História Do Cristianismo -
Teologia 32.296
RÚSSIA, FINLÂNDIA, ESTÔNIA,
LETÔNIA, LITUÂNIA.
Até o tempo da primeira Grande
Guerra, a Finlândia, a Estônia, a Letônia, e a Lituânia eram incluídas no
império da Rússia, sob a soberania do Tsar (Imperador).
A Rússia recebeu o cristianismo
de Constantinopla no décimo século, e adotou a forma grega ortodoxa para a sua
igreja. O Tsar levou o título de supremo cabeça da Igreja na Rússia. Até o
século XIX a Rússia tinha pouca luz evangélica, mas todos pertenciam
nominalmente à Igreja Ortodoxa. Os papas (como se chamam ali os sacerdotes)
eram quase tão ignorantes quanto o povo, e a superstição reinava em toda a
parte.
No princípio do século XIX, o
Tsar era Alexandre I. Durante a invasão de Napoleão (1812), à Rússia Alexandre
mostrou sua fé em Deus, e costumava assistir às reuniões de oração. Era um bom
cristão e desejava fazer bem ao seu povo, que era muito atrasado e ignorante,
mas as idéias conservadoras dos russos em geral impediram muito o progresso do
Evangelho. Membros da Sociedade dos Amigos (Quakers) visitaram a Rússia e foram
bem recebidos pelo Tsar, que sempre mostrou muita amizade a esta denominação.
Ele animou a leitura das Escrituras, e contou que isso lhe fora um grande
consolo durante suas dificuldades, mas somente leu a Bíblia pela primeira vez
quando tinha quase 40 anos de idade. O Imperador concedeu todas as facilidades
à Sociedade Bíblica Britânica para propagar a Palavra de Deus em seu vasto
domínio. A Sociedade, enviou um agente chamado Melville, que dedicou 60 anos
de sua vida a divulgação das Escrituras na Rússia.
Quando Alexandre morreu, em
1825, sucedeu-o seu irmão Nicolau I, que era reacionário, mas o filho deste,
Alexandre II quando se tornou Tsar, fez muitas reformas. Mais de 80% do povo
trabalhava no campo e eram "servos" ou escravos dos grandes
proprietários. O Imperador terminou esta servidão e proclamou a liberdade
pessoal para todos. Liberdade política, porém, não foi conhecida na Rússia, e
havia pouca liberdade religiosa, embora o espírito de liberalismo fosse sempre
crescente. Alexandre II foi assassinado em 1881, e seu filho Alexandre III
continuou suprimindo as liberdades, e perseguindo os dissidentes, como os
batistas, stundistas e judeus. Seu velho professor, chamado Pobedonostef, foi
feito Procurador do Santo Sínodo (o corpo governante da igreja russa) e era conhecido
como um grande perseguidor de todos os que não pertenciam à Igreja Ortodoxa.
Milhares deles foram enviados à Sibéria, onde morreram de frio ou de fome. Na
viagem para este exílio, foram levados na companhia dos piores criminosos,
com os braços e pés amarrados com pesadas correntes, e tratados com mais
brutalidade do que o gado. As prisões da Rússia eram notáveis pelas suas péssimas
condições. Muitos morreram de fome e pelas brutalidades infligidas.
No ano de 1866, Lord Radstock,
um nobre da Inglaterra, pregou na capital (então Petrogrado) e dirigiu estudos
bíblicos nas casas e palácios de vários nobres russos, e muitos deles, de
classe mais rica, foram convertidos. Um destes, o coronel Pasckov, depois da
sua conversão, viajava pela Rússia, pregando o Evangelho nas prisões, hospitais
e salões ou casas particulares, e empregou sua fortuna na distribuição de
bíblias e tratados. Foi, enfim, proibido de pregar, mas continuou este serviço
até que foi banido da Rússia pelo "Santo" Sínodo; sendo então muitas
das suas propriedades confiscadas. Alexandre III queria na Rússia uma língua
e uma igreja, e procurou impor esta política nas suas dependências
também, como a Finlândia. Seu filho Nicolau II, que foi feito Tsar em 1894,
era homem fraco e estava sob a influência dos seus tios; prometeu reformas, mas
não cumpriu sua palavra, pois em 1893 foi publicado um decreto mandando que os
filhos dos stundistas fossem tirados dos pais e criados por pessoas
pertencentes à Igreja Ortodoxa. Havia perseguições aos judeus e muito deles foram
mortos.
0 espírito de liberalismo
crescia, e havia organizações revolucionárias formadas, mas o governo
continuava a sua opressão. Os estrangeiros porém tinham mais liberdade e até os
menonitas (batistas alemães) continuaram livremente. O Dr. Baedeker, da
Inglaterra, obteve licença para viajar para todas as partes da Rússia e da
Sibéria, visitando as cadeias, pregando o Evangelho e distribuindo a Palavra
de Deus. Os batistas receberam mais consideração do que os stundistas. A Igreja
Batista era mais organizada e o governo pensava que podia melhor fiscalizar ou
vigiar as suas atividades. Os stundistas não eram um corpo organizado. As
reuniões dos alemães na Rússia foram chamadas "Stunden" e o nome
"stundistas" foi dado por desprezo aos russos que se reuniam para a
leitura da Bíblia e oração. Estes grupos de crentes espalhavam-se por toda a
parte da Rússia, e cresciam apesar das perseguições. Os "menonitas"
eram descendentes dos alemães batistas que recusavam levar armas, e foram
convidados pela Imperatriz Catarina para animar o trabalho da lavoura na
Rússia no século XVIII. Foram proibidos de evangelizar os russos, mas a Palavra
de Deus desta fonte espalhava-se.
Em 1905 houve uma guerra entre
a Rússia e o Japão, e a Rússia foi derrotada, trazendo muita confusão ao governo.
O povo clamou por reformas e o Tsar viu-se obrigado a conceder liberdade de
consciência e culto, e o cruel Procurador foi demitido. Havia uma onda de
entusiasmo, e as reuniões de evangelização ficavam cheias de ouvintes. Esta
liberdade não durou muito tempo, porque o governo, recuperando mais uma vez o
seu poder, e sentindo-se mais seguro, cessou as concessões, e a perseguição
começou de novo.
No ano de 1914 rebentou a
Grande Guerra. A Rússia entrou nela com muita confiança, mas estava mal preparada,
e devido à corrupção interna que se apoderara de toda a sociedade, da política
e dos oficiais do governo. O Tsar no começo da guerra baniu sem processo,
milhares de crentes, pastores batistas e muitos políticos para a Sibéria, onde
ficaram até a revolução, que rebentou em 1917. Então os exilados voltaram. O
imperador, com seu governo, e a Igreja Ortodoxa na Rússia, caíram todos
juntos. O novo governo era comunista e ateísta. Os nobres e proprietários, foram
mortos ou tiveram de fugir, e milhares deles, criados na riqueza e no luxo,
foram obrigados a trabalhar em terras estrangeiras por uma pitança. O
imperador Nicolau, a imperatriz, suas filhas e o único filho, foram fuzilados
todos juntos. O governo comunista tem procurado extinguir todo o sinal de
cristianismo, perseguindo a religião grega, a católica e a evangélica. Tem
proibido a entrada da Bíblia no país. Entretanto, os crentes continuaram
secretamente com suas reuniões, e o governo não tem podido extinguir a fé
deles. A esperança agora (1941) é que a guerra atual traga mais liberdade de
culto aos crentes, e que as Escrituras mais uma vez possam entrar na Rússia,
para salvação e felicidade do seu povo.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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