
Éticas Religiosas Não Cristãs
No mundo grego antigo os deuses foram concebidos (especialmente nas obras de
Homero) como similares aos homens, com paixões e desejos bem humanos e sem
muitos padrões morais (muito embora essa concepção tenha recebido muitas
críticas de filósofos importantes da época). Além de dominarem forças da
natureza, o que tornava os deuses distintos dos homens é que esses últimos eram
mortais. Não é de admirar que a religião grega clássica não impunha demandas e
restrições ao comportamento de seus adeptos, a não ser por grupos ascéticos que
seguiam severas dietas religiosas buscando a purificação.
O conceito hindú de não matar as vacas vem de uma crença do período védico que
associa as mesmas a algumas divindades do hinduísmo, especialmente Krishna. O
culto a esse deus tem elementos pastoris e rurais.
O que pensamos acerca de Deus irá certamente influenciar nosso sistema interno
de valores bem como o processo decisório que enfrentamos todos os dias. Isso
vale também para ateus e agnósticos. O seu sistema de valores já parte do
pressuposto de que Deus não existe. E esse pressuposto inevitavelmente irá
influenciar suas decisões e seu sistema de valores.
É muito comum na sociedade moderna o conceito de que Deus (ou deuses?) seja uma
espécie de divindade benevolente que contempla com paciência e tolerância os
afazeres humanos sem muita interferência, a não ser para ajudar os necessitados,
especialmente seus protegidos e devotos. Essa concepção de Deus não exige mais
do que simplesmente um vago código de ética, geralmente baseado no que cada um
acha que é certo ou errado diante desse