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6 de março de 2019

História Do Cristianismo - Teologia 32.285 - INGLATERRA

História Do Cristianismo - Teologia 32.285



INGLATERRA

O reinado da rainha Isabel trouxe tranqüilidade e liber­dade à Inglaterra, e firmou a religião protestante no país. Entre os protestantes havia dois partidos: o povo que que­ria manter certas formas e vestimentas da Igreja católica, e os puritanos que queriam um culto mais simples e espiri­tual. A rainha era favorável tanto quanto possível às ceri­mônias da Igreja católica, e desprezava os puritanos. Por isso a Igreja Anglicana tem conservado certas vestimentas. A sua liturgia é uma forma episcopal onde os bispos são como nobres, tendo domínio sobre a herança de Deus. Os prelados tornaram-se perseguidores dos puritanos no sécu­lo seguinte, e inimigos da pregação do Evangelho no século XVIII. A rainha não era cruel como sua irmã Maria se mostrara, mas não tinha qualquer sinal de fé cristã. A der­rota e destruição da "Invencível Armada" de Filipe da Es­panha, firmou o reino contra o catolicismo.
O século seguinte viu a Escócia e a Inglaterra unidas sob o mesmo soberano. O herdeiro, depois de Isabel, ao tro­no da Inglaterra, era o rei Tiago da Escócia. No ano 1603 Isabel morreu, e Tiago I foi declarado rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda. O nome da nova família real era "Stuart", e houve quatro reis dessa família. Todos eles procuravam exaltar o poder real acima do Estado e da Igreja, e perse­guiram todos os que não queriam conformar-se com o ri­tual da Igreja Anglicana. Somente durante onze anos de protetorado, o povo gozou ampla liberdade, tanto na Ingla­terra como na Escócia. A Escócia sofreu especialmente da família Stuart, que odiava o sistema presbiteriano, onde o rei era considerado somente um membro e não a "cabeça", como na Igreja Anglicana. Nesta igreja o rei nomeava os bispos, e os bispos os ministros, e assim tudo era submisso à vontade do rei. Os reis pensavam que o soberano possuía direitos que vinham de Deus, e portanto não tinha de dar conta a mais ninguém.
A loucura e a teimosia do segundo rei desta dinastia, Carlos I, custou-lhe a cabeça, depois de uma guerra civil entre o rei e o povo, em favor da liberdade. O ditador, Oliver Cromwell, concedeu liberdade religiosa, mas o povo go­zou esta bênção apenas onze anos, pois o filho de Carlos I voltou e é conhecido como Carlos II. Era homem devasso e sem honra ou princípios. Uma das primeiras leis promul­gadas foi chamada "ATO DE UNIFORMIDADE", que obrigou a todos a pertencerem à Igreja Anglicana e proibiu reuniões religiosas de outra denominação. 2.000 dos me­lhores ministros da Igreja Anglicana foram enxotados das suas paróquias e proibidos de voltar para perto das antigas congregações. Durante este período, João Bunyan, por ter pregado ao ar livre, e em casas particulares, foi condenado a doze anos de cadeia. Outro pregador dissidente era Ri­cardo Baxter, que foi, repetidamente, processado, multado e preso por ter pregado, e por ter escrito livros que não agradaram os prelados. Era homem santo e liberal, e odia­va a intolerância religiosa. Um livro que escreveu chamado "O Descanso Eterno dos Santos" é lido ainda hoje, e tem sido uma bênção para muitas pessoas durante quase três séculos: Pelos meados do século XVII, apareceu um movi­mento cristão que existe até hoje, chamada os "Quákers (Tremedores) ou a "Sociedade dos Amigos". O fundador foi Jorge Fox, um crente fervoroso, mas ele por vezes fez muitas extravagâncias, entrando nas igrejas anglicanas e estorvando os ministros.
Fox passou diversos períodos na cadeia. Outros homens de mais educação ajuntaram-se ao movimento sendo um deles Guilherme Penn. o fundador da Pensilvânia, agora um dos Estados da América do Norte. Os adeptos dessa denominação deram muita atenção às operações do Espíri­to Santo, doutrinas pouco entendidas na igreja reformada. Protestaram contra as cerimônias e o ritualismo; e nas suas reuniões costumavam sentar-se por muito tempo em silêncio, esperando a direção do Espírito Santo. Os Quákers vestiam-se com muita simplicidade, recusaram jurar nos tribunais de justiça, ou tomar armas até para se defen­derem. Não usavam o batismo nem a Santa Ceia, porque diziam que hoje o cristianismo é todo espiritual. Esta gen­te, sendo considerada fanática, foi perseguida, e as cadeias encheram-se de pessoas acusadas de terem freqüentado reuniões, ou terem recusado jurar, e cerca de 12.000 quá-kers estavam presos durante um certo período. Quando soltos, voltaram às suas reuniões abertamente, e deixaram a polícia levá-los à cadeia novamente. Jorge Fox não era bem educado, mas Guilherme Penn era filho dum almi­rante distinto, e defendeu-se com coragem nos tribunais. O rei devia a seu pai muito dinheiro, e quando este morreu, para liquidar a dívida, Carlos II concedeu ao filho Guilher­me um vasto território na América do Norte, então colônia inglesa. Penn foi para ali e fundou uma colônia modelo, fa­zendo aliança com os índios, aliança essa que nunca foi de­sonrada, e assim ganhou o respeito dos indígenas. O rei deu a esta colônia o nome de Pensilvânia, e Penn fundou a capital, chamando-a Filadélfia, agora uma das cidades principais dos Estados Unidos. Os quákers foram muito perseguidos em outras colônias inglesas, pelos puritanos, homens que fugiram da perseguição dos prelados da Ingla­terra. Os quákers mais tarde, quando veio a liberdade na Inglaterra, foram conhecidos pela sua filantropia, e depois trabalharam na Inglaterra e nos Estados Unidos pela abo­lição da escravatura. Nestes últimos anos os quákers têm diminuído muito, e a maior parte deles tem deixado as verdades cristãs fundamentais. Há ainda um pequeno grupo deles que são fundamentais.
No ano de 1621 um grupo de puritanos embarcou num navio chamado o "Mayflower" para formar uma colônia na América do Norte, a fim de fugir à perseguição na In­glaterra e gozar a liberdade no outro lado do oceano. Sofre­ram muitas aflições, doenças, privações, morticínios pelos índios, mas perseveraram, e aumentaram pela emigração da Inglaterra durante sessenta anos, e as colônias america­nas foram bem povoadas, formando a base da República agora tão poderosa, chamada Os Estados Unidos.
O último rei da Casa de Stuart, Tiago II, era católico, teimoso e fanático, embora jurasse manter a religião pro­testante e a liberdade do povo, queria introduzir a religião católica. Depois de quatro anos de aflição, o povo convidou o seu genro, Guilherme de Orange, de Holanda, para subs­tituir seu sogro, e este fugiu para a França. Guilherme e sua esposa Maria eram muito bons soberanos e concede ram liberdade religiosa, que tem sido mantida desde essa data (1689).
Mas a liberdade não produziu espiritualidade. Ao con­trário, no século XVIII o estado espiritual da Inglaterra piorou gravemente. Era igual à condição da igreja em Sardo: um nome para viver, mas morta. O povo estava embrutecido, os ministros da Igreja Anglicana não cumpriam os seus deveres, e muitos gastavam seu tempo caçando e jo­gando, e alguns eram bêbados. As denominações eram es­piritualmente mortas e sem poder, e a maior parte caiu em heresia.
Mas Deus felizmente não deixou sua igreja assim. Le­vantou os irmãos Wesley, Jorge Whitefield, Rowland Hill e outros, que pregavam ao ar livre e produziram uma revivificação espiritual. Foi então fundada a Igreja Metodista, e outro resultado foi uma mudança na moral do povo. A di­ferença produzida pela revivificação, dizem alguns histo­riadores, evitou a repetição na Inglaterra do desastre que se deu na França chamado o "Reinado de Terror". Ao princípio João e Carlos Wesley e Jorge Whitefield eram perseguidos pelos bispos e padres anglicanos. A pregação ao ar livre foi considerada uma extravagância religiosa. Milhares de pessoas assistiram a essas pregações, e muitos foram convertidos. Wesley também organizou uma multi­dão de pregadores leigos, que pregaram com bom êxito. Jorge Whitefield foi ajudado pela condessa de Huntingdon, que edificou salões em diversas partes da Inglaterra, e pagou o ordenado de muitos ministros para pregarem o Evangelho. Muitos desses salões existem até hoje.
Este despertamento desenvolveu-se no século XIX quando foram estabelecidas diversas sociedades bíblicas e sociedades missionárias. Havia também grande interesse pelo texto da Bíblia, e pelos manuscritos antigos dos quais foram descobertas traduções mais exatas que foram tradu­zidos. Escavações na Mesopotâmia, na Babilônia e no Egi­to trouxeram à luz escritos confirmando histórias bíblicas. Também certas verdades foram estudadas, como as profe­cias do Velho Testamento e a vinda do Senhor. O espírito sectário, que dominava em todas as classes de crentes, des­pertava a consciência de muitos, e resultou em mais comu­nhão fraternal na Igreja. A rainha Vitória começou a reinar no ano de 1847, e reinou mais de 60 anos. Sendo cristã, e com idéias elevadas, ela fez uma limpeza na corte, e elevou o nível social e público, começando com os ministros de Estado até a administração da justiça. Se um ministro de Estado, embora de grande capacidade, tivesse uma man­cha no seu caráter moral, seu nome era riscado da lista. A justiça agora estava ao alcance dos mais pobres, e não fa­vorecia os ricos.
No ano 1859 houve uma revivificação no Norte da Ir­landa e no Norte da Escócia, e a Inglaterra sentiu seu efei­to. Durante dez anos em seguida houve uma grande onda de evangelização no país, e muitos foram convertidos. Pou­cos anos depois veio o evangelista D. L. Moody da América do Norte para suas campanhas de pregações, e com ele Sankey, o cantor evangélico. Visitaram todas as cidades principais nos três reinos, e milhares foram convertidos. Nos maiores salões das cidades não cabia a metade do povo que queria assistir às suas pregações. Moody era ho­mem humilde e de família pobre e pouco educado, com sotaque americano, mas pregava com grande poder. Durante os anos que seguiram a estas campanhas, nasceram muitas sociedades de evangelização entre crianças, marinheiros, soldados, pescadores, empregados nas estradas de ferro, e políticos, para impressão e distribuição de tratados evangelísticos. Os trabalhos missionários desenvolveram-se e novas sociedades foram instaladas. Tudo parecia seme­lhante à Igreja em Filadélfia. A porta estava aberta para o Evangelho em quase todo o mundo: "Uma porta que se abre e ninguém fecha". O grande pregador batista Spurgeon (chamado o "príncipe dos pregadores") durante mais de 30 anos pregava todos os domingos a milhares de pessoas em Londres, e seus sermões são lidos até hoje.
Mas, enquanto o Espírito de Deus fazia estas maravi­lhas, o inimigo não dormia, apanhando semente de joio e começando a sua sementeira. Seus servos eram como os fa­riseus e saduceus. Os primeiros estavam representados na Inglaterra por um forte partido de ritualistas, que queriam fazer a Igreja Anglicana igual à Igreja Católica. Os "sadu­ceus" criticavam as Escrituras, e a crítica à Palavra de Deus tem crescido gradualmente. Um célebre cientista chamado Carlos Darwin, inventou a teoria da "Evolução". Baseando suas teorias sobre certos fatos científicos. Ele ne­gou a obra do Criador do universo, dizendo que o homem é descendente de animais, sendo o macaco o nosso parente mais chegado, tendo havido entre este animal e o homem um elo que agora falta.
Durante muitos anos os cientistas tem procurado em vão algumas evidências da existência desse "elo", que deve ser meio homem e meio macaco. Muitos cientistas têm abandonado esta teoria, mas infelizmente foi adotada pelos professores dos seminários para treinar ministros para os púlpitos de várias denominações.
A teoria da evolução foi adaptada ao ensino bíblico, e o resultado disso hoje em dia é que uma boa parte desses mi­nistros são "modernistas", negando a inspiração da Pala­vra de Deus. O efeito na vida do povo é triste. Embora a pregação do Evangelho ainda atraia o povo, a Inglaterra em geral é quase como uma nação paga, e é calculado que somente 20% assiste a qualquer culto. E destes 20% a maior parte são modernistas. Embora a Inglaterra tenha alguma parte no serviço missionário do mundo, este é apoiado por uma pequena percentagem do povo. O estado espiritual é como o de Laodicéia. O Evangelho produziu, e ainda existe no país, um alto nível de responsabilidade e honestidade na administração das leis, da justiça, e foram instituídos muitos benefícios, tais como proteção aos ve­lhos, aos fracos, aos desempregados, e as leis protetoras nas indústrias. O comércio é praticado com elevada moral, mas o povo em geral é muito indiferente às coisas de Deus. O domingo agora é quase tão profano como no Continente. Riquezas, prazeres, esportes, conforto, luxo, têm tomado o lugar da piedade. Deus está agora retirando do país muitas destas vantagens, e o povo foi bastante castigado na Se­gunda Guerra Mundial.



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