História Da Igreja - Teologia
30.26
Cristianismo Histórico Estendeu Suas Fronteiras
Já explicamos que o Cristianismo
Histórico apresentava um ensino simples sobre a condição do homem sem Deus, e a
solução provida na obra salvadora de
Jesus, era essa a única ênfase, nada
havia de interpretação especulativa. Como resultado desse ensino simples,
humilde e singelo o Cristianismo Histórico estendeu suas fronteiras e chegou a
predominar no Império Romano.
Porém, e isto é lamentável, e também
um tremendo ensinamento para nossos dias, algumas igrejas começaram a sofrer
neste período, depois da morte dos apóstolos, depois do segundo século, a
influência de tendências para o sacramentalismo com reuniões cheias de
programações, cerimônias e paramentos, dando demasiada importância ao batismo,
ao ascetismo, obras externas como atributos de salvação e a perda da visão da
Justificação pela Fé. Por exemplo:
A celebração da missa é mais uma
encenação que um culto cristão, veja como Martinho Cochêm descreve o cerimonial
no livro: Explicação da Missa, página
40 – “O sacerdote durante uma só
missa benze‐se 16 vezes, volta‐se para o povo outras 16 vezes, beija o altar 8
vezes, levanta os olhos 11 vezes, 10 bate
no peito, ajoelha‐se outras 10 vezes
e junta as mãos 54 vezes. Faz 21 inclinações com a cabeça e 7 vezes com os
ombros, inclina‐se 8 vezes e beja a oferta
36 vezes! Põe as mãos sobre o peito
11 vezes e oito vezes olha para o céu, faz 11 rezas em voz baixa e 13 em voz
alta, descobre o Cálix e o cobre novamente 5 vezes e muda de lugar 20 vezes!”.
Veja como o desvio da fé se iniciou
quando movimentos de cenário começaram a substituir as singelas reuniões de
ensino da Palavra. A fé se perdeu quando
o culto era uma programação para
entreter as pessoas e não para ensinar as pessoas.
Tudo isso começou a enfraquecer a fé
e a vitalidade inicial, aquilo que no Apocalipse é chamado de “primeiro amor”
(Apocalipse 2:4). O “primeiro amor” era
a fé cristã como aceitação da graça
de Deus.
Devemos notar com cuidado que esta
religião especulativa e cheia de cerimônias tomou corpo, muito mais quando sua
Sede se estabeleceu em Roma, em
contradição com
a Sede de
Jerusalém. Sabemos pela
leitura atenta de
Atos, que as
Igrejas de Cristo,
em seus primórdios
tinham como organização centralizada a cidade de
Jerusalém, é importante notar que o relato de Atos 8:1 explica assim: “e fez‐se
naquele dia uma grande perseguição contra a igreja
que estava em Jerusalém; e todos
foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os
apóstolos”. Os apóstolos deveriam permanecer em
Jerusalém, apesar da grande
perseguição, pois Jerusalém era a Sede da organização e ali deveria permanecer
a liderança. Durante o primeiro século, enquanto os apóstolos estavam ainda
vivos a hierarquia da Igreja de Cristo repousava sobre uma liderança tríplice,
veja com atenção Gálatas 2:9 – “E
conhecendo Tiago, Cefas e João, que
eram considerados como as colunas...”. Note‐se com atenção que quem está
fazendo este reconhecimento é Paulo,
ele que muito bem poderia querer,
dada a sua importância, estabelecer um ministério individual. Mas, pelo
contrário notamos que ele se reportou à liderança de Jerusalém para dar o seu
relatório e solucionar o problema criado com o ensino da Justificação pela Fé
aos gentios (Atos 15 – todo o capítulo).
Sim! No ano 49 d.C., foi preciso que
eles se reunissem em Jerusalém para resolver questões que afetavam os cristãos em geral. O relato de Atos
nos diz que,
depois duma consideração aberta,
“então pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos (Presbíteros), com toda a
igreja, eleger homens dentre eles e enviá‐los
com
Paulo e Barnabé
a Antioquia, a
saber Judas, chamado
Barsabás, e Silas,
homens distintos entre
os irmãos”. A
Igreja aqui mencionada
é o reconhecimento que havia uma
única Igreja, cuja sede estava em Jerusalém. Nesta reunião notamos também que quem
falou foi Pedro (Atos 15:7), que como vimos formava parte da liderança
tríplice, assim como também quem falou dando sua opinião foi Tiago (Atos
15:13), um dos outros apóstolos da diretoria geral. Após a resolução, a Bíblia
relata que essa resolução deveria ser aceita por todas as igrejas locais que
estavam sob a jurisdição de Jerusalém
(Atos 15:23; 16:4). Evidentemente os
três apóstolos serviam como órgão diretor para as congregações dispersas das
Igrejas de Cristo (Romanos 16:16). Então,
visto que aquela tríplice liderança
em Jerusalém era o modelo cristão primitivo para a supervisão geral sobre todos
os discípulos. Se a Igreja desejar seguir o padrão e modelo original, ele é
indicado com clareza nas páginas do Novo Testamento. A Igreja não pode se
perder na busca de outros modelos a não ser aquele que Jesus estabeleceu para
sua Igreja. Desde que a Igreja estava em formação, enquanto Jesus ainda estava
com seus discípulos já tinha estabelecido
essa hierarquia (Veja com atenção
Mateus 17:1; Mateus 26:37 e Marcos 5:37).
Devemos ainda destacar que depois que
os perguntaram ao Salvador: “... Dize‐nos, quando serão essas coisas, e que
sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” Mateus 24:3. Como resposta a essa
pergunta, o primeiro que Jesus lhes disse foi: “Acautelai‐vos que ninguém vos
engane” Mateus 24:4 – E a continuação lhes explica que o engano consistiria num
engano religioso; assim, o sinal era caracterizado pelo maior engano que o
mundo já viu! Portanto, o engano religioso seria o primeiro e mais importante
sinal para indicar as cousas que aconteceriam após a morte dos apóstolos. As
conseqüências de ser enganados pela falsa religião são muito piores do que ser
vítimas da fome, enfermidade ou guerra. A conseqüências são de valor eterno.
Jesus advertiu dizendo que seriam enganados “se for possível” até os
escolhidos, os próprios eleitos (Mateus 24:24).
De acordo com o Livro de Apocalipse
essa falsa religião, o grande engano, teria muita autoridade e uma adoração
mundial ou universal (“Deu‐se‐lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo,
língua e nação; e adorá‐la‐ão todos os que habitam sobre a terra” Apocalipse
13:7‐8).
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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