
Homilética - Teologia 33.05
O DESENVOLVIMENTO
HISTÓRICO DA HOMILÉTICA
O modelo predominante no
período profético era a palavra vinda diretamente do Senhor ("assim diz o
Senhor") que os profetas anunciavam e ilustravam em sua próprias vidas:
uma prostituta como esposa (Oséias); nomes dos filhos (Is 7.3, 8.3); cinto (Jr
13.1-11); o vaso do oleiro (Jr 18.1-17); a botija quebrada (Jr 19.1-15); a
morte da mulher de Ezequiel (Ez 24.15-27). Após o exílio, desenvolveu-se a
homilia primitiva, em que passagens das Escrituras Sagradas eram lidas em
público ou nas sinagogas (Ne 8.1-18).
Por volta de 500-300 a . C., os gregos Córax,
Sócrates, Platão e Aristóteles desenvolveram a retórica, aperfeiçoada pelos
romanos na forma da oratória (principalmente Cícero, em cerca de 106-43 a . C.). Jesus, no entanto,
pregou o evangelho do reino de Deus com simplicidade, utilizando principalmente
parábolas (Mt 13.34s.; Mc 4.10-12, 33, 34) e aplicando textos do Antigo
Testamento à Sua própria vida (Lc 4.16-22). Uma análise do livro de Atos revela
cinco elementos básicos comuns às mensagens apostólicas: o Messias prometido no
Antigo Testamento; a morte expiatória de Jesus Cristo; Sua ressurreição pelo
poder do Espírito Santo; a gloriosa volta de Cristo; e o apelo ao ouvinte para
que se arrependesse e cresse no evangelho.
A maioria dos cristãos
antigos, portanto, seguiu o exemplo da sinagoga, lendo e explicando de modo
simples e popular as Escrituras do Antigo Testamento e do Novo. Não se percebe
muito esforço em estruturar um esboço homilético ou um tema organizador. A
homilia cristã apenas (segue a ordem natural do texto da Escritura e visa
meramente ressaltar, mediante a elaboração e aplicação, as sucessivas partes da
passagem como esta se apresenta). C. W. Koller, Pregação Expositiva sem
Anotações (São Paulo: Mundo Cristão, 1984), p. 21.
As primeiras teorias
homiléticas encontram-se nos escritos de Crisóstomo (345-407 A . D.), o mais famoso
pregador da igreja primitiva. A primeira homilética foi escrita por Agostinho, em De Doctrina Christiana.
Agostinho dividiu-a em de inveniende (como chegar ao assunto) e de proferendo
(como explicar o assunto). Na prática, esta divisão sistemática corresponde hoje
às homiléticas material e formal.
A Idade Média não foi além
de Agostinho, mas produziu coletâneas famosas de sermões, atualmente publicadas
em forma de livros devocionais. (A homilética era quase a única forma de
oratória conhecida.) O maior pregador latino da Idade Média foi Bernardo de
Claraval (1090-1153). Graças a Carlos Magno (768-814), a pregação era feita na
língua do povo e não exclusivamente em latim.
A grande inovação da
Reforma Protestante foi tornar a Bíblia o centro da pregação. Os discursos
éticos e litúrgicos foram substituídos pela pregação evangélica das grandes
verdades bíblicas, versículo por versículo. Martinho Lutero e João Calvino
expuseram quase todos os livros da Bíblia em forma de comentários que, ainda
hoje, possuem vasta aceitação acadêmica e espiritual. Os líderes da Reforma
Protestante deram à pregação um novo conteúdo (a graça divina em Jesus Cristo ), um
novo fundamento (a Bíblia Sagrada) e um novo alvo - a fé viva.
Enquanto Lutero enfatizava
o conteúdo da pregação do evangelho (a justificação pela fé), Melanchthon
ressaltava o método e a forma da pregação. Como humanista convertido,
Melanchthon escreveu, em 1519,
a primeira retórica evangélica, seguida de duas
publicações homiléticas, em 1528 e 1535, respectivamente. Melanchthon sugeriu
enfatizar a unidade, um centro organizador, um pensamento principal (loci) para
o texto a ser pregado. A pregação evangélica deveria incluir: introdução, tema,
disposição, exposição do texto e conclusão.
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