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12 de agosto de 2019

Homilética - Teologia 33.30 A APLICAÇÃO DO TEXTO DO SERMÃO


 
Homilética - Teologia 33.30

A APLICAÇÃO DO TEXTO DO SERMÃO

A meditação e a aplicação estão nitidamente relacionadas. O que nós aprendemos e reconhecemos na meditação bíblica, na presença de Cristo, transmitimos ao ouvinte por meio da aplicação. É exatamente esta a tarefa do pregador: pregar o evangelho de tal modo que fale às situações cotidianas do ouvinte. Não seria justo deixar a aplicação com o ouvinte. Ele precisa ser desafiado e estimulado pelo sermão. É evidente que o ouvinte não é desafiado por causa de nossa retórica polida, experiência marcante ou aplicação perfeita, mas ele honra a ação objetiva do Espírito Santo em convencer do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.7ss.).
Jesus não apenas pregou a mensagem do reino de Deus, mas fez também aplicações pessoais, confrontando o ouvinte de Sua Palavra com uma decisão a ser tomada (Mt 4.17; 11.28-30; 18.15ss.; 19.16; Lc 10.25ss.).
Os santos apóstolos também não se deram por satisfeitos com a mera entrega do sermão. Eles aplicaram o ensino às necessidades do povo, desafiando o ouvinte a tomar uma decisão (At 2.23, 37ss.; Rm 12-14; 1 Co 5.6, 8, 11).
Não existe um esquema definido e fechado para a aplicação das verdades bíblicas na prédica. Antes de pensarmos na execução ou nas necessidades do povo moderno, precisamos refletir sobre as circunstâncias e situações em que o texto a ser estudado surgiu, porque nelas ele geralmente fornece uma aplicação direta ou indireta. Em seguida, fazemos a aplicação pessoal do texto bíblico, para só depois considerarmos as necessidades de nossos ouvintes.
*Veja o gráfico na edição impressa (pg. 82)
Uma aplicação direta é possível em textos bíblicos que oferecem a salvação, chamam para seguir a Cristo, convidam para crer e obedecer, requerem fidelidade para com Deus ou amor pelo próximo. Encontramos aplicações indiretas em textos que se dirigem a situações específicas e circunstâncias historicamente bem definidas (Gn 12.1ss.; 22.1ss.; Lc 18.18ss.; Mt 5.29s., 39-41; Cl 3.5; 1 Co 11.5).
Vale a pena refletir sobre as necessidades de quem recebe nosso sermão. Liefeld menciona algumas situações concretas que existem em qualquer comunidade:
- Necessidades pessoais (ansiedade, solidão, tristeza, depressão, vazio espiritual, carência de orientação etc.).
- Problemas coletivos (preocupações financeiras, desânimo, conflitos, falta de entusiasmo na igreja, abalo por causa de uma morte recente na comunidade, apreensão diante de um programa de construção etc.).
- Situações sociais ou éticas momentâneas (entre os cristãos ou na sociedade).
- Crises públicas (eleições, atentados, problemas internacionais, desastres etc.).
- Marcos espirituais na vida da igreja.
- Situação espiritual de grupos especiais (crentes novos, anciãos, jovens, aqueles em crise de meia-idade, solteiros, casados, divorciados etc.).
- Carência de edificação e instrução normal. ENT, p. 98.
Quanto à forma específica da aplicação do sermão, mencionaremos brevemente os quatro aspectos essenciais:
A aplicação deve ser textual. Com isso queremos dizer que a boa aplicação surge do texto principal, que é a base de nossa prédica. Se a aplicação não tem nada a ver com o texto bíblico, então não pregamos mais a Palavra de Deus; pregamos apenas nossas experiências subjetivas. A boa aplicação encontra suas raízes no próprio texto bíblico que estamos expondo.
A aplicação deve ser objetiva. Nunca deve ser legalista, mas diretiva; não subjetiva, mas objetiva. O objetivo principal da aplicação é a transparência, a compreensão do texto bíblico. Uma aplicação complexa, muito detalhada e desordenada apenas confunde o ouvinte. A boa aplicação mostra seu objetivo e o modo como o ouvinte pode alcançá-lo. Não adianta enfatizar que o pecador precisa se converter sem mostrar como pode fazê-lo. Não adianta convidar o ouvinte a ter uma vida de consagração sem mostrar, ao mesmo tempo, como vencer os obstáculos para gozar uma vida consagrada e também os meios de consagração: oração, leitura da Bíblia, dedicação, obediência e comunhão.
É melhor fazer poucas aplicações numa mensagem, sendo estas bem definidas, práticas e convincentes, para não deixar nenhuma sombra de dúvida, do que fazer dez ou mais aplicações.
A aplicação deve ser pessoal. Em todas as pregações, o indivíduo merece atenção específica. Isto se torna mais óbvio na aplicação. Nela, dirigimo-nos aos indivíduos, com suas necessidades e seus problemas. A comunidade dos ouvintes é composta de indivíduos: jovens e velhos, homens e mulheres, cristãos maduros e recém-convertidos, aflitos e consolados, perplexos e seguros, esperançosos e desolados, deprimidos e alegres, pobres e ricos, necessitados e satisfeitos.
A questão principal é: como posso aplicar a Palavra de Deus à necessidade de cada um de meus ouvintes? Será impossível atender satisfatoriamente às necessidades de todos. Mas é possível dirigirmo-nos a alguns. Por isso, a aplicação da prédica deve ser pessoal e individual.

A aplicação deve ser pastoral. As aplicações sempre são pastorais, seja a prédica evangelística, missionária, diaconal, didática, temática, expositiva ou exortativa. Na aplicação, deve-se fazer sentir a preocupação pastoral do pregador, o amor do pastor pelas ovelhas. O verdadeiro pastor não critica, mas ama suas ovelhas; não arma carapuças, mas orienta; não desabafa, mas direciona.
Os apóstolos Paulo e João cuidaram de seus filhos na fé como verdadeiros pais (Fp 2.22; 1 Ts 2.11; 1 Jo 2.1, 12, 14, 18, 28; 3.7, 18; 4.4; 5.21).


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