Escatologia - Teologia 17.90
9.3.2- “desde a saída da ordem para
restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e
sessenta e duas semanas”.
Para uma melhor compreensão podemos colocar o
texto da seguinte forma: “desde a saída da ordem para restaurar e para edificar
Jerusalém, sete semanas; até ao Ungido,
ao Príncipe, sessenta e duas semanas”, isto quer dizer que desde a saída pra a
reconstrução de Jerusalém foram 49 anos, concluídos os 49 anos; conta-se mais 434 anos para
então chegarmos ao messias, ao príncipe. “Depois das sessenta e duas
semanas, será morto o Ungido”, com isso
sabemos que as primeiras 69 semanas têm seu fim com a morte do messias;
resta-nos saber quando foi seu início, pois é fundamental para que Jesus Cristo seja confirmado como aquele que cumpriria
esta profecia. O texto nos diz “desde a saída da ordem para restaurar e para
edificar Jerusalém”, temos nas
Escrituras três editos que tratam da restauração judaica após anos de
cativeiro na Babilônia. O primeiro é encontrado em 2Cr 36:22-23, quando Ciro,
rei da Pérsia, decretou a reconstrução
do templo em Jerusalém, conforme Deus lhe havia ordenado, e agora era
confirmado por suas próprias palavras: “O SENHOR, Deus dos céus, me deu todos os reinos da
terra e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém”, a repetição
deste mesmo decreto vemos em Ed 1:1- 3. Outro decreto encontra-se em Ed 6:3-8,
onde o rei Dário reafirma o decreto de Ciro. Em Ed 7:7 Artaxerxes em seu sétimo
ano de reinado, decretou auxílio a
Esdras e Neemias dando-lhes autoridade, mantimentos, ouro e prata para o
Templo.
É necessário
observarmos um detalhe vital em todos estes decretos; eles dizem respeito à
reconstrução do templo, e não da cidade de Jerusalém, condição esta que torna estes decretos
incapazes de serem tomados como datas iniciais para se contar o período de 69
semanas, pois o v. 25 nos diz que o que
marcaria o seu inicio seria uma ordem, um decreto para a reconstrução da
cidade: “desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém”, e isto nos leva ao decreto de Artaxerxes em Ne
2:1-8, onde finalmente encontramos a ordem para edificar Jerusalém
No mês de nisã, no
ano vigésimo do rei Artaxerxes,(...) O rei me disse: Por que está triste o teu
rosto, se não estás doente? (...) Como não me
estaria triste o rosto se a cidade, onde estão os sepulcros de meus
pais, está assolada e tem as portas consumidas pelo fogo? (...) Disse-me o rei:
Que me pedes agora? (...) peço-te que
me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a
reedifique.(...) Aprouve ao rei enviar-me.
A data deste decreto torna-se o ponto inicial das 69
semanas. Todas as cronologias sérias apontam o ano de 445 a .c. como sendo o vigésimo ano
de reinado de Artaxerxes , o texto nos
revela que este decreto se deu no mês de nisã (também chamado Abib), mês da
páscoa judaica (em nosso calendário está
localizado entre o mês de março e abril). Como a profecia diz que a
partir desta data seriam contadas as 69 semanas, devemos atentar para a data em que
Jesus morreu para então confirmarmos se sua morte
cumpriu a profecia.
Jesus morreu
durante a comemoração da páscoa que se iniciava com a lua nova, que no ano 32,
de acordo com o calendário gregoriano, teve início dia 11 de março as 19:08h (calendário de eventos
astronômicos na história), e este horário marca 1:08h do dia seguinte no
calendário judaico; 12 de março em
nosso calendário.
A tradição demonstra
que aquele que estivesse fora da cidade deveria ir comemorar a páscoa, chegando
pelo menos seis dias antes, sendo assim Jesus
chegou dia 6 de março do ano 32 em Jerusalém, provavelmente numa sexta
feira. (Outras datas são utilizadas para a páscoa do ano 32 d.C. Porém, esta foi utilizada neste trabalho devido ser fruto
de pesquisa do autor e não uma simples cópia de estudos já escritos. É
importante ressaltar que a diferença entre as
datas propostas é mínima). Concluindo assim, podemos calcular da
seguinte maneira: 69 semanas multiplicados por 7 anos de 360 dias (quantidade
de dias dos anos bíblicos), chegamos a
173 880 dias. Isto nos revela um intervalo de 476 anos e alguns dias,
multiplicando esses anos por 365 dias de acordo com o calendário gregoriano, somando a isso 119
dias dos anos bissextos chegamos a 173 859, apenas faltando 21 dias para que a
soma seja redonda. Se levarmos em conta
que não sabemos o dia correto do mês em que foi feito o decreto em 445 Ac ., e que pode haver
falha de alguns dias nos cálculos, chegamos a um resultado muito satisfatório que prova que a
morte de Jesus ocorreu após o fim das 69 (7+62) semanas como predito por Daniel
“Depois das sessenta e duas semanas,
será morto o Ungido e já não estará”. Para se provar o contrário é
necessário negar não só a narrativa Bíblica como também a história secular.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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