História De Israel – Teologia 31.115
CAPÍTULO 5
GRANDES VIRTUDES E INSIGNE PIEDADE DE JOSIAS, REI DEJUDÁ.
ELE AFASTA COMPLETAMENTE A IDOLATRIA DO REINO E RESTAURA O CULTO A DEUS.
416. 2 Reis 22. A mãe de Josias, rei de Judá, chamada
Jedida, era da cidade de Bozcate. Esse príncipe era tão bom e tão inclinado à
virtude que durante toda a sua vida se propôs imitar o rei Davi, tomando-o como
modelo. E, desde a idade de doze anos, deu prova ilustre de sua piedade e
justiça, pois exortou o povo a renunciar o culto aos falsos deuses e adorar ao
Deus de seus antepassados. Começou, a partir de então, a restaurar a antiga
observância às leis, com a prudência de quem já era de muito mais idade. Fazia
observar inviolavelmente o que piedosamente era determinado. Além dessa prova
de sabedoria natural, serviu-se do conselho dos mais velhos e experimentados
para restaurar o culto a Deus e restabelecer a ordem em suas terras. Assim, não
corria perigo de cair nas faltas que haviam provocado a ruína de alguns de seus
predecessores.
Ele mandou indagar de todos os lugares do reino e de
Jerusalém onde se adoravam falsas divindades. Ordenou que se cortassem as
árvores e derrubassem os altares que lhes eram consagrados e desfez-se com
desprezo de tudo o que os outros reis haviam feito para prestar honras e
homenagens sacrílegas. Assim, conseguiu tirar o povo de sua louca veneração e
levou-o a prestar ao verdadeiro Deus a adoração que lhe era devida. Mandou em
seguida oferecer os holocaustos e sacrifícios de costume e nomeou magistrados e
censores para a administração de uma exata justiça e para o extremo cuidado em
que cada qual cumprisse o seu dever. Ordenou que todas as cidades submetidas ao
seu domínio fizessem, por sua ordem, donativos de ouro e prata para a
restauração do Templo, como cada qual quisesse, sem se coagir quem quer que
fosse. Entregou a direção e a responsabilidade dessa obra a Amasa, governador
de Jerusalém, a Safa, secretário, a joatão, intendente dos registros, e a
Hilquias, sumo sacerdote. Eles trabalharam com tanta solicitude que logo o
Templo foi remodelado e restaurado, e todos comentavam com prazer aquela
ilustre demonstração da piedade do devoto rei.
No décimo oitavo ano de seu reinado, ele ordenou ao sumo
sacerdote que mandasse fazer taças e vasos para o serviço do Templo, não
somente com o restante do ouro e da prata doados para a preparação, mas também
com tudo o que estava no tesouro. Ao executar a ordem, o sumo sacerdote encontrou
os Livros Santos deixados por Moisés, que eram guardados no Templo. Entregou-os
a Safa, o secretário, que os leu e levou-os ao rei. E, depois de informá-lo que
tudo o que ele ordenara fora executado, leu-lhe os livros. O piedoso príncipe
ficou tão comovido que rasgou as próprias vestes e mandou Safa, o sumo
sa-cerdote, e alguns dos que lhe eram mais fiéis falar com a profetisa Hulda,
mulher de Salum, que era um homem ilustre e de família nobre. Eles pediram, em
nome do rei, que ela aplacasse a cólera de Deus, de modo que Ele lhe fosse
favorável (pois tinha motivo para temer o castigo pelos pecados cometidos pelos
reis seus predecessores, que transgrediram as leis de Moisés) e ele não fosse
expulso de seu país com todo o povo e levado a uma terra estrangeira, onde
terminaria miseravelmente a vida.
A profetisa respondeu que comunicassem ao rei que nenhuma
prece seria capaz de obter de Deus a revogação de sua sentença: eles seriam
expulsos de sua terra e despojados de todas as coisas, porque, tendo violado as
santas leis, não se arrependeram, embora tivessem tido tempo suficiente para
fazer penitência pelos seus pecados e os profetas os houvessem exortado a isso
e predito muitas vezes qual seria o castigo. Assim, Deus os faria cair em todas
as desgraças de que haviam sido ameaçados, para que reconhecessem que Deus e os
seus profetas nada lhes haviam anunciado de sua parte que não fosse verdadeiro.
No entanto, por causa da piedade do rei, Ele retardaria a execução até depois
de sua morte. E então não seria mais adiada.
2 Reis 23. Ante essa resposta, o rei ordenou a todos os
sacerdotes, a todos os levitas e aos demais súditos que fossem a Jerusalém. Lá
reunidos, começou por ler-lhes o que estava escrito nos Livros Santos. Depois
colocou-se num lugar elevado e obrigou-os a prometer, com juramento, servir a
Deus de todo o coração e observar as leis de Moisés. Eles prometeram e
ofereceram sacrifícios para implorar o auxílio divino. O rei, em seguida,
ordenou ao sumo sacerdote que verificasse se restava ainda no Templo algum vaso
que os reis seus predecessores houvessem oferecido para culto aos falsos
deuses. Muitos foram ainda encontrados, e ele os fez reduzir a pó, lançou a
poeira ao vento e mandou matar todos os sacerdotes dos ídolos, que não eram da
descendência de Arão.
Depois de praticar em Jerusalém todos esses atos de piedade,
foi ele mesmo às províncias para destruir inteiramente tudo o que o rei
Jeroboão estabelecera em honra aos deuses estrangeiros. Mandou queimar os ossos
dos falsos profetas sobre o altar que aquele rei havia construído, cumprindo o
que predissera um profeta ao ímpio príncipe, quando este oferecia um sacrifício
naquele altar, na presença de todo o povo: que um sucessor do rei Davi, de nome
Josias, executaria todas essas coisas. Viu-se assim a sua realização, trezentos
e sessenta anos mais tarde.
A piedade de Josias foi ainda além. Ele mandou investigar
cuidadosamente todos os israelitas que se haviam salvado do cativeiro assírio e
persuadiu-os a abandonar o detestável culto aos ídolos e a adorar, como os seus
antepassados, o Deus Todo-poderoso. Não houve cidade, aldeia ou vila em que ele
não tivesse mandado fazer, em todas as casas, uma diligente eliminação de tudo
o que servira à idolatria. Mandou também queimar todos os carros que os seus
predecessores haviam consagrado ao Sol e nada deixou que pudesse levar o povo a
um culto sacrílego.
Quando terminou de purificar todo o território, mandou
reunir o povo em Jerusalém para lá celebrar a festa dos Pães Ázimos, que nós
chamamos Páscoa, e deu ao povo, para a celebração dos festins públicos, trinta
mil cordeiros e cabritos e três mil bois. Os principais sacerdotes deram também
aos outros sacerdotes dois mil e seiscentos cordeiros. Os principais levitas
deram aos outros levitas cinco mil cordeiros e quinhentos bois. Nenhum desses
animais deixou de ser imolado segundo a lei de Moisés, pelo cuidado que disso
tiveram os sacerdotes. Assim, não houve, desde os tempos do profeta Samuel, uma
festa celebrada com tanta solenidade, porque nelas se observaram todas as
cerimônias prescritas na Lei e segundo a antiga tradição. O rei Josias, depois
de ter vivido em grande paz, cumulado de riquezas e de glória, terminou os seus
dias do modo que vou dizer.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
Não perca tempo, Indique esta maravilhosa
Leitura
Custo:O Leitor não paga Nada,
Você APENAS DIVULGA
E COMPARTILHA
.
0 Comentários :
Postar um comentário
Deus abençoe seu Comentario