A
individualidade
Quantas
vezes, nos últimos tempos, você ouviu alguém dizendo:
“...
eu prezo minha individualidade...”.?
Tudo
bem, pode até ser que não foi exatamente assim, mas não importa.
O
fato é que esse conceito moderninho de individualidade se perdeu nas bocas, nos
apartamentos, nas vidas...
Isso
me assusta. Verdadeiramente me assusta.
Li em
algum lugar, tempos atrás, que quando o Criador deu vida ao homem, este foi
dotado de alma única, onde o masculino e o feminino se completavam em perfeita
comunhão. A partir do pecado original, Deus, como castigo, separou a alma do
homem e da mulher. E aqui estamos nós...
Procuramos
nossa alma gêmea e essa procura não tem
sido fácil.
Alguns
nunca a encontram. Outros pensam que a encontram. Todos procuram.
Daí,
não consigo entender a individualidade. Não apenas na vida afetiva, mas
principalmente nela.
Esbarramos
no cotidiano com homens e mulheres, lindos, roupas de grife, cabelos e dentes
de propaganda, inteligentes , com saldo no banco e com um olhar melancólico
e delator, estampando a busca de alguém, a vontade de ter alguém. Uma
necessidade tão urgente e tão visível que não caberiam nos outdoors de minha
cidade.
Então
pessoal, à luta...deixemos a tal individualidade na escuridão dos dicionários.
Renato
Russo cantou que “...o mal do século é a solidão” mas não acreditemos no poeta.
Sejamos
especiais. Viva a dualidade.
Par,
parceiro, dupla, casal, dois...
Divida
segredos, a chave da porta, uma porção de morangos com creme de leite, um
livro...
Erga
um brinde em plena terça-feira, cantarole aquela música de vocês, deixe um
bilhete...
Abrace
com força e suavidade, com desejo e com doçura,
como se quisesse promover um encontro entre suas almas.
Sinta-se
invadido e consinta. Convide.
Se
conseguir, tenho certeza que nas alturas, o Criador irá sorrir.
Que o Santo Espirito do Senhor, Ilumine o nosso entendimento
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