judeus”, absolutamente falso, porque
Paulo invariavelmente ensinava obediência ao governo; “tentara profanar o
templo”, v. 6, levando lá Trófimo, 21:29, o que não fez; “principal agitador
dos nazarenos”, o que ele reconheceu e que não era contra nenhuma lei, judaica
ou romana. Paulo nunca deixou de mencionar a ressurreição, v. 15.
Félix casara-se com uma judia, estava familiarizado com as praxes
judaicas e conhecia algo a respeito de Cristo. Estava profundamente
impressionado e mandou chamar Paulo para que lhe explicasse mais o Evangelho,
com o que ficou aterrorizado. Sua cupidez, porém, v. 26, impediu que ele
aceitasse Cristo ou soltasse Paulo.
Festo foi nomeado sucessor de Félix em 60 d.C. Foi no intervalo
entre a partida de Félix e a chegada de Festo que as autoridades de Jerusalém
se aproveitaram da ausência de um oficial romano do executivo e assassinaram
Tiago, irmão de Jesus.
--- b)
Paulo perante Festo, 25:1-12. Os judeus ainda armavam emboscada a Paulo, v. 3,
porque parece que tinham pouca esperança de convencer um governador romano de
ter Paulo feito alguma coisa digna de morte. Sendo acusado perante Festo e
vendo que este se propunha a agradar aos judeus, e que não havia esperança de
que lhe fizessem justiça. Paulo anunciou, ousadamente, a Festo, que estava
pronto a morrer se merecesse a morte, e apelou para César o que como cidadão romano
tinha o direito de fazer. Diante disto, Festo nada pôde fazer senão anuir à
apelação. Naquele tempo o César era Nero, bruto e desumano. Paulo, porém, sabia
que, se deixasse o seu caso com Festo, seria devolvido ao sinédrio judaico, o
que significaria condenação certa. Sendo assim, escolheu Nero. Além disso,
queria ir a Roma.
--- c)
Paulo perante Agripa, 25:13-26:32. O discurso de Paulo perante Agripa e o outro
em Atenas são, geralmente, considerados dois dos mais soberbos exemplos de
oratória da literatura. São ambos muito breves, simples resumo do que ele deve
ter dito, porque é dificilmente crível que, num e noutro caso, ele falasse
menos de uma hora.
Esse Agripa era Herodes
Agripa II, filho de Herodes Agripa I, que, 16 anos antes, matara Tiago, o irmão
de João, 12:2; era neto de Herodes Antipas que matara João Batista e
escarnecera Jesus, e bisneto de Herodes, o Grande, que trucidara os meninos de
Belém, ao tempo de nascimento de Cristo. Sua capital era Cesaréia de Filipe,
próxima do cenário da transfiguração de Jesus, 30 anos antes.
Berenice era sua irmã, vivendo com ele como esposa. Fora casada
com dois reis, voltara para ser esposa do próprio irmãos, e mais tarde veio a
ser amante de Vespasiano e Tito. Imagine-se Paulo a defender-se diante de um
par de pessoas desse quilate.
Agripa, cuja família estivera tão intimamente relacionada com toda
a história de Cristo, naturalmente estava curioso por ouvir um homem do calibre
de Paulo, que tanta excitação causara entre as nações a respeito de uma Pessoa
que sua própria família houvera condenado.
A única discordância que Festo pôde ver entre Paulo e seus
acusadores era que aquele pensava ainda estar vivo Jesus, ao passo que os
acusadores O julgavam morto, 25:19.
A grande pompa, v. 23, que Festo arranjou para a ocasião era
testemunho da personalidade dominante de Paulo, porque certamente um preso
comum não provocaria tal exibição de esplendor real.
Notar a cortesia uniforme de Paulo, do princípio ao fim, se bem
que conhecesse o caráter dissoluto do rei.
Notar, outrossim, que ele reconheceu ser a ressurreição de Jesus a
única causa da questão. (H. H. Halley).
--- d)
Previdência Divina.
A história revela que a maldade humana é controlada pela
soberania divina. Os judeus desejavam que Paulo fosse transferido de Cesaréia
para Jerusalém. Tivesse Festo atendido às exigências deles, talvez o Novo
Testamento não contasse com Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom.
(Sanders). Além disso, estava a salvo de todos os judeus.
Chegou a ser manifesto a todos (Filipenses 1:12, 13). Teve
oportunidade para testificar aos soldados que o guardavam. Foi visitado por
amigos das diferentes igrejas (Filipenses 2:25; 4:10).
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iii – As prisões do Apóstolo Paulo
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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