História Do Cristianismo -
Teologia 32.271
MARIA NO TRONO
A perspectiva estava longe de
ser agradável. A rainha Maria era uma católica fanática, e isso não dava muitas
esperanças aos protestantes; além disso era filha de Catarina de Aragão cujo
divórcio de Henrique VIII tinha sido aprovado por Cranmer, e isto não era um
pensamento muito animador para o chefe eclesiástico do protestantismo do país.
Os sentimentos de Maria não eram nada benignos para com as doutrinas que
Cranmer tinha estado a promulgar com tanto cuidado, durante o reinado do seu
irmão; e ainda menos benignos eram os seus sentimentos para com o próprio
Cranmer, a quem, na verdade, considerava como seu grande inimigo. Durante o
reinado do jovem rei, Maria pedira licença para ouvir missa na sua própria
casa, mas Eduardo lhe havia negado; e agora deviam cair sobre a cabeça de
Cranmer as conseqüências desta recusa. E verdade que ele aconselhara o rei a
conceder a licença, mas, ou Maria ignorava este fato, ou fingia ignorá-lo; e só
o sangue de Cranmer podia aplacar a sua indignação. Como rainha, odiava-o por
causa das suas medidas reformado-ras; como católica por causa das restrições de
espécie religiosa que ela imaginava ter ele lhe imposto no reinado anterior;
e sobretudo, como mulher, por causa da sua decisão na questão do divórcio, pela
qual ela ficara considerada como filha bastarda.
Contudo, durante os primeiros
meses do seu reinado, a rainha disfarçou os seus verdadeiros sentimentos; e com
o fim de estabelecer a sua posição no trono, prometeu tolerância. Os
protestantes não seriam incomodados nem na profissão nem na prática da sua
religião nem se usaria qualquer violência em matéria de fé. Mas o cardeal Pole
estava ao lado da rainha, e Gardiner e Bonner esperavam a ocasião de lançar o
veneno no seu espírito, não sendo possível em tais circunstâncias que este
estado de neutralidade continuasse.
O povo também não tinha
compreendido os benefícios que uma completa Reforma lhe podia trazer, porque a
obra parcial feita no reinado de Henrique não tinha tido a simpatia popular
pelas medidas inconstantes e autocraticas do rei, e a obra no reinado de
Eduardo não tinha tido tempo de criar raízes. Por isso, enquanto o Parlamento
se reuniu, um dos primeiros e principais atos foi abolir as inovações
religiosas que Cranmer e Somerset se tinham empenhado em introduzir, e
restaurar o culto na sua antiga base. Como conseqüência imediata, milhares de
padres casados foram expulsos dos seus cargos e, com suas mulheres e filhos,
reduzidos a pedir esmola.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
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