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20 de janeiro de 2015

Crônicas - O Quase Nada

O Quase Nada


Você que, nas distantes manhãs, saltitou em frente à TV com um imenso pássaro amarelo chamado Garibaldo, certamente saberá do que se trata.
Se desafinou os refrões do Balão Mágico em solidariedade à Simony, também.
Refiro-me à inocência que impregnava as crianças  e adolescentes há duas ou três gerações.
Sem a pieguice do saudosismo, pois de saudosista não tenho nada, observo como a criatividade e a inocência estão cada vez mais em desuso pela molecada.
Internet, Orkut, Lans House, obesidade e depressão infantil são avanços inevitáveis e conseqüências idem. Nada a declarar.
Obviamente o modelo pedagógico dos programas infantis de duas ou três décadas atrás é tão interessante quanto o Atari e o Cubo Mágico.
Mas o que é insuportável é a petizada querendo “pagar” de adulto aos treze anos.
Velho querendo ser garotão é ridículo. Criança querendo ser adulto é chato. Tudo a seu tempo.
Munidos de celulares, roupas de grife, bonés e McDonalds eles são barulhentos e contraditórios.
Ficam torcendo o nariz por terem de acompanhar os pais na festa de  aniversário de 06 anos da prima. Chegam mal-humorados. Aos poucos se distraem, quase entrando no clima e saem chateados por não receberem o tal “Saquinho Surpresa”.
São ficantes. Beijos sem palavras. Palavras sem sentido. Sentimentos sem nomes.
Tudo é meio vago...sem compromisso...
Mas é tudo da hora. Adolescer é da hora.
E a nossa hora passou...(ainda bem!!!)
Mas cá pra nós...
Era legal responder às questões daqueles cadernos-questionário com perguntas sobre namoro, preferências e opiniões, lembra? (seriam eles o Orkut daquela turma?).
Trocar um beijo com a menina ou menino da escola depois de semanas ou meses de pequenas investidas, muitas vezes com auxilio luxuoso da espevitada  leva-e-traz da turma.
Namorar e levar para casa uma blusa dela ou a correntinha dele que sempre retornava ao dono ao final do namoro, provavelmente  pelas mãos de algum amigo comum - talvez, a mesma espevitada leva-e-traz.
Era legal ter amigos. Reais. Nada era virtual.
Líamos Iracema, O Cortiço, A moreninha. Resumíamos histórias em intermináveis  folhas de papel almaço e escrevíamos dentro de nós um pouco de tudo aquilo vivido, sonhado e descoberto.
Espero que o tempo continue a esculpir pessoas melhores. Essa é minha crença e minha esperança em tudo o que é jovem.
Que tudo evolua. Com nomes, palavras e sentimentos.
Nada amar e nada ser é a mesma coisa.
Ainda que as comunidades do Orkut e os chats de bate-papo  não saibam.

Que o Santo Espirito do Senhor, Ilumine o nosso entendimento
Não perca tempo, Indique esta maravilhosa Leitura
Custo:O Leitor não paga Nada, 


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