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2 de maio de 2017

Hermenêutica - Teologia 29.34 - Interpretação Gramatical e Histórica

Hermenêutica - Teologia 29.34
 
d. Interpretação Gramatical e Histórica

Por outro lado, reconhecendo a natureza histórica das Escrituras, os reformadores defendiam a sua interpretação literal, enfatizando também a importância da gramática e da história na compreensão da sua mensagem.

Melanchton foi um dos responsáveis pela ênfase reformada na exegese gramatical. Em um discurso proferido em 1518 em Wittenberg, ele exortou seus ouvintes a recorrerem às Escrituras nas línguas originais, onde encontrariam Cristo, livre das discordâncias dos teólogos latinos. Lutero ficou tão impressionado com o que ouviu, que passou a assistir às aulas de grego de Melanchton, dedicando-se com afinco ao estudo do grego. (Nota 33)

Mas foi Calvino, sem dúvida, quem melhor praticou a exegese gramatical e histórica. Ele tem sido considerado por muitos o maior intérprete da Reforma e um dos maiores de todas as épocas. A profundidade, lucidez e erudição dos seus comentários, que abrangem praticamente todos os livros da Bíblia, (Nota 34) continuam a ser admirados e considerados atuais e raramente igualados. (Nota 35) E não se pense que essa é a opinião apenas dos calvinistas (um compreensível exagero presbiteriano deste autor). Mesmo Jacobus Arminius (1560-1609), um dos mais conhecidos opositores das doutrinas de Calvino, reconhecia a excelência dos comentários dele, e chegou a recomendá-los como incomparáveis. Eis suas palavras:

Depois da leitura das Escrituras..., e mais do que qualquer outra coisa,... eu recomendo a leitura dos Comentários de Calvino... Pois afirmo que na interpretação das Escrituras Calvino é incomparável, e que seus Comentários são mais valiosos do que qualquer coisa que nos tenha sido legada nos escritos dos pais — tanto assim que atribuo a ele um certo espírito de profecia no qual ele se encontra em uma posição distinta acima de outros, acima da maioria, na verdade, acima de todos. (Nota 36) e. Desenvolvimento do Método Gramático Histórico

Estes e outros princípios de interpretação praticados pelos reformadores (Lutero, Calvino e demais reformadores alemães, suíços, franceses e ingleses) viriam a ser desenvolvidos e adotados pelo protestantismo ortodoxo em geral desde então, (Nota 37) e se tornaram conhecidos pelo nome de método gramático-histórico de interpretação bíblica.

Foi este o método empregado pelos puritanos no séc. XVII;38 pelos líderes evangélicos do século XVIII na Europa e América do Norte (tais como George Whitefield e Jonathan Edwards); pelo anglicano J. C. Ryle, pelo batista Charles Spurgeon na Inglaterra e pelos presbiterianos Charles e Alexander Hodge no Seminário de Princeton nos EUA, no século passado; e pelos intérpretes e pregadores protestantes (luteranos, anglicanos, presbiterianos e batistas) ortodoxos deste século.

Os manuais de hermenêutica de Davidson, Patrick, Imer, Terry, Berkhof, Berkeley,
Mickelsen e Ramm pertencem todos a essa escola de interpretação bíblica, bem como os comentários bíblicos de Keil e Delitzsch, Meyer, Matthew Henry, Lange, Alford, Ellicot, Lightfoot, Hodge, Broadus e muitos outros.

O método gramático-histórico de interpretação bíblica desenvolvido pela corrente
reformada é, de fato, a hermenêutica honrada pelo tempo. É um método coerente com a natureza das Escrituras; fundamenta-se em pressuposições teológicas bíblicas; e emprega princípios gerais adequados e métodos lingüísticos e históricos extremamente frutíferos.


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