História De Israel – Teologia 31.28
CAPÍTULO 2
OS AMALEQUITAS DECLARAM GUERRA AOS HEBREUS, QUE OBTÊM SOBRE
AQUELES GRANDE VITÓRIA, SOB O COMANDO DE JOSUÉ, EM
CUMPRIMENTO
ÀS ORDENS DE MOISÉS E POR EFEITO DAS ORAÇÕES DESTE. CHEGAM
AO
MONTE SINAI.
109. Êxodo 17. A fama dos hebreus, que se espalhava por toda
parte, lançou o temor no espírito dos povos vizinhos, os quais, de comum
acordo, deliberaram expulsá-los e até, se possível, exterminá-los
completamente. Sendo os amalequitas, que estavam em Edom e na cidade de Petra,
sob o governo de diversos reis, os mais valentes e também os mais animados para
essa guerra, enviaram embaixadores às nações mais próximas, pedindo que também
nela tomassem parte. Advertiram-nos de que, embora aqueles estrangeiros que se
aproximavam de seu país em tão grande número fossem fugitivos, evadidos do Egito
para livrar-se da escravidão, não deviam ser menosprezados: era preciso
atacá-los antes que se fortalecessem mais e, tomados de orgulho por terem sido
deixados tranqüilos, primeiro lhes declarassem guerra. A prudência exigia que
logo se fizesse oposição a esse poder nascente e que fossem esses inimigos
atacados no deserto, antes que se tornassem temíveis pela conquista de riqueza
e de poderosas cidades, pois é mais fácil evitar o perigo por sábia previdência
que escapar dele depois haver caído. Essas razões os convenceram, e resolveram,
de comum acordo, marchar contra os israelitas.
Moisés, que jamais imaginava ter de se empenhar numa guerra,
vendo os hebreus espantados com tão imprevisto perigo, pela necessidade de
combater inimigos tão aguerridos e providos de todos os recursos necessários,
dos quais o seu povo estava destituído, exortou-os a confiar em Deus, pois era
por ordem e com o auxílio dEle que haviam preferido a liberdade à escravidão e
vencido tudo o que se opusera à sua retirada.
Aconselhou-os a pensar apenas em vencer, sem imaginar que a
abundância que tinham os inimigos de todas as coisas necessárias para a guerra
significasse alguma vantagem, pois, tendo Deus do seu lado, não poderiam
duvidar de que sobrepujariam os adversários em tudo, depois de terem
experimentado a força invencível do auxílio divino em ocasiões mais perigosas
que a mesma guerra, pois na guerra o combate é contra homens. Deviam lembrar
que, estando cercados pelo mar e por montanhas, às vezes prestes a morrer de
fome e de sede, Deus lhes abrira caminho através das águas e os livrara por
vários milagres dos extremos com que se depararam. Por fim, acrescentou que
deviam combater corajosamente, pois se vencessem encontrar-se-iam em feliz
abundância de todas as espécies de bens.
Depois de animá-los com essas palavras, reuniu os chefes e
os principais dos israelitas e falou-lhes ainda em geral e em particular,
recomendando aos moços que obedecessem aos mais velhos e a estes que
executassem rigorosamente as ordens do general. Assim, havendo esse admirável
guia do povo de Deus animado o povo com a esperança de um feliz êxito e de que
aquele combate poria termo a todos os seus dissabores, eles conceberam tal
desejo de lutar que pediram para ser levados logo ao campo de batalha a fim de
atacarem os inimigos, de modo que o seu ardor não esfriasse pela demora, o que
só lhes seria prejudicial.
Ele escolheu, de toda aquela multidão, os que julgou mais
capazes para o combate e deu-lhes Josué por general. Este era filho de Num, da
tribo de Efraim, homem de grande mérito, pois era não menos judicioso que
valente, eloqüente e infatigável no trabalho. A piedade na qual Moisés o havia
educado fazia-o distinguir-se dos demais. Moisés ordenou em seguida que algumas
tropas guardassem os lugares de onde tiravam água, para impedir que os inimigos
deles se apoderassem, e deixou outros em maior número para a guarda do
acampamento, das mulheres e das crianças, bem como da bagagem.
Depois de haver assim disposto todas as coisas, os
israelitas passaram a noite toda em armas, esperando apenas o sinal combinado
com o seu general e a ordem do oficial para atacar os inimigos. Moisés também
passou a noite inteira acordado, instruindo Josué sobre o que fazer naquela
jornada. Quando raiou o dia, exortou-o a esforçar-se para corresponder por meio
de suas ações à esperança que se depositava nele e a conquistar por feliz êxito
a estima dos soldados. Falou também em particular aos principais chefes e em
geral a todo o exército, instigando-os a bem cumprirem cada um o seu dever.
Depois de dar-lhes todas essas ordens, recomendou-os a Deus e ao comando de
Josué e retirou-se para o monte.
Logo depois, os dois exércitos chocaram-se com extremo ardor
de parte a parte, e, como os chefes tudo haviam feito para animá-los, o combate
foi muito acirrado. Moisés, por sua vez, combatia com orações. Notando que
quando as suas mãos estavam erguidas para o céu os seus levavam a melhor e
quando, ao invés, o cansaço o obrigava a baixá-las os amalequitas levavam
vantagem, rogou a Arão, seu irmão, que sustentasse um de seus braços e a Hur,
seu cunhado, que desposara Miriã, sua irmã, que sustentasse o outro. Assim, os
israelitas foram plenamente vitoriosos. E não teria ficado um só dentre os
amalequitas se a noite, que sobreveio, não tivesse dado a uma parte destes
ocasião de se salvarem no meio das trevas.
Nossos antepassados jamais conquistaram vitória mais célebre
ou mais vantajosa, pois, além da glória de terem vencido tão poderosos inimigos
e lançado o terror no coração de todos os povos vizinhos, aos quais depois
foram sempre temíveis, tornaram-se senhores do acampamento dos amalequitas e
conquistaram, tanto em geral como em particular, tão ricos despojos que
passaram da penúria em que se encontravam, com carência de todas as coisas, à
extrema abundância. Isso porque obtiveram grande quantidade de ouro e prata,
vasos de cobre próprios para vários usos, armas — com todos os pertences de que
era costume usar na guerra, tanto para ornamento quanto para combate ----,
cavalos e todas as, coisas de qije os «xércttos precisam.
110. Eis qual foi o
fim desse combate: ele exaltou de tal modo o ânimo dos israelitas que eles
julgaram que, para o futuro, tudo lhes seria possível. No dia seguinte, Moisés
ordenou que despojassem os mortos e reunissem as armas daqueles que haviam
fugido. Em seguida, distribuiu recompensas aos que se haviam distinguido em tão
grande feito e louvou publicamente o valor e o procedimento de Josué, ao qual
todo o exército prestou ao mesmo tempo, por meios de aclamações, glorioso testemunho
à sua virtude. Porém o mais extraordinário nessa grande vitória foi o fato de
não custar a vida a um só israelita, embora a carnificina entre os inimigos
fosse notável, de modo que não se podiam contar os mortos.
Moisés levantou um altar com esta inscrição: "AO DEUS
VENCEDOR". Ofereceu sobre ele vários sacrifícios e predisse que a nação
dos amalequitas seria inteiramente destruída, pois, ainda que os hebreus jamais
os tivessem ofendido, eles haviam sido muito injustos e desumanos, atacando os
israelitas no deserto, onde estes sofriam com a falta de tudo. Dedicou a seguir
um banquete a Josué, para testemunhar a alegria que estava sentindo pela
vitória que este obtivera. Todo o acampamento ressoava, ao mesmo tempo, com
cânticos em louvor a Deus, e alguns dias se passaram assim, em festas e
regozijo.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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