Epistolas Paulinas - Teologia 16.45
Romanos 2:1-16
O estudo deste capítulo nos ajuda a
compreender melhor nossa relação com o Evangelho, com Deus e com o próximo. Não
é por que somos salvos que devemos nos
considerar melhores que alguém. Todos somos pecadores. Todos passaremos pelo
julgamento de Deus.
No
capítulo 1 Paulo
demonstrou que as
pessoas no mundo
estão normalmente entregues
à devassidão, imoralidade,
corrupção, pecado, como forma
antecipada de juízo divino, isso por não terem atentado para o conhecimento e
revelação que dEle tiveram. Eram as
pessoas denominadas pelos judeus na época como: gentias.
Fazendo uma
paráfrase deste segundo
capítulo da Epístola
podemos imaginar uma
cena: Ao chegar
ao final da
argumentação do capítulo 1, Paulo percebe que talvez alguém
possivelmente estivesse concordando e gritando para ele: “é isso mesmo Paulo!
Eles estão perdidos. Merecem
o inferno!” Paulo
se volta para
estas pessoas imaginárias
e diz: “vocês
estão errados em
julgar as pessoas
mundanas. Vocês também são pecadores e merecedores da ira de Deus”. Os
religiosos também são merecedores da ira divina.
Uma das principais teses deste
capítulo de Romanos é que o conhecimento das ordenanças não é suficiente para
salvar. Somente a prática completa
dos mandamentos poderia
satisfazer a justiça divina. Infelizmente essa via, se bem que real, é impossível
de ser trilhada. Ninguém
pode cumprir cabalmente todos
os mandamentos. Não
há uma só
pessoa que consiga
cumprir a Lei
de Deus do
fundo do coração.
Se o afirma,
é mentirosa. Somente
Jesus, o Deus-homem,
o conseguiu. Argumento
este que vai
ter sua máxima
expressão em 5:10, onde Paulo argumenta que a VIDA de Cristo é
substitutiva.
Mesmo que alguém consiga esforçar-se
até os limites da sua humanidade para cumprir todos os itens das ordenanças
divinas, o estará fazendo por medo de
punição ou por amor à recompensa, e não por livre disposição para obedecer.
Preferiria agir de outro modo, se
não houvesse os
mandamentos. Isso significa
que no fundo
do coração está
em rebeldia com
os mandamentos, apesar
de tentar obedece-los.
Este texto ajuda-nos a compreender a
doutrina bíblica do julgamento divino. Indistintamente, todas as pessoas deverão
passar pelo tribunal de Deus, quando
terão que prestar contas a ele de cada palavra, gesto, ação, pensamento ou
omissão.
Este julgamento é para todos,
religiosos, não-religiosos, salvos, não-salvos, as crianças, os adultos. Todos
deverão passar pelo juízo.
Duas grandes verdades sobre esse
julgamento apareceram aqui.
• Primeira,
cada pecador será julgado segundo suas obras. Apesar da Escritura deixar claro
que a salvação é pela fé (Efésios 2:8s), o
julgamento será pelas obras como RESULTADO de um coração
justificado.
• Segunda, cada pecador será julgado segundo a luz que tiver.
Apesar dessa verdade não isentar-nos do trabalho missionário, deixa
claro que ninguém poderá dizer, diante do tribunal celestial, que chegou
ali inocente, pois não sabia nada sobre Deus.
Analise sua
reação à lição
anterior. Se ao
final dela sua
sensação foi de
alívio, algo como
“que bom que
não sou assim”,
ou “eles merecem a ira de Deus”, você está mais perto
de ser um legalista do que imagina. O capítulo 2 de Romanos foi escrito
diretamente para todos. Você e eu somos
tão pecadores quanto os outros. A diferença é que eles são pecadores perdidos,
e nos somos pecadores resgatados pela
graça de Deus.
Grande parte
da religião de
alguns consiste em
achar defeito nos
outros. O ambiente
de algumas igrejas,
em vez de
confortável e restaurador,
tem se transformado
em neurótico e
destrutivo. Dissemos isso,
não em tom
de crítica, mas
no desejo de
corrigir os defeitos e nos levar para mais perto da
Graça restauradora.
Neste capítulo Paulo mostra que tanto
judeus como gentios estão sob o justo juízo de Deus por causa dos seus pecados.
Dirige o seu argumento ao judeu típico
da sua época, sem aplicar-lhe diretamente o nome de judeu até o verso 17. Nesta
Epístola, Paulo emprega com freqüência
a forma literária
do diálogo com
um interlocutor imaginário,
estilo usado por
muitos mestres de
filosofia daquele tempo.
2:12 – Encontramos uma expressão
própria dos rabinos judeus, “Sem lei” – Ou seja, sem conhecer a Lei de Moisés
(Torá), era uma expressão que os judeus
usavam para se
referir aos não
judeus, isto é,
aos gentios. A
palavra: “iníquos”, que
aparece em algumas
traduções de Atos 2:23, na verdade na forma original é: “aqueles que não
têm lei”. (compare com Romanos 2:14).
2:14-15 –
Paulo atribui aos
gentios algum conhecimento
da lei de
Deus, por natureza,
pelo que são
responsáveis pelas suas
ações devido a tal conhecimento,
embora não tivessem a Lei de Moisés.
Em
Romanos 2:28-29 Paulo
está dando introdução
a um tema
controverso. Quem, em
tempo da Nova
Aliança é um
verdadeiro Israelita? Como Deus
considera o gentio salvo em relação a antigos costumes como a circuncisão? Na
Igreja de Cristo, nos primeiros séculos
este assunto será
motivo de discórdia,
pois existirão grupos
que insistiram que
os gentios deverão
se submeter aos
ritos e costumes judaicos, mesmo após terem
ingressado nas fileiras da Igreja.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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