História Do Cristianismo -
Teologia 32.291
POLÔNIA
A Polônia era, no tempo da
Reforma, um grande país, estendendo-se do mar Báltico ao mar Negro, e incluindo
a Ucrânia. Os poloneses são da raça eslava, e receberam a religião católica no
século X. Nos séculos seguintes, a Polônia lutou constantemente contra seus
inimigos, como as hostes tartáricas do Oeste, que devastavam suas cidades e
aldeias. Pelejou também contra os prussianos, raça vizinha, então paga; e, ao
norte, contra os lituanos, povo feroz e selvagem. Os Cavaleiros Teutônicos
vieram morar perto a fim de converter estas raças pagas, e fazê-las cristãs por
meio da espada, mas sem bom êxito. A Ordem Teutônica foi formada durante as
cruzadas contra os maometanos na Palestina.
Terminadas essas guerras, os
cavaleiros ficaram sem emprego. Não tendo tido bom êxito com o evangelho da espada
contra os pagãos, começaram a brigar com os poloneses, que foram para eles um
espinho durante séculos. Os poloneses eram um povo guerreiro e, felizmente,
durante três ou quatro séculos foram governados por bons reis. O rei da
Lituânia aceitou a religião católica e persuadiu o seu povo a reconhecer o
papa. Os Cavaleiros Teutônicos então ficaram outra vez sem emprego e
tornaram-se negociantes e, finalmente desapareceram. A Lituânia e a Polônia
fizeram uma aliança para a sua própria defesa, e por vezes foram governadas
pelo mesmo rei. Infelizmente, a Polônia era muito difícil de governar, e os
reis possuíam um poder limitado. Depois da Reforma, o rei era eleito por uma
"Dieta" formada por pessoas das classes superiores: proprietários e
nobres. Os trabalhadores não possuíam direitos e eram quase escravos dos
proprietários. A Dieta quase sempre se recusava a dar o dinheiro necessário ao
rei para as suas guerras, e se o rei era eleito pela Dieta, ela impunha tantas
restrições ao rei, que era quase impossível governar.
Enquanto os povos de outros
países pelejavam para obter ou conservar sua liberdade contra reis tiranos, na
Polônia os melhores reis tinham a oposição do povo e eram impedidos pela
constituição. A Polônia era muito ligada à Hungria e à Boêmia, seus vizinhos, e
tinham muita coisa em
comum. Depois da Reforma, a Polônia foi ameaçada pelos
russos, no Norte, e pelos turcos no Oriente. Os russos e tártaros devastaram a
Lituânia; e na Polônia reinava anarquia. O rei viu-se obrigado a transferir sua
autoridade à aristocracia incapaz, cuja única idéia era oprimir as classes
inferiores sem se interessar pelos negócios da pátria. A Dieta recusou pagar os
impostos necessários, e o rei esforçou-se de toda maneira possível, mas em vão. Ele não podia
ajudar os húngaros contra a invasão dos turcos, nem impedir os russos de tomar
as províncias uma após outra do seu aliado lituano, nem as hostes dos tártaros
de penetrar no seu próprio território, roubando e devastando tudo, até o
interior da Polônia. A Hungria caiu em poder dos turcos e a Polônia estava
ameaçada disso, mas o rei não tinha dinheiro para pagar um exército mercenário.
Contudo, usou de toda diplomacia para evitar uma guerra contra os turcos.
No século XV alguns dos
seguidores de João Huss entraram na Polônia, mas um edito contra os
"heréticos" impediu muitos protestantes de entrarem no país. No
tempo da Reforma, entrou, por um lado, o luteranismo, e o calvinismo por outro,
chegando-se a calcular que existia meio milhão de protestantes, e outro meio
milhão da Igreja Ortodoxa, principalmente na Lituânia. Também os Irmãos
Moravianos entraram, mas foram depois banidos e passaram para a Prússia. Os
protestantes deviam seu bom êxito ao fato de muitos nobres favorecerem a sua
causa. Em parte, a razão era política, devido à inveja e ao ódio desses à
igreja católica, que possuía tanta propriedade e riqueza, e estava isenta de
impostos, o que constituía um escândalo.
Os bispos eram levianos e
muitos tinham uma vida viciosa. O ensino era negligenciado e, como resultado,
os filhos dos nobres eram mandados às universidades de outros países, como a
Alemanha, onde eram discutidas as novas idéias da Reforma. O governo foi
obrigado a tolerar a nova religião, salvo as seitas que negavam a doutrina da
Trindade. Na Dieta de 1558, os protestantes obtiveram maioria. Desde esta data
sua causa começou a declinar. Isto foi devido às brigas entre os seguidores de
Lutero e os de Calvino, e a propaganda dos jesuítas, que trouxe certa reação. A
história subseqüente da Polônia é triste. A Dieta continuou na sua tarefa
inglória de impedir toda a reforma política ou fornecer o dinheiro necessário
à manutenção da pátria. Uma decisão de Dieta tornando impossível todo progresso
era muito absurdo, mas foi mantida por ela com uma teimosia extraordinária. Era
que todas as leis precisavam ser aprovadas por unanimidade.
Nestas circunstâncias, um homem
ignorante ou perverso podia estorvar todo o progresso, e a Dieta era composta
de homens ultraconservadores, e muitos deles estavam prontos para trair a sua
própria pátria, e a maioria era paga por outros países inimigos, como a Rússia,
a Áustria e a Prússia. Estes três países queriam arruinar e repartir a Polônia,
e assim davam dinheiro aos membros da Dieta para votar contra toda medida de
melhoramento do país. O resultado foi que a Polônia foi de mal a pior, e os
três países citados repartiram-na entre si. A primeira divisão foi feita no ano
de 1772, a
segunda no ano de 1793, e finalmente o resto da Polônia foi dividido em 1796.
Assim perdeu a Polônia a sua independência. A maior parte caiu nas mãos da
Rússia. Os nobres que tinham impedido todo o progresso durante muitos anos,
saíram do país, empregados no exército da Europa. Os trabalhadores que tinham
sido oprimidos durante séculos, ficaram tão aliviados que aceitaram o jugo dos
estrangeiros sem dificuldade. Mas havia uma classe, os moradores das cidades, e
os negociantes, que sentiram a opressão. A Grande Guerra trouxe um alívio, e
mais uma vez a Polônia foi restaurada pelos aliados, tornando-se uma
República, que fez algum progresso. Seu antigo inimigo, a Alemanha, mais uma
vez devastou esse país, ainda agora (1941) está fazendo esforço para impossibilitar
os poloneses de restaurar o país no futuro.
Na Polônia como em toda a
Europa central, há congregações de crentes que se reúnem à maneira primitiva,
para comunhão e evangelização.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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