
Homilética - Teologia 33.19
A metodologia da exegese
histórico-cultural segue os seguintes passos:
a. Esclarecemos o pano de
fundo histórico (e. g., de uma carta neotestamentária ou de um livro profético
do Antigo Testamento).
b. Traçamos as conexões
históricas será que o texto relaciona-se com acontecimentos anteriores?
c. Definimos o lugar e a
época do fato.
d. Explicamos as tradições
e os costumes (e. g., Mt 3.12; Ap 19.15).
e. Observamos a situação
geográfica (e. g., Mc 5.20).
Alguns exemplos
a. Atos 17.18 fala dos
epicureus e estóicos. Analise as filosofias dos epicureus e estóicos, com o
auxílio das seguintes obras:D. S. Boyer, Pequena Enciclopédia Bíblica, São
Paulo, 1975, pp. 278-279. NDB, vol. 1, pp. 505-506, 555. BVN, nota de rodapé em
At 17.18, p. 165.
b. João 7.37 fala da festa
dos tabernáculos. Pesquise essa festa através dos versículos bíblicos
paralelos, da chave bíblica, do rodapé da BVN, do NDB, da PEB e de outros
comentários.
A exegese
teológico-pneumatológica. Além das exegeses lingüístico-gramatical e
histórico-cultural, devemos familiarizar-nos também com a
exegese-teológico-pneumatológica.
A tarefa da exegese
teológico-pneumatológica é analisar os termos do texto da maneira teológica,
bíblica, espiritual e doutrinária.
As perguntas-chave na
exegese teológico-pneumatológica são:
a. Qual o ensino ou
mensagem desta frase ou versículo?
b. Quais são as
referências bíblicas que apóiam ou confirmam este ensino ou princípio?
c. Quais as afirmações
bíblicas que explicam melhor o significado deste ensino?
d. O que Deus deseja
expressar aqui?
Na exegese
teológico-pneumatológica, o exegeta depende da operação e direção do Espírito
Santo. A mensagem é descoberta pelo Espírito Santo, que nos ilumina (1 Co
2.12-13).
A metodologia usada pela
exegese teológico-pneumatológica é a seguinte:
a. Esclarecemos os termos
principais em relação ao testemunho inteiro das Escrituras.
b. Determinamos o cerne do
versículo.
c. Observamos o indicativo
da atuação divina.
d. Correlacionamos o texto
com a mensagem cristológica (o Cristo prometido, encarnado, crucificado, morto,
ressurreto, glorificado, exaltado, presente, que vem outra vez, consumador,
rei, sacerdote, profeta).
e. Definimos a finalidade
prática do versículo.
Alguns exemplos:
a. 2 Coríntios 5.21 termos
principais: pecado, fazer pecado, justiça de Deus;
b. 1 João 4.9 termos
principais: manifestou, amor de Deus, Filho unigênito, mundo, viver;
c. Jeremias 17.7 termos
principais: Senhor, confiar, esperança, bendito;
d. Filipenses 4.4ss. o
cerne é perto está o Senhor;
e. Lucas 18.9-14 o cerne é
este desceu justificado para sua casa;
f. João 2.1ss. o cerne é
ele... manifestou a sua glória;
g. Colossenses 3.12ss.
quais são as afirmações indicativas da atuação divina?;
h. Filipenses 2.6-11 quais
são as afirmações cristológicas?;
Lucas 11.5ss.; 18.1ss.; 1
Tm 2.1ss.; Mt 18.19ss. qual a finalidade destes versículos?
A exegese auxiliar. Sua
tarefa é utilizar ferramentas secundárias, além da Bíblia, para aprofundar a
compreensão de um versículo bíblico. Tais ferramentas são: versículos
paralelos, chaves bíblicas, concordâncias, Bíblia Vida Nova, dicionários,
comentários e um atlas bíblico, entre outras.
Nesta seção, aprenderemos,
de maneira prática, a usar as ferramentas secundárias na exegese.
Quase todas as versões
modernas da Bíblia portuguesa contêm, além do texto tra-duzido dos manuscritos
antigos, a divisão em capítulos e versículos, títulos em le-tras itálicas e uma
indicação simplificada de versículos paralelos. Na ARA, na ARC e na EIBB, os
versículos paralelos encontram-se no rodapé de cada página (no ca-so da ARC e
EIBB, de forma bem marcada, através de um linha divisória no texto).
Os versículos paralelos
abordam os mesmos assuntos, referem-se às mesmas palavras-chave, usam passagens
correlatas (profecia e cumprimento), explicam ou apresentam em sinônimos a mesma
idéia. A finalidade dos versículos paralelos é fornecer ao leitor bíblico uma
pequena chave bíblica móvel.
Há, porém, dois tipos de
paralelismo: o paralelismo de palavras e o paralelismo de assuntos ou tópicos.
No paralelismo de palavras, estas são idênticas, seja literalmente ou no
sentido, enquanto, no paralelismo de assuntos, as palavras contêm apenas o
mesmo tópico ou idéia, sem usar termos iguais.
Exemplo de paralelismo de
palavras:
Tendo passado por Anfípolis e Apolônia, chegaram a Tessalônica, onde
havia uma sinagoga de judeus (At 17.1).
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Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessa-lonicenses
|
Porque até para Tessalônica mandastes não somente uma vez, mas
duas, o bastante para as minhas necessidades (Fp 4.16).
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Exemplo de paralelismo de
assuntos, idéias ou tópicos:
Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me
foi dada no céu e na terra (Mt 28.19).
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Tem no seu manto, e na sua coxa, um nome inscrito: Rei dos Reis
e Senhor dos Senhores (Ap 19.16).
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||
Tudo me foi entregue por meu pai (Mt 11.27a).
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... assim como lhe conferiste autoridade sobre toda carne, a fim
de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste (Jo 17.2).
|
Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu;
para ser Senhor, tanto de mortos como de vivos (Rm 14.9).
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E lhe deu autoridade para julgar, porque é o Filho do homem (Jo
5.27).
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E pôs todas as cousas debaixo dos seus pés e, para ser o cabeça
sobre todas as coisas... (Ef 1.22).
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O sétimo anjo tocou a trom-beta, e houve no céu grandes vozes,
dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele
reinará pelos séculos dos séculos (Ap 11.15).
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Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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Leitura
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