História De Israel – Teologia 31.40
Livro Quarto
CAPÍTULO 1
MURMURAÇÃO DOS ISRAELITAS CONTRA MOISÉS. ELES ATACAM OS
CANANEUS SEM SUA ORDEM E SEM TER CONSULTADO A DEUS. SÃO
POSTOS
EM FUGA, COM GRANDES PERDAS. RECOMEÇAM A MURMURAR.
151. Números 14. Por maiores que fossem as penas sofridas
pelos israelitas no deserto, nada os afligia mais que o fato de Deus não lhes
permitir guerrear contra os cananeus. Eles não queriam obedecer às ordens de
Moisés, que lhes havia mandado ficar em descanso, e, convencidos de não terem
necessidade do auxílio dele para vencer os inimigos, acusavam-no de querer
deixá-los sempre naquela miséria, a fim de que não pudessem passar sem ele.
Assim, resolveram empreender essa guerra, na certeza de que
não era em consideração a Moisés que Deus os favorecia, mas porque Ele se havia
declarado protetor deles, como o fora de seus antepassados; que Ele, depois de
os haver libertado da servidão, por causa da virtude deles, lhes daria a
vitória se combatessem valentemente; que eram bastante fortes por si mesmos
para vencer os inimigos, embora Moisés estivesse tentando impedir que Deus lhes
fosse favorável; que lhes seria mais vantajoso governar-se por seu próprio
conselho que obedecer cegamente a Moisés, como a um tirano, depois de sacudido
o jugo dos egípcios; que já havia muito tempo se deixavam enganar por seus
artifícios, quando ele se vangloriava de ter colóquios com Deus e de ser por
Ele instruído em todas as coisas, como se ele, por uma graça particular, fosse
o único a conhecer o futuro ou se eles não pertencessem também à raça de
Abraão; que a prudência os obrigava a desprezar o orgulho de um homem e a
confiar somente em Deus para conquistar um país do qual Ele lhes havia
prometido a posse; e que, enfim, não deviam deixar-se mais iludir por Moisés
sob o pretexto das ordens que ele fingia dar-lhes da parte de Deus.
Todas essas considerações, unidas à extrema necessidade em
que se encontravam naqueles lugares desertos e estéreis, fê-los tomar essa
deliberação, e marcharam contra os cananeus. E aquele povo, sem se admirar de
vê-los aproximar-se tão audaciosamente e em tão grande número, recebeu-os com
tanta violência que mataram muitos ali mesmo e puseram os outros em fuga,
perseguindo-os até o acampamento. Essa perda afligiu tanto os israelitas que,
após se terem vangloriado com a esperança de um feliz resultado, constataram
que Deus estava irritado, porque, sem esperar ordem dEle, se haviam aventurado
à guerra, e agora tinham motivo de temer ainda mais o futuro.
152. Moisés, vendo-os tão abatidos e temendo que os
inimigos, orgulhosos pela vitória, a quisessem levar mais além, conduziu o
exército para o deserto, depois que todos lhe prometeram obediência, que nada
mais fariam sem o seu conselho e só atacariam os cananeus depois de receber
ordens de Deus. Porém, como os grandes exércitos obedecem com dificuldade aos
seus chefes, principalmente quando sofrem muito, os israelitas, cujo número era
de seiscentos mil combatentes e que mesmo na prosperidade eram muito indóceis,
oprimidos por tantas dificuldades, recomeçaram a murmurar contra Moisés e
voltaram toda a sua cólera contra ele.
Essa sedição progrediu tanto que não conhecemos outra
semelhante, seja entre os gregos, seja mesmo entre os bárbaros, e teria causado
a ruína inteira do povo se Moisés, sem considerar a ingratidão que
demonstravam, querendo apedrejá-lo, não os tivesse livrado do perigo por um ato
extraordinário de sua bondade. Eles estavam não somente ultrajando o seu
legislador, mas ao próprio Deus, desprezando os mandamentos que Ele lhes havia
preparado. Vou dizer-lhes qual foi a causa dessa sedição e do proceder de
Moisés, depois de a ter debelado.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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