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7 de março de 2019

História Do Cristianismo - Teologia 32.289 - ITÁLIA

História Do Cristianismo - Teologia 32.289



ITÁLIA

Dos séculos XV a XIX, a Itália esteve dividida em di­versos estados, ducados, repúblicas, e reinos. No centro havia os estados da igreja, governados pelo papa, sendo a cidade de Roma a capital. A corrupção nos estados do papa era medonha. A maioria dos papas procurava consti­tuir seus parentes como príncipes nos estados vizinhos. Nos últimos quarenta anos deste século (XV) o crime político aumentou consideravelmente. De vez em quando papas honestos e sinceros eram eleitos, e procuravam re­formar o estado de corrupção que existia, mas estes eram desprezados por todos, e quando morriam as condições imorais voltavam ainda piores. Os príncipes secretamente assassinavam seus rivais. Os papas eram ímpios, levavam vida escandalosa, e alguns deles eram verdadeiros mons­tros de iniqüidade. O pior deles foi Alexandre VI, da famí­lia Borgia, cujos filhos eram o terror de Roma. A República de Florença foi governada por um monge chamado Girolamo Savonarola, que pela vida santa e pregação que apre­sentava produziu uma reforma na república, mas sua vida e pregação (embora um católico verdadeiro) era uma re­preensão à vida e à iniqüidade do papa, e Alexandre tratou logo de processá-lo, e Savonarola foi condenado e queima­do em praça pública em 1498.
Daí por diante a Itália tornou-se um campo de batalha dos exércitos espanhóis, franceses e alemães. No ano de 1527, Roma foi tomada, o papa preso no castelo, e a cidade saqueada por 30.000 soldados. Durante os 340 anos que se seguiram após o saque de Roma, a Itália foi repartida por países estrangeiros e sua história é uma série de guerras en­tre as famílias reais dos Habsburgos e dos Bourbons.
No Estado de Piemont, no Norte, existiam colônias de crentes primitivos chamados Valdenses (ou Vaudois). Es­tes eram os descendentes dos seguidores de Pedro Waldo, um negociante rico de Lyon, na França, que sendo conver­tido, deixou seu negócio para pregar o Evangelho (1170). Seus seguidores, sendo perseguidos, fugiram das cidades e esconderam-se nos vales entre os Alpes, e séculos depois foram achados na província do Oriente, da França. Estes crentes espalharam-se na Itália, procurando evangelizar os italianos, mormente o povo mais humilde, mas quando veio a perseguição voltaram para as montanhas.
Os pastores deste povo chamavam-se "barbas", e ou­vindo acerca das novas doutrinas da Reforma enviaram dois deles: Jorge Morei e Pedro Masson a Basiléia para vi­sitar o reformador Oecolâmpade, a fim de conferir suas doutrinas. Achavam que havia muito em comum entre os Waldenses e os reformadores, embora existissem também certas diferenças. Depois, o pregador Guilherme Farei foi convidado a assistir a uma conferência com os represen­tantes dos Waldenses. A esta conferência assistiram anciões das igrejas da Itália, não somente do Norte, mas tam­bém do Sul, e crentes da França, Alemanha e Boêmia. En­tre eles havia alguns nobres da Itália, que tomaram parte na discussão. Farei era o pregador principal; ele era um ho­mem eloqüente e espiritual. Nessa reunião, ficou resolvido fazer uma melhor tradução da Bíblia na língua francesa. Esta obra foi feita por um crente francês chamado Olivetan.
A igreja de Roma fez muitas tentativas de apagar a voz do Evangelho, perseguindo os crentes e mandando exérci­tos para exterminá-los, mas essa luz nunca foi completa­mente apagada.
O povo protestante da Inglaterra tem mostrado seu in­teresse e simpatia para com os Waldenses desde o tempo do Protetor Oliver Cromwell. Havendo no ano 1650 uma grande perseguição, o Protetor interessou-se em favor do povo perseguido, de tal modo que seus inimigos foram obrigados a desistir da perseguição. O poeta Milton des­creveu num poema os sofrimentos dos Waldenses durante esse tempo, e uma grande coleta foi levantada no país para ajudá-los, e o dinheiro enviado aos que tanto sofriam. No reinado da rainha Ana da Inglaterra, um subsídio foi man­dado pelo governo britânico para ajudar os pastores Wal­denses, e continuou até o tempo de Napoleão. No ano de 1823 um ministro anglicano visitou os vales de Piemont e escreveu um livro contando sua experiência entre os Wal­denses. O livro foi lido por um coronel do exército inglês chamado Beckwith. Este, não tendo mais serviço no exér­cito, resolveu dedicar o resto da sua vida em promover o bem-estar da igreja Waldense. Durante 35 anos, Beckwith trabalhou entre esse povo, estabelecendo 120 escolas; ele edificou uma igreja em Turim, capital de Piemont, no ano de 1849. Uma missão inglesa ainda funciona nessa zona.
O domínio francês, no tempo de Napoleão, trouxe mais liberdade à Itália, mas não trouxe mais luz evangélica. Du­rante cinqüenta anos depois da queda de Napoleão, a his­tória da Itália era uma luta entre a tirania dos governado­res austríacos no Norte; do papa no Centro, e dos reis de Nápoles (da família dos Burbons) no Sul. Tirania, corrupção e opressão reinavam em toda a parte. Os homens que faziam qualquer propaganda em favor da liberdade eram metidos em prisões, sem processo, ou foram mortos.
É provável que os estados papais fossem o pior e o mais corrupto lugar que o mundo jamais viu. Um homem que, mais do que outro qualquer, ajudou a libertação do país, foi Giussepe Garibaldi. Serviu, na sua mocidade, na Guer­ra dos Farrapos, no Rio Grande do sul (Brasil) e casou-se com uma brasileira - Anita Garibaldi - que o animou na sua tarefa na Itália. Os exércitos do rei de Nápoles fugiram diante de Garibaldi e seus "camisas vermelhas", e Vitor Emannuel, rei de Sardenha, ajudado pelo exército francês, venceu os austríacos. Finalmente tomaram Roma, e os es­tados da igreja, e toda a Itália foi unida num reino, e o papa retirou-se para o Vaticano, perdendo assim o seu po­der temporal, onde ele e seus predecessores governaram tão mal. Durante estas lutas, existiam grupos de crentes italianos, mas a maior parte deles era gente humilde.
No princípio do século XIX, o grande duque de Tosca-na, um dos estados do Norte da Itália, convidou o Conde Guicciardini para organizar um sistema superior de educa­ção. O Conde, em busca de bons livros para esse fim, achou uma Vulgata (Bíblia em Latim) na sua biblioteca, e começou a estudá-la, mas ficou espantado quando obser­vou que seu ensino não confirmava o da igreja romana. Nesta altura, o conde, certo dia, viu um seu criado lendo um livro, que se apressou em esconder quando recebeu seu patrão. O conde perguntou-lhe que era o que lia. 0 criado pediu-lhe então que não o traísse, e mostrou-lhe a Bíblia em italiano. O conde pediu ao servo que subisse a um quarto de seu palácio a fim de eles juntos estudarem o li­vro. Guicciardini foi convertido desta maneira, e achando grupos de crentes, que eram pessoas humildes, reuniu-se a eles. No ano 1851, foi promulgada uma lei, instigada pelos jesuítas, proibindo tais reuniões e o Conde foi obrigado a sair da sua pátria, e ir para a Inglaterra, onde gozava da comunhão dos crentes. Ele foi o meio da conversão de um seu patrício de nome Rosseti. Quando veio a liberdade, no ano de 1871, Guicciardini voltou à Itália, pregou e ensinou até a sua morte. Desde o dia em que o papa perdeu seu poder temporal, e retirou-se como "prisioneiro do Vaticano", o país tem-se desenvolvido. Nesse tempo o papa achou consolo na declaração do Sínodo do Vaticano acerca de sua infalibilidade que foi anunciada no ano de 1870, e aceita pela Igreja Romana como uma das suas doutrinas. Essa igreja ainda procura impedir a evangelização no país, mas uma lei sobre religião, embora com certas restrições, ga­rante essa liberdade.
A primeira Grande Guerra, que terminou em 1918, dei­xou a Itália muito abatida, embora com mais território. O país tem-se desenvolvido, mas, infelizmente, numa dire­ção militar em desacordo com o caráter do povo italiano, e agora (1941) o país está envolvido em outra guerra, que é capaz de enfraquecer a Itália consideravelmente.



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