História De Israel – Teologia 31.25
CAPÍTULO 6
OS EGÍPCIOS PERSEGUEM OS ISRAELITAS COM UM NUMEROSO EXÉRCITO
E
OS ALCANÇAM ÀS MARGENS DO MAR VERMELHO. MOISÉS IMPLORA,
NESSE PERIGO, O AUXÍLIO DE DEUS.
96. Êxodo 12. Os israelitas saíram do Egito no mês xântico,
ou nisã, a dias quinze da lua, quatrocentos e trinta anos após Abraão, nosso
pai, ter vindo à terra de Canaã e duzentos e quinze anos* depois que Jacó ter
chegado ao Egito. Moisés tinha então oitenta anos, e Arão, seu irmão, oitenta e
três. Eles levaram consigo os ossos de José, como este havia determinado.
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* O artigo 85 diz quatrocentos anos.
97. Êxodo 14. Nem bem haviam saído os hebreus, os egípcios
arrependeram-se de os ter deixado partir. O rei ficou mais arrependido que
todos os outros, porque considerava Moisés um mago e estava certo de que todas
as pragas que o Egito sofrerá eram efeitos de sua magia. Por isso ordenou que
se tomassem as armas, para persegui-los e obrigá-los a voltar, se ainda fosse
possível alcançá-los. Agia assim porque pensava não estar com isso se opondo à
vontade de Deus, pois eles se haviam retirado sob a licença que ele mesmo
concedera. Imaginava ainda que não teria dificuldades para vencer homens
cansados e desarmados.
Assim, os egípcios os perseguiram, passando por caminhos
difíceis e ásperos, que Moisés escolhera de propósito, tanto para fazê-los
sofrer o castigo pela violação da palavra, se se arrependessem de os ter
deixado partir e os perseguissem, quanto para impedir que os filisteus, vizinhos
dos egípcios e inimigos dos hebreus, fossem avisados de sua saída. Quis também
deixar o caminho comum que leva à Palestina e tomar o do deserto, embora mais
difícil, para ir oferecer sacrifício a Deus sobre o monte Sinai, segundo a
ordem que dEle havia recebido, e então tomar posse da terra de Canaã.
98. Ao chegar às margens do mar Vermelho, os hebreus
viram-se rodeados de todos os lados pelo exército dos egípcios, composto de
seiscentos carros de guerra, cinqüenta mil cavaleiros e duzentos mil homens de
infantaria bem armados, não lhes sendo possível escapar, porque o mar os
cercava de um lado e uma montanha inacessível, com rochedos que se estendiam
pela praia, de outro. Eles tampouco podiam combater, porque não tinham armas,
nem resistir a um cerco, porque haviam consumido todos os víveres. Assim, nada
mais lhes restava para salvar a vida senão entregar-se nas mãos dos inimigos.
Esse tão grave perigo fê-los esquecer os muitos prodígios
que Deus fizera para colocá-los em liberdade. Acusaram Moisés pela sua
infelicidade, e a sua incredulidade cresceu tanto que, quando ele os quis
certificar da proteção de Deus, tentaram apedrejá-lo e voltar voluntariamente à
antiga escravidão. Isso porque, além da própria incerteza, os homens estavam
atônitos com os gritos e lágrimas de suas mulheres e filhos, e a dor de se
encontrar em tal extremo levava-os ao desespero.
99. Moisés, sem se
admirar de ver a grande multidão acirrada contra ele, permaneceu firme no
propósito de levar a cabo a sua incumbência. Não podia conceber que Deus, após
ter realizado tantos milagres para lhes dar a liberdade, fosse permitir que
morressem ou que voltassem a cair nas mãos dos inimigos. E, para dar-lhes
coragem e despertar neles as esperanças, assim falou: "Embora seja a um
homem que deveis o favor de vos ter conduzido até aqui de maneira tão
admirável, poderíeis duvidar da continuação do seu auxílio? Se o mesmo Deus
quis ser o vosso guia, é loucura não quererdes confiar na sua proteção para o
futuro depois de terdes visto a realização das promessas que vos fiz de sua
parte, quando mesmo não teríeis ousado esperá-lo. Acaso não é nos maiores
perigos que se faz necessário confiar no seu auxílio? Ele permitiu, sem dúvida,
que vos encontrásseis reduzidos a este estado, a fim de que, julgando-vos
perdidos, os inimigos se convençam de que não podereis escapar. Assim, o,
auxílio que Ele vos der fará conhecer a todos não somente o seu poder, ao qual
nada resiste, mas também o afeto que vos dedica. Pois é principalmente nessas
ocasiões que se compraz em fazer ver que combate por aqueles que esperam
somente nEle. Deixai, portanto, as dúvidas e hesitações, pois Ele quer ser o
vosso defensor e pode tornar grande o que é pequeno e fortificar o que é fraco.
Que esse formidável exército, por maior que seja, não vos espante, e, embora
rodeados de um lado por montanhas e de outro pelo mar, não deveis perder a
coragem, pois Deus pode, quando lhe aprouver, secar o mar e abaixar as
montanhas".
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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