História De Israel – Teologia 31.113
CAPÍTULO 3
EZEQUIAS, REI DE JUDÁ, ESTANDO NOS EXTREMOS, PEDE A DEUS QUE
PROLONGUE A SUA VIDA E LHE DÊ UM FILHO. DEUS O CONCEDE, E O
PROFETA
ISAÍAS DÁ-LHE UM SINAL, FAZENDO ATRASAR DEZ GRAUS A SOMBRA
DO SOL. BALADA, REI DOS BABILÔNIOS, ENVIA EMBAIXADORES A EZEQUIAS
PARA FAZER ALIANÇA COM ELE. EZEQUIAS MOSTRA-LHE TUDO O QUE TEM DE
MAIS PRECIOSO. DEUS ACHA ISSO RUIM E LHE DIZ, POR MEIO DO
PROFETA, QUE TODOS OS SEUS TESOUROS E ATÉ OS SEUS FILHOS SERIAM UM DIA TRANSPORTADOS PARA A BABILÔNIA. MORTE DE EZEQUIAS.
413. 2 Reis 20. Eis como Ezequias, rei de Judá, contra toda
esperança, ficou livre da ruína completa que o ameaçava. Ele só pôde atribuir
tão milagroso êxito a Deus, que expulsou os inimigos, em parte por meio da
peste com que os feriu, em parte pelo medo que teve o rei de ver perecer do
mesmo modo o resto do exército. O príncipe, seguido por todo o povo, deu à
divina Majestade infinitas ações de graças, por ter obrigado os assírios a
levantar o cerco.
Algum tempo depois, Ezequias ficou tão doente que os médicos
e todos os seus familiares perderam as esperanças de que se salvasse. Mas não
era isso o que lhe causava maior sofrimento. Sua grande dor era que, não tendo
filhos, a sua descendência terminaria com ele, e o trono passaria a outra
família. Nessa aflição, ele rogou a Deus que prolongasse os seus dias, até que
gerasse um filho. Deus, vendo em seu coração que era verdadeiramente por esse
motivo que ele fazia tal pedido e não para gozar por mais tempo das delícias
inerentes à vida dos reis, mandou o profeta Isaías dizer-lhe que ele ficaria
curado dentro de três dias: viveria ainda quinze anos e teria filhos.
A gravidade da doença pareceu-lhe ter tão pouca relação com
tão grande felicidade que ele teve dificuldade em prestar-lhe inteiro crédito.
Por isso rogou ao profeta que lhe manifestasse um sinal de que falava da parte
de Deus, a fim de fortificar a fé, pois só assim se prova a veracidade das
coisas quando elas são tão extraordinárias e inimagináveis. O profeta perguntou-lhe
que sinal ele desejava que lhe desse. Ele respondeu que desejaria ver a sombra
do sol retroceder dez graus no seu quadrante. O profeta fez o pedido a Deus, e
Ele o atendeu. Ezequias, depois desse grande prodígio, ficou curado no mesmo
instante. Foi ao Templo adorar a Deus e fazer orações.
414. Por essa mesma época, os medos tornaram-se senhores do
império dos assírios, como diremos a seu tempo. Balada, rei dos babilônios,
enviou embaixadores a Ezequias para propor uma aliança. Ele os recebeu e tratou
magnificamente, mostrou-lhes os seus tesouros, as suas pedras preciosas, os
seus arsenais e tudo o que possuía de mais rico e despediu-os com presentes
para o rei. Isaías veio vê-lo em seguida e perguntou-lhe de onde eram aqueles
homens que tinham vindo visitá-lo. Ele respondeu que eram embaixadores enviados
pelo rei da Babilônia e que lhes havia mostrado tudo o que tinha de mais
precioso, a fim de que pudessem referir ao seu senhor as suas riquezas e o seu
poder.
Disse-lhe o profeta: "Eu vos declaro, da parte de Deus,
que em pouco tempo as vossas riquezas serão levadas para Babilônia e os vossos
descendentes serão feitos eunucos, indo servir como tais ao rei da
Babilônia". Ezequias, amargurado pela dor de ver o seu reino e a sua
posteridade ameaçados com tanta desgraça, respondeu ao profeta que, visto nada
poder impedir o que Deus já havia determinado, ao menos lhe fizesse a graça de
deixá-lo viver em paz o resto de seus dias.
O historiador Berose faz menção desse Balada, rei da
Babilônia. Quanto a Isaías, admirável profeta de Deus que jamais deixou de
dizer a verdade, a confiança em tudo o que predizia fez com que ele não temesse
escrevê-lo, a fim de que os pósteros não pudessem duvidar. E ele não foi o
único que assim procedeu, pois doze outros profetas fizeram o mesmo. Quanto a
nós, vemos que todo bem ou todo mal que nos acontece concorda perfeitamente com
essas profecias, como há de mostrar a continuação desta história. O rei
Ezequias, segundo a promessa que Deus lhe fez, viveu quinze anos em paz após
ser curado de sua enfermidade e morreu com cinqüenta e quatro anos, dos quais
reinou vinte e nove.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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